sábado, 27 de dezembro de 2014

Continuação 49

   TOP caminhou até a sala novamente e viu Taeyang brincando com a bolinha de gude sentado no sofá.
   - O que me diz? - Taeyang perguntou.
   TOP soltou uma risada sarcástica.
   - Você é muito pior que eu. - TOP se aproximou dele. - Você acha realmente que eu vou te perdoar me entregando a porcaria da tua fortuna?!?! - ele foi erguendo a voz aos poucos.
   Taeyang se sentia culpado, mas não sabia o que fazer.
   - Eu não estou pedindo perdão, mas só que acabe com isso. - Taeyang pediu.
   - Eu vou acabar... - TOP o encarou. - Mas do meu jeito.
   TOP agarrou a sua gola.
   - Sabe que foi um erro ter vindo até aqui...não sabe? Você não vai passar por aquela porta, nunca mais! - TOP apontou para fora.
   - Quer realmente me matar? - Taeyang perguntou.
   TOP o jogou no chão.
   - Não...quero matar a sua menina...mas não é má idéia. - TOP o olhou.
   Tirou uma arma do bolso e apontou para Taeyang lentamente.
   - Não achei que seria tão fácil assim... -  TOP disse. - Que decepção.
   A medida em que TOP chegava mais perto de Taeyang, o coração de Julia parecia chegar até a garganta e voltar.
   Estavam todos aos redores prontos para atirar a qualquer momento.
   Namjoon apareceu todo esbaforido.
   - Gente, não vamos conseguir. Somos pouco. Muito pouco. - ele disse. - Do lado de fora tem tanta gente que da pra preencher um estadio inteiro de futebol.
   Os meninos se entreolharam.
   - Acho que...já era. - Namjoon estava com o rosto pálido.
   Joh estava logo ali atrás com os olhos inchados. A expressão deles assustava Julia. Ela olhou para o centro novamente e Taeyang parecia estar reagindo.
   Taeyang se levantou sem movimentos bruscos.
   - Você quer realmente matá-la? - Taeyang perguntou.
   TOP não respondeu e continuou com a arma firme apontada para a sua direção.
  
