quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Continuação 32

    Passaram trinta minutos e as meninas já sentiam o cansaço vir. Jordana foi para as farmacia pegar os produtos necessários, enquanto Namjoon a orientava mentalmente. Ele implantava cameras e armadilhas por todos os cantos.
   Julia corria sem parar.
   - Por que todas as emissoras tem que ser tão longe uma das outras? - ela reclamava.
   Ela discou o número da polícia esperou.
   - Estão prontos? - ela perguntou.
   - Sim, nós ja estamos preparados. Qualquer sinal, nós estaremos a caminho.
   - Obrigada.
   Ela entrou em um portão e logo foi barrada.
   - Senhora, não podemos permitir sua entrada. - um segurança colocou o braço na sua frente.
   - Ligue pra policia e saberá o que está acontecendo. - ela disse.
   Ele não se mexeu.
   - Eu quero salvar a vida de um pessoal...posso?! - ela se irritou.
   - Seu nome? - ele tirou uma caneta.
   Sem pensar, Julia lhe deu um chute certeiro no rosto.
   - Ah, meu Deus... - ela se agachou ao seu lado. - Ele apagou...Será que eu o...matei? - ela tremeu.
   Julia se levantou rapidamente.
   - Impossivel uma pessoa morrer com um.golpe... - ela tentou se confortar.
   Ela saiu correndo pra dentro. Ela estava em um corredor cheio de pessoas correndo para todos os lados, flashes cegavam-lhe os olhos.
   - Por favor... - Julia segurou o braço de um homem que passava segurando uma camera enorme. - Onde fica os redatores do jornal?
   Ele apenas apontou para uma porta.
   - Obrigada. - ela sorriu.
   Julia caminhou até a porta e colocou a mão na maçaneta respirando fundo varias vezes.
   Ao abrir, ela se deparou com uma sala cheio de funcionarios trabalhando ao mesmo tempo. Pessoas discutindo sobre as noticias, papeis e mais papeis passando de lado para outro, dedos batendo nos teclados...Julia tentou procurar ajuda o mais rápido possivel antes que enlouquecesse ali.
   - Moça...eu tenho uma notícia... - Julia disse.
   - Alguma foto ou video para nos fornecer? - uma menina ruiva estilo nerd perguntou.
   Julia ficou perdida.
   - Nao..eu apenas...ahn..eu quero anunciar algo que está pra acontecer. Eu queria ajuda.
   - Moça, está no lugar errado. - ela sorriu ironicamente. - Não reportamos notícias falsas, ou supostas premonições... - ela fe aspas no ar.
   Julia foi perdendo a paciencia.
   - Eu sei o que estou falando. - ela disse. - Eu vim aqui pessoalmente para nada?!
   - Isto aqui é uma emissora e não um hospício. - a ruiva ergueu uma sobrancelha.
   Julia sentiu a raiva explodir dentro de si.
   - Escuta aqui, Sirizinha...está pra acontecer a terceira guerra mundial e a senhorita nao está nem aí? - Julia perguntou bem alto atraindo a atenção de algumas pessoas.
   - Moça...olhe... - ela abaixou o tom da voz.
   - Não, escuta aqui você, lambisgoia! Conhece o Taeyang, Taecyeon, Kim Tan e outros?
   Ela paralisou ao ouvir os nomes.
   - Pois é. Marca aí... - Julia apontou para o papel em branco como se pedisse para anotar receita de bolo. - Kim Tan morreu...
   - Morreu?! - algumas pessoas perguntaram ao mesmo tempo.
   - Sim. Neste momento, esse bando todo está pra cá. E adivinha? Eles estão furiosos e preparadinhos para rodar a baiana, então façam o favor de ajudar.
   - O que faremos? - um outro cara apareceu.
   - Você está acreditando nisso? - a ruiva apontou para Julia.
   - E eu estou com cara de quem está pra brincadeira?! - Julia gritou realmente alto.
   Dessa vez a atenção toda estava para aquela situação.
   - Eu estou querendo ajudar e as pessoas não querem...puta que p..
   - Tá, o que você quer? - a ruiva ergueu uma sobrancelha cortando-a.
   - Que reportem qualquer coisa para as pessoas nao sairem de casa hoje. Que fiquem seguros. NÃO CITEM A GANGUE DE MODO ALGUM.
   - Não podemos reportar notícias falsas.
   - Ahhhh há há! - Julia riu ironicamente.  - Como se nunca tivessem reportado noticias falsas...principalmente em relação ao governo, o homem na lua, a copa e outras porcarias que...
   - Temos coisas mais importantes pra resolver. - a ruiva virou as costas batendo os cabelos no seu rosto.
   - Ligue para a delegacia! Pergunte o que está acontecendo e você mesma saberá a gravidade... - Julia era confiante.
   Julia pegou um papel do caderno mais proximo que achou e começou a escrever rapidamente.
  - Me liguem e me informem sobre a gangue ok? Me deem as coordenadas de onde eles estão e do resto nós cuidamos. - ela piscou no final para o homem.
  - Viu... - a ruiva disse virando-se pra ela novamente.  - Nós. ..não vamos ajudar!
  - Vai sim. - Julia disse sorrindo num sussurro. - Não quer morrer né, baratinha?
  A ruiva estava preparada para soltar todos os palavrões que conhecia, mas o homem segurou seu braço.
  - Tchauzinho, me liguem e me informem. Tenho boa recompensa. - ela sorriu saindo dali.
  A ruiva sacudiu seu corpo para se livrar dele.
  - Fez isso só porque é uma mulher. - ela lhe deu uma bronca revirando os olhos.
  - Bonita. - ele ergueu o dedo indicador na sua frente como se estivesse corrigindo-a.
  A ruiva saiu batendo o salto em direção ao telefone para ligar para a delegacia.


  Patrícia entrou em uma escola e foi procurando a diretoria.
  - Onde está o diretor? - ela perguntou para o primeiro funcionario que encontrou.
  - Na sala a direita. - ele apontou para o fim do corredor.
  Patricia correu para a sala indicada e deu de cara com um velho de cara amarrada.
  - Bom dia! - ela disse.
  Ele levantou o rosto e olhou por cima dos óculos sem responder.
  - Eu preciso que faça algo. - ela disse.
  Ele continuou quieto.
  - Anuncie..só por hoje para os alunos voltarem para as suas casas. - Patricia disse com firmeza.
  - Por que? - ele finalmente perguntou.
  - Porque...ninguem pode ficar na rua hoje.
  - Por que?
  - Uma...tragédia vai acontecer então...
  - Furacões, tsunamis, terremotos entre outros são anunciados na televisao ou radio. Eu nao confio em pessoas que nem ao menos eu sei o nome...
  - Patricia! - ela o cortou. - Por favor, estou sem tempo para isso...
  - Olha...se voce realmente acha que isso vai acontecer, ou sei la...algo do tipo... - ele falava devagar.
  Ela se levantou e saiu correndo em direção as salas.
  Bateu na primeira porta e sorriu para a professora.
  - Com licença. Preciso dar um recado aos alunos. - Patricia disse com mais formalidade que pôde.
  A professora assentiu permitindo.
  - Hoje as aulas serão suspensas.
  A garotada gritou já arrumando suas coisas para sair.
  - Calma, calma...mas por que? - a professora perguntou.
  Patricia não respondeu e saiu correndo para as outras salas.


   Namjoon estava conversando com todos os guardas. Ele se sentia bem grande dando as coordenadas.
  - Vai ter uma camera na rua... - Namjoon olhou o celular. - Ali na praça principal. Duas pessoas podem cuidar daquele trecho? Tem muitas pessoas e com certeza, eles vao se camuflar entre elas.
  Duas pessoas deram um passo a frente se oferecendo para o cargo.
  Ele atribuiu os cargos para todos. Ainda não podia acreditar como eles estavam ajudando-os.
  - Posso perguntar uma coisa? - Namjoo se virou para o delegado. - Por que estão nos ajudando especificamente?
  Ele sorriu.
  - Esperávamos por isso.
  - Então ajudariam qualquer pessoa que quisessem acabar com a gangue?
  - Nao...esperavamos por isso.
  Namjoon continuava não entendendo.
  - Primeiro que queriamos mesmo pegá- los e acabar com toda essa molecada...
  Namjoon engoliu em seco ao pensar qur fazia parte deles.
  - E..o senhor Ferreira disse que iriam nos procurar. Estamos cumprindo o nosso trabalho e fazendo isso por ele.
  Namjoon se lembrou do taxista que tinha falado sobre o pai da Julia. O senhor Ferreira.
  - Por apenas um pedido? - Namjoon perguntou.
  - Acho que não sabe que ele é superintendente...
  - Como é que é?! - Namjoon ficou em choque.
  - Ele pedia para manter sigilo, mas uma hora,  a verdade sempre aparece não é?



  - Superintende? - Jordana perguntou ao ouvir.
  " Sim. É dois cargo acima de um delegado." - Namjoon respondeu.
  - Está brincando?
  Ela falava em voz alta e as pessoas a olhavam com olhos tortos na rua.
  Era por isso que eles estavam com a bola toda. Agora faz sentido.


  Jungkook encontrou um piano em uma das salas. Ele estava todo arrebentado e sujo, mas ele apreciava como se estivesse a venda em uma loja.
  Ele sentou e tocou alguns acordes que expressavam seu sentimento.
  - Você toca bem.. - ouviu a voz de Taeyang ecoar na sala.
  Jungkook parou no mesmo instante.
  - Eu só...vim anunciar que...Já eliminamos uma. - Taeyang disse se aproximando.
  Jungkook engoliu em seco e se deu um tempo para responder.
  - Isso é bom. - Jungkook respondeu.
  - Sim...ela disse que gostava de você antes de tomar o tiro. Que...na verdade o que ela queria era...
  Jungkook empurrou o piano.
  - Vocês mataram ela? - Jungkook correu em sua direção.
  - Então vocês estavam juntos mesmo? - Taeyang sorriu.
  Jungkook ficou parado com a mão fechada na direção do seu rosto pronto para lhe socar.
  - Cabeça fraca. - Taeyang disse.
  Jungkook controlou ao maximo suas emoções.
  - Somos dois não acha? - Jungkook disse como se o desafiasse.
  Taeyang virou as costas e foi saindo dali.
  - Se vai ser tão dificil para machucá-la, pode deixar que eu faço isso por você. - ele disse de longe.
  Jungkook ficou observando-o.
  - Idiota...estava blefando... - ele reclamou.


  Pesquisava na internet os lugares que ia fugir para não precisar enfrenta-los. Tinha que avisar Julia para encontrá-la.
  Só de pensar nela, seu coração acelerava.
  Se lembrou dos dias que passou com ela. Foram os melhores da sua vida inteira.


   Taehyun estava tentando conseguir armas, facas e outras coisas. Ele ia guardando em todos os pontos que combinaram em caixas, atrás dos muros, no chão.
   Jin tentava achar pistas dos planos deles. Correu até o império do Japão.
   Todos andavam calmamente. Com seu terno, ninguém questionava a sua presença ali.
  - Imperador, nós temos más noticias. - um homem engravatado chegou.
  - Diga. - ele respondeu enquanto olhava ps papeis
   - Parece que...erm...vai acontecer uma batalha contra a Coréia do Sul.
   - Que tipo de batalha? Por poder?
   - Eu digo...fisica...mente.
   O imperador se levantou confuso.
   - Duas grandes gangues que servem o governo se juntaram para acerto de contas. O presidente está envolvido nessa luta.
   O imperador não respondeu.
   - A policia já tem conhecimento? - o imperador parecia perdido.
   - Sim...parece que tem uma força que está lutando contra esse povo.
   - Povo?
   - Sim..eu diria que...um exercito.
   Jin engoliu em seco. Droga, o presidente ainda mandou reforços!!!
   Ele respirou fundo tentando digerir a gravidade da situação. Fechou os olhos se concentrando para manter a calma e pensar em alguma coisa.
   - Escolhemos o lugar errado. Tinhamos que estar em um pais maior! - Jin reclamou.
   Seu celular tocou.
   Era o número de Namjoon. Tinha uma mensagem de voz.
   - Eles acabaram de chegar aqui. - Namjoon disse.
   Jin tremeu.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Continuação 31

- Vocês precisam ficar. - Namjoon tentava convencê-los pela milésima vez.
- Namjoon, não podemos. V não vai conseguir defender as duas lá...
- E daí eles te acham na rua. O que acontece? Eles estão procurando pela gente na cidade nesse exato momento. - Namjoon era forte com seus argumentos.
Jordana sabia que no fundo, eles ficariam bem. Os planos não falhariam, então pelo menos naquela noite, nada aconteceria à eles. O problema era ficar com aqueles dois. Jin e Namjoon.
Namjoon não esperou a resposta e se levantou preparando as bagagens.
- O que está fazendo? - Jordana perguntou.
- Não vamos ficar aqui não é? - ele sorriu. - Óbvio demais.
Jordana concordou com a cabeça e olhou para Jin preocupada com a situação. Ele apenas suspirou e o ajudou a arrumar as coisas. Nesse momento, ela desejava ouvir seus pensamentos.
- Vamos acampar na floresta. - Namjoon e seu espírito de liderança, guiava os dois.
Jin colhia armas, tesouras, facas entre outros. Namjoon pegava os cobertores, algumas injeções, isqueiro e jogava tudo na mala. Jin colocou a grande mochila nas costas sem dizer uma palavra, apenas concordando com a situação.
Namjoon pegou uma mochila menor e abriu a geladeira. Passou o braço nas coisas fazendo tudo cair na mochila. Ele fechou o zíper e estendeu para ela.
- Leve isso. - ele disse.
Ela pegou a mochila e colocou nas costas. Namjoon pegou a chave do carro e jogou para Jin que pegou sem dificuldades.
- Dirija. Você é bom nisso. - Namjoon uniu as sobrancelhas.
Jin nada disse novamente e desceram para a garagem. Tinha cinco carros de ultima geração ali.
- Esse preto. - Namjoon apontou com o queixo.
Jordana tinha uma fortuna, mas Namjoon tinha A fortuna. Jin agia naturalmente. Provavelmente também estava acostumado com aquilo. Jin também tinha o bolso cheio.
Ela se repreendeu por pensamento dizendo que aquela não era hora de pensar nessas coisas.
Eles entraram no carro e Jin agiu como se o carro fosse dele. Ele mudou a marcha rapidamente e pisou fundo.
- Sabe a floresta do Kwangamri? - Namjoon perguntou.
- 280 km ao sul de Seul mais ou menos? - Jin perguntou.
- Exato.
Jin pisou mais fundo dando grandes sustos em Jordana que reprimia um grito de medo o tempo todo.
Chegaram no meio da mata e o carro balançava muito. Foi ficando cada vez mais escuro e frio.
Jin estacionou o carro em um canto qualquer e eles começaram a arrumar as coisas. Namjoon tinha prática como ninguém.
- Eu já fiz muito isso. - Namjoon disse ao ouvir seus pensamentos.
Jordana tratou de ajudá-los rapidamente.


- Eu não consigo dormir, droga. - Jordana reclamou virando de um lado para o outro.
Ela estava preocupada e com medo. E se alguém aparecesse ali de repente?
Não conseguindo mais segurar a sua inquietação, se levantou e caminhou até a fogueira. Esticou suas mãos para esquentá-las.
O vento era frio, mas era gentil. Aquelas árvores enormes dava a impressão de engoli-la a qualquer momento.
No meio da mata, jurou de viu um braço. Ela espremeu os olhos e tentou enxergar melhor.
Não queria ter surpresas, mas foi caminhando em direção ao braço bem devagar. Sua curiosidade parecia ser bem maior que seu próprio corpo.
- Não vai querer se assustar não é? - Jin tentou falar da maneira mais calma possível para não assustá-la, mas do mesmo jeito a fez pular por dentro.
Ela se virou para olhá-lo. Jin caminhou até ela e pegou a sua mão fazendo-a voltar para perto da fogueira novamente.
- Eu acho que tem alguém ali... - Jordana disse tremendo.
Jin sorriu como se estivesse confortando uma criança com medo do escuro.
- Por que está sorrindo? Não...vê o braço ali? - ela estava se arrepiando de medo.
Ele olhou para frente como se preparasse uma história.
- Acho que não vai querer ouvir isso não é? - ele perguntou olhando-a.
Jin estava com um blusão de gorro. Seus cabelos estavam um pouco espetados dando lhe uma imagem unica. A chama clareava o seu lindo rosto tornando o ainda mais bonito. Ela estava tão hipnotizada com a sua beleza que acabou se esquecendo de responder sua pergunta.
- Eu estou preparada para qualquer coisa agora... - ela disse.