   - Temos que pensar em outra rápido! - Namjoon disse para todos.
   - Não tem como! Taeyang já está nas mãos dele! - Chanyeol disse de volta.
   O primeiro passo do plano era tirar toda a guarda de TOP. Enquanto isso, Taeyang iria estar tomando o tempo dele distraindo-o com qualquer coisa. No final, quando Taeyang desse o sinal, todos iriam contra a gangue interna de TOP para concluir. Mas a primeira parte não foi feita, então seria impossivel pular para a segunda.
   Julia esfregava as próprias mãos de nervosismo. Via TOP pronto para atirar  em Taeyang e ela estava parada ali sem fazer nada. Ela agiu por impulso e começou a caminhar em direção à ele.
   - Julia, aonde está...volta aqui!!! - Namjoon tentou impedi-la.
   Julia pensou em algo rapidamente e começou a atuar. Ela chegou batendo os pés como se estivesse explodindo de raiva. TOP olhou para o lado e sorriu ao vê-la.
   - Prazer Julia... - TOP disse.
   Ela nem deu atenção à ele e fuzilou Taeyang com os olhos. Taeyang a olhou realmente assustado.
   - Seu filho da mãe!!! Quem você pensa que é pra fazer o que fez?! - ela gritou realmente alto.
   Julia pensou em tudo de ruim que Taeyang já havia feito à ela. Tentou fazer com que aquela raiva anterior voltasse.
   TOP assistia tudo sem entender.
   - EU NUNCA TIVE TANTO NOJO DE ALGUÉM QUANTO TENHO DE VOCÊ!!! - ela gritou ainda mais alto.
   Ela chutou suas costas bem forte. Taeyang reclamou de dor.
   - Você tirou a vida de todas as minhas amigas!!! Você fez um acordo sujo com meu pai e ainda tem a coragem de dizer que fez tudo por amor?! - sem querer lágrimas começaram a sair de seus olhos como se revivesse aquela época em que achou que isso tudo era verdade. - COMO PODE CHAMAR ISSO DE AMOR?!?! - ela o chutou novamente.
   Ele fechava os olhos fortemente segurando a dor.
   - Ela e enlouqueceu ou o que?! - Namjoon estava desesperado.
   Chanyeol estava pensando.
   - Acho que sei aonde ela quer chegar, mas não sei se isso vai dar certo, mas vai ajudar... - Kai disse.
   Chanyeol assentiu devagar.
   Namjoon colocou a mão no ouvido ao ouvir alguém dizer algo no fone.
   " Namjoon, nós conseguimos fazer a metade do trabalho do lado de fora. Será que pode nos ajudar?" - ouviu a voz do delegado.
   Namjoon teve uma ponta de esperanças.
   - Vamos sair. - Namjoon disse abrindo o microfone para todos.
   Quando passaram pelo corredor, viu que toda gangue obedeceu a sua ordem.
   - Todos nós teremos que agir com calma e ser espertos agora. - Namjoon disse para todas aquelas pessoas.
   Todos assentiram. Namjoon respirou fundo.
   - Preparados? - ele perguntou.
   Todos ficaram em posiçao.
   - Se espalhem por todo o canto e se ajudem... - Namjoon disse. - Três...dois...um!
   Alguns pularam no teto e sairam por uma saida secreta.
   Alguns apertaram um botão que dava para o subsolo.
   Namjoon ficou impressionado com tudo aquilo.
   - Vamos! - Suga gritou de longe.
   Namjoon percebeu que era o unico que estava ali dentro ainda. Ele correu até a porta e saiu também.
   Viram tudo como uma guerra. Era pessoas brigando por todo o canto. Tinha pessoas que brigavam na mão por estar sem armas.
   - Todos estão desarmados?! - Namjoon perguntou no fone.
   - Quase todos! - o delegado disse.
   - Ótimo! - Namjoon quase sorriu.
   Ele atirou em várias pessoas salvando os guardas.
   - Obrigado, Namjoon. - os guardas vinham agradecer com as roupas rasgadas cheios de machucados pelo corpo.
   Assim como eles, as armas estavam acabando. Jimin foi o primeiro a começar lutar com as mãos.
   Depois de alguns segundos, todos faziam o mesmo, mas o número de pessoas era bem menor. Por sorte, a maioria dos meninos ainda estavam ali lutando.
   Namjoon se sentia cansado e sem forças, mas continuava lutando. Seu peito queimava de cansaço.
   Aos poucos um mar de corpos se formava no chão. Quando aquela bagunça toda acabou, Namjoon observou ao redor várias vezes certificando de que tinha acabado mesmo.
   - Deus...ainda estou vivo... - Namjoon disse caido de joelhos.
   Percebeu que Jin vinha em sua direção. Algumas pessoas que ainda tinham vida, tentaram pegar em seu pé e Jin chutava a todos com toda a raiva do mundo.
   - Namjoon...Namjoon... - Jin estava todo machucado e respirava pesado.
   Namjoon mal se mexeu de cansaço. Continuou deitado no chão.
   Jin se aproximou dele e segurou sua gola.
   - Seu...desgraçado. - Jin disse quase voz.
   Jin lhe deu um soco no rosto. Namjoon havia levado tanto soco no rosto que não sentia mais nada naquele momento.
   - Essa vai ser...- Jin tomou o ar. - Vai ser a ultima vez...que eu luto por ela.
   Jin começou a chorar.
   - Eu acho bom...você protegê-la por mim...entendeu?! - Jin gritou nervoso.
   Ele não parava de chorar e Namjoon parecia não ter nenhuma reação.
   - Por que ela escolheu a voce e não a mim?! - Jin gritava em seu rosto.
   Namjoon fechou os olhos sem saber o que dizer.
   - Eu só estou poupando a sua vida...porque... - Jin tossiu. - Porque você é o unico que a faz sorrir.
   Jin alternava entre chorar e gritar. Ele pensou em dizer mais coisas, mas não queria mais olhar o rosto de Namjoon. Então o jogou contra o chão e andou para a direção oposta. Namjoon sentiu a cabeça doer de leve, mas não teve reação.
   Joh caminhou até Namjoon devagar. Ela alisou seu rosto de leve.
   - Nossa, olhe pra você... - o rosto dela era de aflição.
   Ela estava chorando novamente.
   Namjoon limpou suas lagrimas com as pontas dos dedos.
   - Não...não chore. Eu quero te ver sorrir... - ele disse num fio de voz. - Jin...te deixou em minhas mãos...
   Ela queria fingir que não tinha visto, mas ver Jin naquele estado lhe partia o coração.
   - Agora eu...sou obrigado a te fazer sorrir. - ele disse. - Eu sou o unico que faz isso...
   Joh o abraçou soluçando como uma criança.