Jin sorriu ao perceber que Jordana realmente já tinha visto coisas fortes demais. Ele cobriu as mãos com a manga da blusa e suspirou.
- Aqui onde estamos... - Jin começou. - Há sessenta anos atrás, era o terror.
Jordana prestava atenção em suas palavras.
- Pessoas eram fuziladas aqui. Pessoas inocentes, culpadas, não tão culpadas assim... - ele a olhou.
- De verdade? - ela perguntou.
- Sim...por causa da guerra. - ele dizia com seriedade. - Apesar de ser um lugar silencioso e tranquilo...nesse tempo, era morte todos os dias. Homens...mulheres e crianças.
Ela olhou ao redor e se sentiu triste por um momento. De repente, ela pareceu ouvir vozes, tiros e bombas...como se estivesse presenciando aquele momento.
- Saiu até uma reportagem falando sobre isso. - Jin abaixou a cabeça. - Eles acharam uma criança segurando uma bolinha de gude quando...foi executada.
Jin observou a chama enquanto Jordana fechou os olhos tentando aliviar a tristeza que ficava cada vez mais forte. Um longo silêncio fez com que Jordana se aprofundasse cada vez mais naquilo.
- Você não está brincando não é? - ela perguntou sorrindo para não chorar.
- Por que eu brincaria com isso? - ele perguntou sério.
Nenhum dos dois cruzou os olhar. Então, finalmente ela deixou que as lágrimas caíssem ao ver aquele braço ali na frente novamente.
- Joh... - Jin segurou suas mãos.
Ela olhou para ele sem conseguir esconder a tristeza. Não sabia porquê se sentia tão triste. Talvez todas as coisas tinham deixado suas emoções ainda mais fortes.
- Não podemos mais deixar pessoas inocentes morrerem...entendeu? - Jin perguntou com os olhos vermelhos e molhados. - Podemos mudar isso e salvar pessoas. Se mantenha forte até o final e sairemos dessa...
- Jin... - ela começou a chorar de verdade. - Somos inocentes. Todos nós. Por que isso tem que acontecer?
Ele observou seus olhos tristes e não conseguiu impedir suas lágrimas. A dor dela era tão forte dentro de si que era como se fosse sua própria dor.
- Fomos escolhidos, porque somos fortes. - Jin colocou a mão em seu ombro.
Jordana soluçava.
- Não tenha medo. Eu vou estar com você...até o final... - ele disse.
Jordana sentiu as palavras de Jin como se tivessem formas e pudessem carrega-la confortavelmente e protegê-la.
- Lute pela Julia...lute por nós, por você. Pelas crianças, mulheres e homens. - ele disse.
Ela assentiu entre soluços. Jin a abraçou tirando o peso que carregava dentro de si.


A luz do dia acordou Patrícia. Ela esticou o corpo com preguiça e se assustou com Taehyung que dormia ao seu lado.
    - O que houve?! - V acordou ao ouvi-la cair cama.
  Ela ficou alguns segundos em choque tentando lembrar o que tinha acontecido na noite anterior, mas logo relaxou ao lembrar que apenas adormeceu ali. Nos primeiros cinco minutos, geralmente ela tinha ilusões e não pensava de maneira sóbria.
V a observava com medo de ter sido aquelas crises de pânico novamente.
    - O que? - ele continuou perguntando.
    - N-nada..só...tive um sonho.
  - Ah... - ele se sentiu aliviado.
    Ela se levantou rapidamente tentando disfarçar a dor em suas nádegas pela queda.
V limpou a garganta como se preparasse para dizer algo embaraçoso.
    - Aquilo ontem...foi real...não foi? - ele perguntou.
    Ela engoliu em seco. V queria que ela repetisse novamente o que ela demorou para criar certa coragem para agir ou dizer. Será que ele não percebia isso?
  - Desculpe.. - ele disse como se ouvisse os pensamentos dela.
  - Eu vou tomar um copo d'agua. - ela logo saiu.
    Patricia foi para a cozinha e deparou com a cena.
    - Ahhh meu Deus!!! - ela gritou ao ver Jimin ali na sala com Julia dormindo no sofá com as costas nuas.
  Jimin abriu apenas um olho e levantou o rosto.
    - Ahn...Paty? - ele perguntou com a voz rouca.
    - Que está fazendo aqui? - ela perguntou.
    - Eu só vim...erm... - ele se levantou sem saber o que dizer.
    - Não...levanta. - ela disse colocando a mão na frente.
    - Estou vestido, boba. - ele riu. - E sou seu melhor amigo, lembra?
  - Mas é um homem! - reclamou passando por ele para ir até a geladeira.
    Ela pegou o copo de agua rapidamente.
    - Aonde estão os outros? - ele perguntou vestindo a camisa.
    Patricia se lembrou. Jordana e Jin não tinham voltado pra casa.

  Os quatro tomavam o café da manhã preocupados com os dois desaparecidos.
    O celular de Patricia vibrou. Ela olhou o visor e viu mensagem do Jin.
  " Estamos seguros, não se preocupem. Hoje é o grande dia se preparem...daqui a pouco estamos chegando."
    Paty sentiu um frio horrível na barriga e olhou para os três.
- Eles vão vir. Disse para nos preparar para hoje que...será o grande dia.
Taehyung respirou fundo e assentiu uma vez como se aquilo lhe desse força.
Sentaram na sala e ficaram todos em silêncio esperando.


Os três desceram no aeroporto de Toquio e pegaram o trem bala para chegar no hotel. Quando Namjoon abriu a porta os quatro levantaram ao mesmo tempo. Ele ficou surpreso ao ver Jimin ali.
- Parece que alguém está do nosso lado.. - Jimin sorriu.
Namjoon o olhou de volta sem resposta.
- Daqui a...mais ou menos trinta minutos, vai começar. - Jin disse olhando no relógio.
Todos assentiram se jogando no sofá tentando usar menos esforço possível do corpo. Jin aplicou um líquido em cada para mantê-los acordados por bastante tempo e em seguida descansou um pouco.
Patrícia rezava mentalmente para que tudo desse certo enquanto segurava a mão de Taehyung. Julia dizia palavras encorajadoras para si mesmo. Jimin tentava se lembrar de todas as coisas que Seungri havia dito. Jin apenas descansava. Namjoon e Joh tentavam controlar suas emoções.
"Joh, estarei aqui." - ele disse. "Não importa o que aconteça."
Ela sorriu para ele e ele retribuiu o olhar.
- Pessoal. - Namjoon disse. - Não parem de correr por um segundo se quer. Corram até o corpo cair. Não podem parar, estão entendendo?
Todos olharam para ele com confiança no olhar.
- 5...4...3...2...1... - ele disse olhando o relógio.
- Fighting. - Julia sorriu para todos.
Eles sorriram para Julia. Ver todos ali lutando por ela, era algo impressionante.
Quando o zero foi dito, todos se separaram e cada um foi correndo para os seus respectivos lugares. Começava agora o plano final.
 

domingo, 24 de agosto de 2014

Continuação 30

    Jimin, Seungri e Namjoon estavam em silêncio depois de toda a conversa. Uma espécie de luto.
  - O que você injetou na veia? - Seungri perguntou ao perceber um vermelhão no braço dele.
   - Interessa? - Namjoon se jogou na cadeira sendo ignorante.
   - Custa? - Jimin lançou um olhar frio.
   Namjoon o olhou e em seguida encarou Seungri novamente.
  - O que aconteceu com o pivete? - Namjoon apontou para Jimin com o queixo com os olhos firmes em Seungri.
Seungri sorriu quando viu que Namjoon havia percebido a mudança fisicamente e psicologicamente em Jimin. Sentiu um pequeno orgulho no peito, o que lhe dava mais confiança.
- Não foi droga. - Namjoon não esperou por resposta e logo cortou o assunto.
- Se não foi droga, foi o que? - Seungri insistiu.
Namjoon empurrou os poucos objetos que estavam em cima da mesa no chão fazendo Jimin pular de susto internamente.
- Chega? - Namjoon ergueu uma sobrancelha.
- Se sente nú quando eu pergunto coisas intimas? - Seungri perguntou.
Namjoon o encarou com a expressão fechada.
- Então vai continuar sentado aqui sem fazer nada? - Jimin logo cortou percebendo que uma briga estava para acontecer.
Eles não deram atenção à Jimin e continuaram com os olhos fixos um no outro. O ar entre eles pareciam se transformar em fogo.
- Você me irrita, cara. - Namjoon uniu as sobrancelhas.
- Foi mal. - Seungri sorriu.
- Vai me responder ou não?! - Jimin fingiu explodir.
Os dois finalmente olharam para ele.
- Estou com pressa. - Jimin se aproximou dele. - Vai se juntar ou não?
- Na boa...o que você... - Namjoon sorriu olhando para Seungri.
Jimin agarrou a gola de sua camisa com toda a força e Namjoon parou de falar, mas não se sentiu intimidado.
- Vai ou não?!?! - ele gritou realmente alto.
Namjoon parecia não sentir medo algum e firmou o olhar nele.
- Solta. - Namjoon disse calmo.
Jimin o empurrou soltando-o.
- Preciso resolver algumas coisas ainda. - Namjoon dizia palavras com certo peso. - Estejam no ferro velho amanha a tarde.
- Amanha? - Jimin perguntou. - Temos apenas horas...
- Querem ajuda ou não?! - Namjoon explodiu batendo as mãos na mesa.
As veias saltaram no pescoço dele, mas Jimin se manteve firme apesar de estar sentindo certo medo.
- Amanhã. - Seungri disse não ligando para a situação. - Vamos. - ele colocou a mão no ombro de Jimin puxando-o para a porta.
Jimin não se deixou levar e parou para olhá-lo.
- Vamos. - Seungri disse em tom de ordem.
Jimin não olhou para ele e continuou firme em Namjoon.
- Traição mal pensada, amigo. - Jimin sorriu sarcásticamente. - Apareça amanhã. Se ainda estiver vivo. - ele fechou a cara.
Seungri rezou mentalmente para que Namjoon não explodisse de vez e começasse uma luta ali mesmo, pois Jimin não tinha chances com ele. Apesar de ter braços mais fortes, Namjoon era muito experiente.
Jimin deu as costas e saiu do quarto dele. Seungri saiu logo em seguida para alcança-lo.
- Pivete mal criado. - Namjoon disse para a porta.
Seungri segurou o braço de Jimin e ele se soltou.
- Perdeu a noção do perigo não é? - Seungri disse. - Viemos pedir ajuda...
- Não precisava. Ele já está do nosso lado. - Jimin estava com a cara amarrada.
Eles saíram da casa e Jimin caminhava como se quisesse destruir o chão. Dava passos rápidos sem esforço fazendo Seungri sentir dificuldades para companhá-lo.
- Não está. - Seungri entrou na sua frente e ele parou de andar. - Ele só está contra a outra gangue. Se ele estivesse do nosso lado, porque ele estaria na casa dele uma hora dessas? Não era para ele estar junto com o pessoal todo para protegê-los?
Jimin não queria admitir, mas aquilo fazia sentido. Respirou fundo tentando se acalmar.
- Quando eu perguntei se tinha perdido a noção do perigo...eu quis dizer: Como ousa desafiar Namjoon? - Seungri disse. - Você não conhece ele não é?
Jimin apenas o encarava.
- O Namjoon é muito mais do que você pensa. Muito mais. Por que acha que eu te aconselhei a vir pedir ajuda pra ele? - Seungri soltou um riso abafado. - Ele te quebra em dois segundos, moleque! Você realmente não o conhece...
Jimin colocou a mão em seu ombro, interrompendo-o.
- Seungri. Você não me conhece. - Jimin sorriu com convicção.
Seungri sentiu por um momento que havia um lado muito mais forte em Jimin que ele realmente não conhecia. Nunca tinha visto aquele olhar frio e forte.



Jordana olhava para um ponto tentando ouvir qualquer pensamento de Namjoon, mas ele parecia saber que ela estava atenta e bloqueava o máximo que podia.
- Droga. - ela franziu a testa.
Jordana estreitou o olhar mais ainda e conseguia ouvir palavras cortadas. Paty percebeu que a cabeleireira observava Jordana com certo medo.
- Joh... - Paty tentou fazê-la parar.
Jordana ergueu a mão na sua frente. Paty voltou para o seu lugar e a deixou com seus pensamentos malucos.
Julia ficava olhando o visor do celular o tempo todo esperando por alguma mensagem.
- Pronto. - a moça disse ao escovar a ultima mecha molhada de Joh.
Ela tinha pintado o cabelo de vermelho, dando lhe um ar...provocante.
- Valeu. - Jordana sorriu.
A moça sorriu de volta e a deixou sentada ali. Patricia e Julia ficaram observando por vários segundos tentando se acostumar com a nova aparência dela. Realmente tinha ficado diferente.
Jordana pegou a sua bolsa e começou a revirar as coisas. Tirou um estojo de maquiagem e começou a passar no próprio rosto rapidamente. Deixou os olhos pretos e a boca pálida. Colocou uma lente verde que tinha ali no salão mesmo e olhou para as duas.
- Estou bem diferente? - ela perguntou.
- Bem diferente!!! - as duas responderam na mesma hora chocadas com a mudança.
Jordana foi até Jin. Tentou ignorar o fato dele estar lindo com o novo cabelo, mas ficou pouco segundos admirando-o.
- Ficou legal? - ele perguntou.
Ela guardou os pensamentos para si o pegou seu pulso.
- Ei, o que está... - ele começou a dizer.
- Não temos tempo e nem maneira. Preciso da sua ajuda.
- Onde você vai?! - Patricia entrou na sua frente.
- Eu preciso ir. - ela disse firme. - Eu ligo quando estiver voltando.
Eles passaram por ela deixando-a sem escolha.
- Vai ficar tudo bem? - Patrícia olhou para Julia.
Ela deu de ombros também perdida.
- Aonde ela foi? - V perguntou.
As duas não sabiam o que responder.
Jordana correu para o aeroporto e pegou o avião pra Coréia.



Todos da gangue estavam treinando naquela sala quente e pequena.
- Acha que somos o suficiente? - Tao perguntou baixo para Taeyang.
- Claro. - ele sorriu confiante. - Ainda tenho mais pessoas.
Tao sorriu.
- Isso vai ser bem interessante. - Taeyang disse.
- Concordo.
Taeyang olhou sorridente para a sala e seus olhos cruzou com Suga fazendo seu sorriso desmanchar.
- Há quanto tempo. - Suga disse.
Taeyang não respondeu.