   Fazia uns trinta minutos que Julia não parava de chorar, gritar e machucar Taeyang. TOP estava assistindo a cena sentado no sofá.
   Ver Taeyang sofrendo era a dor mais insuportavel do mundo, mas ela não podia parar.
   - Julia, estamos prontos. - Suga disse no fone.
   Ela respirou fundo aliviada.
   TOP se levantou e sorriu.
   - De algum jeito, me sinto um pouco vingado por ver tamanha humilhação...- TOP deu voltas por eles.
   - Eu vou matá-lo... - Julia fez cara de indignação. - Me dê a arma... - estendeu a mão para TOP.
   - O que? Boneca, você...
   - EU quero tirar a vida dele. Esse canalha não merece viver.
   Julia cuspiu em sua perna. Taeyang estava muito machucado e mal conseguia reclamar de dor.
   TOP entregou a arma em suas mãos.
   - Boa sorte, anjo. - ele disse sorrindo.
   Julia apontou a arma para Taeyang e mirou bem longe dele.
   Atirou a primeira vez errado de proposito.
   - Segunda chance. - TOP sorriu.
   - Eu vou acertar agora. - Julia sorriu como uma psicopata.


   Paty tentava se soltar, mas era impossivel. Estava quase quebrando os ossos das mãos para isso. Ela chorava de desespero ao ouvir tiros.
   Alguém de capuz chegou de repente. Ela se assustou.
   Ele tirou a faca e passou nas cordas.
   - Taehyung? - ela perguntou.
   Ele não respondeu e puxou sua mão rapidamente.
   Aquelas mãos não eram de Taehyung.
   Ele continuava levando-a para a sala principal onde estava todo mundo.
   - Espera...- ela dizia, mas ele não dava ouvidos.
   Chegaram na sala principal.
   Paty o forçou a olhar em sua direção. A touca deixava apenas seus olhos à mostra.
   - Ah, meu Deus... - ela disse reconhecendo-o.
   Paty tirou sua touca no mesmo instante.
   - Jung...kook? - ela estava em choque.
   Os olhos dele se encheu de lagrimas ao vê-la.
   Eles se abraçaram no mesmo instante.
   - Eu nem posso acreditar, é voce mesmo?! - ela segurou seu rosto com as duas mãos.
   - Sim, estou aqui...- ele chorava.
   Ela o apertou forte novamente. Ve-lo sem vida foi a pior dor que ja sentira em toda a sua vida. Vê-lo novamente era como um sonho impossivel.


   Julia mirava novamente na direção de Taeyang.
   - Eu vou acertar agora. - ela disse.
   Ela respirou fundo e no ultimo segundo apontou para TOP atirando de uma vez.
   TOP demorou alguns segundos para perceber o que havia acontecido. Seu corpo não lhe obedecia mais. Quando ele caiu de joelhos ele a olhou.
   - Enlouqueceu?! - TOP a olhou.
   Julia atirou mais duas vezes e ele caiu sem vida. Ela relaxou os ombros e soltou o ar pela boca deixando cair a arma.
   - Taeyang? Taeyang? Desculpa... - ela disse para ele.
   Taeyang sorriu de leve.
   - Sabia que iria fazer isso...só estava esperando - Taeyang finalmente disse. - Bom trabalho.
   Ela o abraçou no chão.
   - Perninha forte a sua... - ele fez careta. - Minhas costas estão em pó.
   Ela percebeu passos se aproximar.
   Olhou em volta e viu aqueles garotos.
   - Caramba...que atuação...até eu acreditei. - um garoto disse.
   Taehyung riu logo em seguida. Taeyang apertou os olhos para ele sem acreditar, mas Taehyung continuou atuando como se fosse um traidor para que não fosse pego em nenhum momento.
   - Acho que o jogo acabou agora. - o garoto disse.
   Todos apontaram uma arma para os dois.
   - Acho melhor não se mexerem. - Suga disse.
   Os garotos foram aparecendo na luz com as armas apontadas para cada um.
   Em um movimento rapido, os tiroteios começaram. Em poucos segundos restaram poucos de um lado e poucos do outro.
   Taeyang havia escondido Julia em um lugar seguro.
   - Eu mal acredito que deu certo mesmo... - ele sorriu.
   - Eu também não. - ela disse.
   Julia ficou preocupada com Jimin de repente. Aonde ele estava?!