"- Como assim você vai se vingar, cara? - Suga perguntou.
- Qual é? - Taeyang perguntou. - Isso não vai ser legal?
- Sem chances. - Suga balançou a cabeça negativamente.
Taeyang parou para olhá-lo.
- Então não vai me ajudar? - Taeyang percebeu que Suga estava bem longe dele.
- Sem. Chances. - Suga um olhar de gelo.
Taeyang desconheceu seu amigo.
- Me meter em gangue? Briga? Jamais. - Suga disse.
- Você é mais briguento que eu... - Taeyang riu. - Nada a ver.
- Mas eu não vou machucar ninguém que não merece. - Suga deu lhe as costas.
Taeyang segurou seu braço e o forçou a virar para ele novamente.
- Por favor Suga...você...
- Não! Eu já disse que não! Aceita, cara! Ela não te quer! Deixe ela ser feliz!
- Eu não consigo. Eu tenho que destruir a vida dela.
- Não Taeyang!!!
Eles ficaram em silêncio tentando entender o outro.
- Por que não? - Taeyang perguntou.
Suga abaixou a cabeça por um momento procurando alguma resposta.
- Eu... - Suga voltou a olha-lo. - Serei obrigado a tomar atitudes contra você.
Taeyang estreitou o olhar.
- O que? - ele desacreditou.
Suga virou as costas e saiu andando."


Essa tinha sido a ultima vez que havia falado com Suga. Eles eram melhores amigos e de uma hora para outra, tudo se acabou.
Até hoje, ele não tinha entendido por que ele estava contra a vingança.

Taecyeon não conseguia mais tirar aqueles olhos da sua cabeça. O modo como ela falava...e como ela havia..batido nele.
- Por que eu achei isso atraente? - Taecyeon perguntou baixo pra si mesmo.
Quando ele a viu ali no escuro escondida com aqueles olhos assustados, tudo o que ele queria ter feito, era lhe abraçar e lhe dar conforto. Queria ter ficado ali com ela.
Ele tocou seu próprio lábio lembrando de quando ela lhe bateu. O modo forte como ela dizia, era um jeito único.
Tacyeon chacoalhou a cabeça para afastar tais pensamentos.

Jungkook estava quase arrebentando seu prórprio corpo por treinar tanto.
- Vai com calma... - Kai disse.
- Vai ser meu ultimo treino. Preciso dar o meu melhor.
Kai observou o rosto de Jungkook. Eles estavam mais próximo da porta, então Kai aproveitou a situação e o puxou para fora sem que ninguém percebesse.
Eles correram para uma sala ao lado e Kai fechou a porta.
- O que está.. - Jungkook tentou dizer, mas Kai fechou sua boca.
- Você precisar estar bem Jungkook.
- O que?
- Você. Precisa. Estar bem.
Jungkook não entendeu nada, mas percebeu que Kai guardava algum segredo.
- O que está escondendo? - Jungkook estreitou o olhar.
- Você vai ter que ser um bom ator agora pra dar certo. - Kai sorriu.


No avião, Jin olhava para Joh sem saber o que ela estava pensando em fazer. Ele nem mesmo ousou perguntar ao perceber seu temperamento forte.
- Só fica do  meu lado ok? Se algo acontecer, avise as meninas - ela disse.
Jin apenas assentiu.


- Que merda, agora eu sou o unico garoto pra proteger duas meninas. - V disse preocupado.
Patrícia começou a perceber sua beleza. O cabelo novo tinha ficado perfeito nele.
Julia estava o tempo todo preocupada. O que Joh foi fazer?! Ela enlouqueceu ao sair sozinha assim com o Jin?!
- Nossa, eu amei seu cabelo azul! - Patricia sorriu para Júlia.
- Eu também! Ficou legal né? Você ficou muito diferente loira! - ela repetiu pela quarta vez.
Elas riram.
- Precisamos ir para algum hotel. Não podemos ficar na rua. - V disse.
As duas assentiram e eles foram para o lugar mais próximo dali.
Julia deitou na cama e voltou a pensar sem querer em Jimin e Jhope ao mesmo tempo. Eles estão bem? O que estão pensando?
- Poderiam me dar sinal de vida. - ela reclamou.
Taehyung ajudou Patrícia a picotar alguns papeis com os planos que eles haviam feito no lixo.
- Eu tenho que...admitir. - Patricia disse. - Você..está muito bonito.
Ele parou para olhar pra ela.
- Eu estou o que? - ele perguntou.
Ela logo se arrependeu por ter que repetir de novo. Ele sorriu.
- Eu...estou bonito? - ele perguntou apontando pra si mesmo.
Ela não conseguiu olhar pra ele, sentindo o rosto ficar quente.
- Mas...você...não gosta de mim não é? - ele perguntou.
Nem ela mesma sabia. Nesses tempos, a imagem de V tinha mudado bastante para ela.
Ele tocou seu rosto e apenas a observou. Pela primeira vez, ela sentiu seu coração bater por ele. Ele lhe passava confiança. Suas palavras, seus gestos e seus olhos eram muito sinceros e isso a hipnotizava.
- Desculpa... - ele a soltou.
Por impulso, ela o beijou. Ele ficou parado sem reação e ela logo soltou se sentindo envergonhada.
Ele a olhou com os olhos arregalados. Ela engoliu em seco e continou picando os papeis.



Namjoon já não tinha lágrimas para chorar. Todos os seus planos, acabavam em morte.
- Se eu aceitar... - Namjoon disse. - também não vamos conseguir.
Ele injetou mais calmante na veia.
- Eu ó estou na contagem regressiva. - Namjoon disse pra si mesmo.
Alguém abriu a porta.
- Já é a segunda vez que... - Namjoon começou a reclamar.
Ele ficou chocado ao vê-la.
- J-joh?
Ela estava...muito...muito...linda.
- Você vai voltar ou não? - ela perguntou.
- Joh...eu preciso te dizer.
- Antes.... - ela se aproximou dele.
Namjoon a observou sem entender. Joh lhe deu um tapa no rosto bem forte.
- Como ousa me deixar sozinha seu idiota?! - ela gritou.
Ele nada respondeu.
- Joh...eu preciso te dizer as coisas que vão acontecer e não são.. - ele disse.
- Eu sei o que vai acontecer. Eu ouvi os seus pensamentos.
Ele a olhou com lágrimas.
- Nem nesse momento você não consegue ficar comigo? - ela perguntou. - O momento em que mais preciso de você.
- Mas..
- Só basta ficar comigo. - sua voz saiu tremula.
Ele a olhou chorar e sentiu seu coração doer como nunca.
- Pelos nossos ultimos momentos...fique perto de mim. Por favor... - ela pediu.
Ele a abraçou de forma unica. Namjoon beijou o seu cabelo e ela o apertou forte.
"Eu amo você, Namjoon" - ele a ouviu pensar.



Paty e Taehyung estavam dormindo com o celular esperando alguma resposta da Joh.
- Já é noite e ela não chega. - Julia reclamou.
Uma mensagem chegou no celular de Julia e ela checou rapidamente.
"Abra a porta pra mim."
Ela estranhou. Aquele não era o número da Joh.
De mansinho foi até a porta da sala e olhou pelo olho mágico.
- Ah meu Deus! - ela disse abrindo aporta rapidamente.
Jimin a olhou. Julia o abraçou rapidamente como se não quisesse que ele fugisse novamente.
- Onde você estava? Por que fez isso?! - ela perguntava tudo ao mesmo tempo.
- Calma, calma... - ele disse soltando para olhá-la.
- Você não vai embora de novo não é? - ela estava chorando.
Ele a olhou sem responder.
- Você vai ficar, não é? - ela perguntou.
- Eu vou te proteger. - ele sorriu.
Jimin alisou seus cabelos.
- Você está linda. - ele sorriu mais ainda.
Julia não respondeu. Vê-lo ali parecia ser um sonho. Um sonho que não queria acordar.
- Eu sinto a sua falta. - ela disse. - Dói.
- Eu sinto mais. - ele disse suspirando.
Ela o abraçou novamente.
- Jimin...eu...eu te amo. - ela acabou dizendo.
Julia ouviu seu coração bater mais forte e seus ombros relaxarem como se sentisse alivio.
- Eu não achei que fosse ouvir isso um dia. Muito menos agora! - ele a soltou novamente para olha-la.
Ele sorriu entre lágrimas.
- Eu te amo. - ele disse enxugando suas lágrimas que desciam sem cessar.
Delicadamente ele a beijou na testa e em seguida nos lábios. Ele era doce e gentil.
Julia se sentia completa.
Jhope era especial, mas...Jimin era único. Era como se ele fosse essencial para ela.
Ele a carregou no colo como se ela fosse uma criança e a deixou no sofá. Julia o observou um pouco perdido.
- O que? - ela perguntou.
- Estou com medo. - ele disse realmente assustado.
- Por que? - ela acabou criando certo pânico.
Ele observou a sua mão e a segurou.
- Jimin...está me assustando... -ela disse.
Ele a olhou novamente.
- Devo? - ele perguntou estreitando o olho esquerdo.
Ela não o entendeu.
- Sabe que...pode me impedir. - ele disse um pouco rouco.
Jimin deslizou a mão até o seu pescoço e desabotoou o primeiro botão. Julia não sabia o que sentir. Estava um pouco preocupada com a Joh, eles não estavam sozinhos na casa, mas...Jimin estava ali!
Ele observava a sua reação a cada instante com medo dela o rejeitar. Ele tirou a sua blusa e a deitou com calma. Jimin tirou a sua própria camisa e a surpreendeu ao ver seu corpo forte. Não imaginava que ele fosse daquela maneira.
- Tudo bem? - ele perguntou ainda preocupado.
Ela não respondeu e o puxou para si de leve beijando-o sentindo seu corpo junto ao seu.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Gangue do Tao

Suga

Tao

Jungkook

TOP

Lee Joon

Eunhyuk

Junghyun

Kyuhyun

Luhan

Minho

Jonghyun

Taemin

Kris

Chanyeol

Kai

Continuacao 29

   Taeyang passou os dedos na corrente em seu pescoço como se estivesse afagando os cabelos de Julia. Ele se lembrava como ela gostava quando ele ficava horas assim.


   " Julia tagarelava o caminho inteiro. Ela sorria e contava suas histórias interminaveis com grande entusiasmo. Taeyang fingia ouvir tudo, mas a unica coisa que pensava era como iria fazer para aguentá-la para o resto da vida. Ele só achava ela bastante atraente, mas na verdade não tinha um sentimento especial por ela. Julia carregava um grande poder e sua familia tinha status. Taeyang sabia que para ter uma vida confortável, nada melhor do que ter uma garota que o ame e faça tudo por ele, e tendo dinheiro...não havia ninguém melhor que Julia para esse cargo.
   - Eu não sei...mas eu tenho quasr certeza de que você não está ouvindo o que eu estou falando. - ela puxou o canto da boca.
   - Foi mal, mas tenho alguns problemas para resolver. - ele nem se quer a olhou.
   - Que problemas? - ela perguntou.
   - Problemas. - ele a olhou. - Meus. - disse com mais ênfase.
   - Nosso. - ela sorriu.
   Ele a olhou impaciente.
   - Você me pediu em namoro...e eu aceitei. Sabe o que significa? - ela parou na sua frente interrompendo-o.
   Taeyang suspirou disfarçadamente para conter um grito de raiva.
   - Significa que eu me aliei a você. - ela disse séria. - Significa que eu aceitei estar com você pra tudo. - ela segurou sua mão.
   Taeyang olhou para as suas mãos. Nunca sentira uma mão tão delicada. Quer dizer, já tinha segurado a mão de Julia varias vezes, mas o toque nunca fora especial daquela maneira. Ela segurava seus dedos gentilmente e seu polegar contornava sua mão.
   Ela abriu um sorriso e um vento assoprou seus cabelos de leve. Taeyang observou seus olhos brilhando.
   Foi a primeira vez que seu coração bateu por ela.

   Não passava nada de interessante na televisão, mas estar ali com Julia lhe confortava. Ela estava deitada em seu colo dormindo serenamente.
   Com um pouco de receio e passou os dedos no meio de seus longos cabelos que se espalhavam com graça para todos os lados.
   - Isso é bom. - a voz de Julia saiu um pouco rouca.
   Ela abriu um lindo sorriso ainda com os olhos fechados. Taeyang se pegou sorrindo pela primeira vez por ela. Seus cabelos eram tão lisos e macios, sua pele era como pêssego. Ele definitivamente estava apaixonado por aquela garota.


   - Eu quero ter um casal. - ela planejava o futuro. - O menino precisa ter o seu lado masculino e a garota o seu lado fofo.
   Ele sorriu fechando os olhos.
   - Você acha que eu sou fofo? - ele perguntou.
   - Ahhh com certeza. - ela sorriu.
   Ele lhe deu um beijo na bochecha e ela acabou corando.
   - Ahhh que lindo! - ela avistou um colar.
   - É um colar de couple!!! - ele sorriu.
   Cada um comprou um e de alguma forma se sentiram ligados por ela.


   Ele começou a criar um sentimento forte. Ele amava o jeito como ela sorria, como ela era divertida, como era delicada e feminina. Acima de tudo dedicada a lhe ajudar em tudo o que era preciso. Em seu mundo, ela a unica. Tinha plena certeza de que ela era sua alma gemea.


   - Se você gosta dela ou não, problema é seu. - o pai dele conversava com frieza. - Você tem que se casar com ela.
   Antes era uma péssima idéia, mas nos últimos tempos, era o que mais queria.
   - Ja conversei com os pais dela e nós fizemos acordo de bens, ou seja, você será obrigado a pedir a mão dela. Hoje se puder, ok? - seu pai arrumava a gravata daquele jeito fresco que nenhum ser humano seria capaz de fazer igual.
   Taeyang assentiu devagar.


   - Alô, Julia? - Taeyang sorriu quando ela atendeu.
   - Oi...
   - Tem um tempo? - ela perguntou. - Eu quero te encontrar.
   -Mas..
   - Esteja no predio em que nos encontramos pela primeira vez. Se você não estiver lá, eu vou te buscar na sua casa a forca.
   Ele desligou e se olhou no espelho com um sorriso. Arrumou seu cabelo e dobrou um pouco suas mangas para que seus músculos pudessem ficar aparente, mas nada exagerado.
   Comprou a aliança mais brilhante entre todas e correu para o prédio.
   Ele a encontrou de pé esperando-o.
   - Julia! - ele foi até sua frente cheio de alegria.
   Ela o olhou sem expressão.
   - Eu...tenho algo importante a fazer. - ele sorriu.
   Sem muita demora, ele tirou uma caixinha do bolso e abriu na sua frente.
   - Julia...casa comigo? - ele olhou em seus olhos.
   - Você é idiota? Ou um canalha de carteirinha? - ela ficou nervosa.
   Taeyang se assustou com aquela reação.
   - Esses anos todos foram um simples nada? - ela estava chorando. - Eu não acredito que teve coragem de fazer algo assim comigo!
   Ele não sabia o que estava acontecendo e mal sabia como agir.
   - Você realmente gostou de mim pelo menos uma vez? Ou foi tudo apenas por dinheiro? - ela o olhava com desprezo como se ele fosse um criminoso ou algo do gênero.
   - Não. ..não é isso o que está pensando. - ele disse.
   - Então é o que, Taeyang?! - ela falava cada vez mais alto.
   - Júlia, eu amo você!!! - ele disse firme.
   - Conversa. - ela estreitou o olhar.
   Ela deu as costas e ele segurou seu braço.
   - Acabou. - ela disse. - Me solta.
   Taeyang ficou impressionado com a sua frieza."



   Taeyang segurava o pingente de yin yang. Será que ela jogou o colar fora?
   Alguém bateu na porta.
   Taeyang se levantou e foi atender.
   - Quanto tempo. - Tao sorriu.
   Taeyang sorriu de volta. Jungkook o encarou com certo ódio.
   - Entrem. Precisamos conversar. - Taeyang sorriu ao ver os vinte garotos.