   - Não atire ou ela morre. - alguém disse alto.
   Atraiu a atenção de todos. Aquele garoto estava com a arma apontada para a cabeça de Paty.
   - Solta. - Taehyung apontou a arma para ele.
   - Sabia que estava blefando, mas que merda devia ter te matado antes...
   - Dragon, solta porra!!! - V gritou.
   Ouviu-se um tiro.
   Todos ficaram assustados.
   Depois de alguns segundos, G-dragon caiu no chão sem vida.
   V ficou paralisado.
   - Kook? - ele agia como se estivesse tendo alucinaçoes.
   Jungkook estava com a arma apontada para Dragon ainda.
   - É você mesmo?! - V estava espantado. Ele piscou várias vezes.
   Jungkook continuou sério e saiu andando por todos. Ninguém entendeu nada.
   - Kook! Kook! - Paty foi atrás deles.
   Ele se virou devagar.
   - Paty, foi bom enquanto durou. - ele foi disse decidido.
   Ela estranhou.
   - Do que está... - ela perguntou.
   - Paty, não dá. Toda vez eu vou ter que te colocar em situaçoes de vida e morte?
   Ela segurou o choro.
   - Tem alguém que pode te dar segurança. - ele disse.
   Ela sabia que nunca iriam dar mesmo certo. Para o bem dela e dele, eles não podiam ficar juntos.
   - Se cuide. - ele beijou a sua testa rapidamente. - Nos vemos por ai.
   Ela não conseguiu dizer nada e apenas o observou ir.


   Um mês depois...
   
   - Gostou mesmo do meu cabelo assim? - Namjoon perguntou observando o novo corte de cabelo a cada vitrine que passava na rua.
   - Eu achei que não iria combinar o branco, mas gostei. - ela disse concentrada em seu sorvete.
   - Isso é o que importa. - ele sorriu para ela todo feliz.
   Ele percebeu que eles estavam andando bem distantes um do outro.
   - Ei, agora a gente não precisa mais fingir que não nos amamos. - Namjoon disse.
   - Não estou fingindo. - ela deu de ombros.
   - Então por que não está segurando a minha mão?
   - Segurei a sua mão por dois dias inteiros quando estava no hospital! - ela disse. - Não é o bastante?
   - Quer dizer que enjoou de segurar a minha mão? - ele ficou indignado. - Não me ama mais?
   - Só de não segurar a sua mão quer dizer que eu não te amo mais? - ela ficou brava. - Que insensivel!
   Ele sorriu.
   - Ahhh que lindaa! - ele apertou suas bochechas.
   - Aish, odeio quando as pessoas fazem isso!!! - Joh disse. - Você sabe disso!!! - ela reclamou.
   As pessoas passaram olhando.
   - Olha isso...você só me faz passar vergonha... - Joh disse mais baixo.
   - Quer ver eu te fazer passar vergonha de verdade?
   Ela achou que ele fosse fazer alguma molecagem no meio da rua, mas de repente ele se ajoelhou.
   - Joh... - ele começou a dizer.
   As pessoas pararam ao redor gritando para os dois. Joh ficou roxa de vergonha. Ele iria fazer mesmo isso? Iria pedi-la em namoro...oficialmente?
   - Casa comigo? - ele perguntou.
   Ela ficou em choque.
   As pessoas gritaram para que ela aceitasse. Seu sorvete caiu no chão sujando sua mão. Namjoon começou a rir fazendo com que todos caissem na gargalhada também.
   - Isso é...sério? - ela perguntou ainda assustada.
   - Claro!
   Ela abriu um enorme sorriso e o abraçou derrubando-o no chão. As pessoas aplaudiram e parabenizavam-os.
   Eles se levantaram rindo da situação.
   - Caramba...vamos mesmo casar? - ela ainda não acreditava.
   Ele estendeu a mão para que ela desse a sua. Colocou a aliança com todo o amor e cuidado.
   - Vamos. - ele sorriu.
   Ela passou os dedos no seu rosto sujando-o de sorvete.
   - Eu estava meio que esperando por isso... - ele disse.
   Joh lhe beijou de repente deixando-o sem graça.
   - Nossa, acho que sempre vai me causar esse efeito. - ele sorriu envergonhado.
   Ela sorriu de volta.

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