   Julia se sentou na cadeira.
   - O que quer fazer especificamente? - a moça perguntou.
   - Me mude. Totalmente. - Julia pediu. - Só não corte...gosto do meu cabelo comprido.
   A moça sorriu e começou a fazer o trabalho. Todos estavam tranquilos mudando a aparência, mas V estava muito preocupado.
   - Vai pintar de loiro? - ele perguntou afastando a cabeça do pincel cheio de tinta. - Nao vai ficar cor de ovo não né?
   - Nao...fique tranquilo. - a moça riu.
   Uma mensagem chegou no celular de Julia.
   " Julia, não aconteceu nada ainda não é? Ninguém te machucou?      -       Jimin."
   - Jimin me mandou mensagem!!!- ela gritou atraindo a atenção do salão inteiro.
   Ela se encolheu ao ver todos os olhares voltados para si.
   - O que ele disse? - Paty perguntou quebrando o gelo.
   - Calma aí... - Júlia disse digitando de volta.
   " Não aconteceu nada...só o Namjoon que foi embora não sei pra onde. Onde você está?! Estou sentindo muito a sua falta!!!"
   Ela enviou.


   - Namjoon foi embora como assim? - Jimin se perguntou ao olhar no visor.
   Seungri apenas observava a sua reação.
   - Sabe onde ele mora? - Jimin perguntou.
   - Sim, mas...
   - Não tem mais. - Jimin segurou seu pulso. - Me leva. Agora.



   Namjoon injetou um calmante na veia para que pudesse se desligar um pouco, mas era impossivel.
   - Eu preciso me organizar. - ele dizia pra si.
   Passava os dedos nos cabelos e andava de um lado para o outro.
   Sentou na cadeira novamente e pegou no lapis.
   - Mesmo sabendo que ninguém vai se salvar...eu deveria ter ficado. Eu e meu maldito ciumes!!!
   Ele se levantou e chutou o lixo.
   - O Jin...por que ele tem que ser tão...AAAARGH.
   Ele apoiou as duas mãos na mesa.
   - Podemos conversar? - ouviu a voz dr Jimin da porta.
   Namjoon estava com tanta raiva que nem percebeu o barulho da porta.
   - Não estou no momento... - Namjoon respondeu sem olhar pra ele.
  - É importante. - Seungri disse.
  Namjoon olhou para ele.
  - O que está fazendo aqui? - Namjoon encarou Seungri com a voz intimidadora.
  Seungri não ligou e entrou no quarto bagunçado.
  - Senta ai. - Seungri disse. - Temos bastante pra conversar.


   Joh estava dormindo embaixo daqueles papeis que coloria mechas em seu cabelo.
   - Ela deve estar exausta. - Paty disse ao perceber que Julia tambem olhava pra ela.
   - Eu não dormi nada essa noite. -  Joh acordou com a voz dela.
   Julia se assustou com os olhos cansados dela.
   - Namjoon não calou a mente a noite inteira. - ela disse.
   - Ahn? - Paty perguntou.
   - Isso vai soar estranho, mas... - Joh sorriu. - Eu e Namjoon conversamos por telepatia.
   - Isso é possível?! - Julia ficou interessada. - Me ensina??
   Paty lhe deu um tapa na perna.
   - Depende da afinidade da pessoa. - Joh disse.
   Julia começou a digitar no google como se comunicar por telepatia.
   - Antes, só ele conseguia me ouvir. - Joh disse. - Depois conseguimos trocar in formações.. conversar mesmo...
   - Que demais! - Paty admirou.
   - Mas agora...só eu ouço ele. Ele disse que não me ouve mais...
   - Ouve o tempo todo? - Paty perguntou.
   - Não. ..só de vez em quando. Ele passou a noite inteira gritando e rabiscando coisas. Eu via desenhos.
   Julia se arrepiou sentindo calafrio.
   - Ele está realmente bravo comigo. - Joh olhou o nada.
   - O que houve exatamente? - Julia perguntou.
   - Ele sabe que o Jin me beijou. Duas vezes.
   Paty entortou a boca.
   - O pior de tudo...É que ele sabe a sensação que eu tive. - ela fechou os olhos.
   - Voce...gostou? - Paty perguntou cpm receio.
   - Paty...É o Jin... - ela disse como se não tivesse saída.
   Julia guardou o celular.
   - Acho melhor não saber como isso funciona então... - ela sorriu.
   Joh estreitou os olhos e Paty caiu na risada.
 

Continuação 28

   Paty acordou no meio da noite e foi tomar água. Andou devagar com todo o cuidado para nao acordar ninguém. Julia começou a murmurar alguma coisa e Paty acabou rindo da cena.
   Pegou um copo e abriu a geladeira para pegar a jarra. A luz bateu no seu rosto ofuscando seus olhos.
   - Nossa! Tem aquele queijo... - ela esticou a mão ao ver aquele pequeno pacotinho colorido.
   Alguém segurou seu braço e ela prendeu o grito de susto.
   - Não. - ele disse.
   Paty se arrepiou com aquela voz. Olhou para trás e viu Jungkook com aquela expressão fria que ele costumava ter. Uma subita vontade de chorar lhe invadiu, mas não o fez. Ele a olhou por alguns segundos com as sobrancelhas levemente unidas.
   - O que...está fazendo aqui? - ela perguntou.
   Ele continuou quieto como se não tivesse ouvido o que ela tinha dito. Ele colocou a mão no bolso e pegou uma pequena faca posicionando-a em seu pescoço.
   - Relaxa. Não vou demorar nem te incomodar. - ele disse.
   Jungkook passou a faca de uma vez em seu pescoço antes que ela pudesse dizer qualquer coisa.


   Paty acordou num pulo. Olhou ao redor um pouco assustada.
   - Pesadelos...tem que me assustar assim? - ela resmungou.
   Levantou e foi ate a geladeira pegar um copo de água. Quando olhou aquele pacote colorido, ficou um pouco cismada. Teve vontade de comê-lo, então esticou a mão para pegar.
   - Não. - ouviu uma voz.
   Ela gritou baixo de susto. Olhou para trás e viu Taehyung surpreso com aquela reação.
   - O que faz acordado? - ela perguntou.
   - Não come isso...você tem intolerância a lactose lembra?
   Ela se perguntou como ele sabia disso. Ela tomou a água rapidamente e largou o copo em cima da mesinha.
   - Paty. - ele chamou.
   Ela gelou.
   - Relaxa. Não vou demorar, nem te incomodar. - ele disse vindo em sua direção.
   Ela deu um passo para trás. O sonho estava acontecendo na vida real?!?!
   Ele segurou seu rosto com as mãos e lhe beijou gentilmente. Ela parou completamente, até mesmo de respirar.
   Ele a soltou e observou a sua reação.
   - Eu queria que tivesse sido diferente a primeira vez que..eu te beijei. Agi como se fosse a minha unica chance e...fui um pouco estupido, me...
   Ela levantou o indicador de leve para que ele parasse de falar.
   O que tinha acabado de acontecer?!


   No dia seguinte eles correram pra outra cidade. Colocaram o plano em pratica para aquele dia.
   - Só estou imaginando o resultado. - Jin sorriu.
   - Onde está o Namjoon? - V se deu conta.
   Paty segurou seu braço pedindo para parar. Ele a olhou sem entender.
   - Ele foi embora...Não precisamos nos preocupar com ele. - Jordana foi fria.
   Todos a estranharam. Ela nunca falava daquela maneira com ninguém, nem mesmo o Namjoon que sempre "brigavam".
   - Nossa Joh, por que essa revolta? - Julia tirou as palavras da boca de todos.
   - Ele me deixou. Em uma situação dessas! Não dá pra acreditar. - ela parecia explosiva.
   Taehyung ficou claramente assustado.
   - Vamos fazer o que precisamos fazer. Afinal, nós temos pessoas para salvar. - Joh continuava andando com o olhar no horizonte.
   Pensar daquela maneira fez com que eles se motivassem ainda mais.


  Soohyun apareceu andando nas pontas dos pés para não acordar ninguém.
  - Cara, você fica muito gay fazendo isso. - Taeyang disse.
  Soohyun relaxou o corpo e continuou andando normal.
  - Por que está acordado tão cedo? - Soohyun pegou um copo d'água na geladeira.
  - Não acordei. Eu não dormi um segundo essa noite. - Taeyang disse deitado na cama olhando para o teto.
  Taeyang levou as mãos atrás da cabeça suspirando alto.
  - Eu queria acabar logo com isso. - Taeyang disse.
  - Deixa esse teu orgulho de lado. - Soohyun tomou tudo em uma golada depois de dizer.
  - Eu? Deixar orgulho? Nem que eu queira, é impossível. - Taeyang se levantou.
  - Entao...sinto muito. - Soohyun sorriu.
  Taeyang uniu as sobrancelhas.
  - Você não ajuda em nada mesmo. - Taeyang reclamou.
- O que quer que eu faça? - Soohyun ficou sério. - Não tenho culpa se você não é prático. - ele levou o copo na boca para tomar mais um gole.
Taeyang segurou seu pulso derramando água para todos os lados.
- Qual é? - Taeyang ergueu o queixo.
- Não estou a fim de brigar. - Soohyun disse.
Taeyang o olhou por alguns segundos e também se mostrou preguiçoso para brigar soltando-o rapidamente.
- Desde cedo? - ouviram a voz de Donghae.
Ele abriu um sorriso ao ver o rosto surpreso dos dois. Donghae largou sua blusa no sofá e esparramou seu corpo na cama mais próxima.
- Já voltou? - Taeyang sorriu feliz.
- A gente não conseguiu. - Donghae observou o teto com o olhar vazio.
O sorriso de Taeyang se desfez.
- Íamos tentar novamente, mas... - Donghae se levantou e olhou para os dois. - Parece que tem assuntos mais importantes para ser tratados. - ele colocou as mãos nos bolsos.
Soohyun cruzou os braços.


- Levanta logo. - Seungri chutou a costela de Jimin.
Ele rolou de dor.
- Tudo...está doendo... - Jimin disse com a voz rasgada.
- Eu não disse que não precisava se esforçar? - Seungri riu. - Viu? Hoje você está quebrado...
Jimin mal conseguia respirar, pois seus músculos estavam doendo muito.
- Vai. Levanta. - Seungri disse forte. - Temos coisas pra hoje. Reze muito, mas muito para que o confronto não seja hoje...
Jimin mal podia pensar nessa possibilidade. Ele se levantou com dificuldades.
Seungri ainda estava com a roupa de ontem, mas sua aparência estava totalmente renovada.
- Eu quero que lute comigo. - Seungri disse preparando seu corpo em forma de defesa. - Mesmo machucado, você precisa continuar lutando não é?
Jimin ficou em pé e sentiu suas pernas e acabou demonstrando com uma careta de dor.
- Não, não faça essas expressões. Diminui você. - Seungri disse. - Eu sinto que posso acabar com você com apenas um soco...
- E pode... - Jimin não conseguiu esconder a dor.
Seungri respirou fundo com impaciencia.
- Eu sou o cara...o cara que você quer bater. Entendeu? - Seungri disse. - Concentra.
Jimin o olhou e tentou pensar como se ele fosse o causador de tudo. Aos poucos sua expressão foi ficando dura e fria, seu corpo estava se renovando e a raiva corria em suas veias. Ele se manteve em pé perfeitamente e estreitou o olhar.
- Isso...assim que eu gosto. - Seungri sorriu.
Jimin foi para cima dele e Seungri se defendeu. Em um descuido de Jimin, Seungri acabou acertando seu rosto, mas ele não se intimidou e continuou lutando, até que lhe acertou o rosto também. De repente teve uma raiva incontrolável e o imobilizou dando lhe outro soco no canto do lábio e estava pronto para lhe dar um chute.
- Jimin! É para lutar fingindo que sou o cara, não que sou realmente o cara! - Seungri gritou colocando as mãos na frente.
Jimin parou respirando alto. Quando a raiva passou e voltou a imagem de Seungri, ele se afastou um pouco dando-lhe espaço para que pudesse se levantar.
- Você...realmente tem ódio desse cara. - Seungri estava espantado.
Jimin não respondeu e continuou tomando ar várias vezes. Seungri ficou um pouco preocupado, mas não demonstrou.



Jungkook mal conseguia abrir os olhos. Sua cabeça doía muito.
   - Vamos,  a gente precisa fazer o acordo formalmente hoje. - Taemin disse alto.
   Jungkook fechou os olhos com força ao sentir a cabeça doer mais. Doia tanto que...
   Ele se levantou e correu para o banheiro. Se curvou para a pia e colocou para fora tudo o que estava em seu estômago.
   - Quem mandou beber ontem. - Tao apareceu rindo.
   Jungkook estava palido e com grandes bolsas escuras embaixo dos olhos.
   - Nossa cara, você está acabado. - Tao fez careta.
   Junkook engoliu saliva para não vomitar novamente. Tao o empurrou dali para que pudesse usar o banheiro.
   - Nunca mais faço isso. - ele disse bem baixo pra si mesmo.
   Deixou seu corpo cair na cama novamente.
   " Ela realmente gosta de você." - a voz de Jimin ecoou na sua cabeça.



   Namjoon sentou na sua escrivaninha e começou a rabiscar os papeis rapidamente.
   Escrevia, rabiscava, amassava, jogava fora. Fazia desenhos malucos e agia como um psicopata.
   - O que eu estou fazendo? - Namjoon se perguntou. - Eu disse adeus. Eu não preciso ajudar.
   Ele ficou parado ali no meio de mil papeis amassados espalhados por todos os lados.
   Lagrimas começaram a cair sem sua permissão.
   - Quem eu quero enganar? - ele perguntou passando as mãos nos cabelos. - Eu sei...sei de tudo e estou fazendo do jeito errado.
   Namjoon virou a mesa descontando a sua furia e frustração. Depois de arrancar sangue de seus dedos por socar a parede varias vezes, bateu suas proprias contra a parede e finalmente se acalmou.
   - Eu sei muito bem que...isso não tem solução. - ele chorava. - Ninguém vai sobreviver.

domingo, 17 de agosto de 2014

Continuação 27

Jimin segurava o corpo de Seungri que estava totalmente sob efeito de alcool.
 - Nossa, aquela garota tinha um corpo... - Seungri começou a rir.
 - Cara, seu bafo está horrível. - Jimin reclamou.
 Jimin fechou os olhos e procurou a chave no bolso dele. Ele conseguiu destravar a porta com um pouco de dificuldade, mas ao entrar ele o jogou no enorme sofá bege.
 - Sua casa é uma zona. - Jimin riu.
 Apesar de ser tudo uma bagunça, só tinha coisas bem caras. Aquele tapete vermelho que estava pisando devia ter lhe custado uma fortuna. Aquelas cortinas, todas aquelas taças no bar que ele tinha ali no canto, os três relógios que contavam exatamente a mesma hora, cada um de cada cor...
 - Jimin. - Seungri disse com a voz mole.
 Jimin se assustou. Achou que ele já estava dormindo. Olhou para Seungri que estava de olhos fechados todo esparramado, assim como ele havia deixado.
 - Cuida bem. Dela. - Seungri disse. - Você vai me prometer que...vai cuidar dela.
 - Dela quem? Está delirando, Seungri. - Jimin riu novamente.
 - Estou falando da sua garota, idiota. - Seungri quem riu dessa vez.
 Jimin se aproximou dele e o observou.
 - Cuida bem dela. Não importa o que aconteça. Proteja com todas as suas forças. - Seungri franziu a testa.
 - Por que diz isso? - Jimin perguntou.
 - Eu só tinha uma chance. E escolhi errado.
 Uma lágrima começou a descer no canto de seu olho esquerdo.
 - Você só tem uma chance agora também. Não deixe isso escapar, está entendendo? - Seungri disse.
 Jimin ouvia tudo como se soubesse exatamente do que ele estava falando.
 - Se você errar...ficará o resto da vida se lamentando... - Seungri franziu a testa.
 Seungri estava claramente chorando.
 - E no final...você vai acabar em boates. Tentando encontrar entre milhares de garotas aquela que pode tentar preencher o vazio que vai sentir. - ele continuou dizendo.
 Jimin se agachou ao seu lado.
 - Jimin...eu gostava tanto dela. Tanto... - ele disse.
 - Eu sinto muito. - Jimin abaixou a cabeça.
 Seungri abriu um sorriso de leve.
 - Eu não quero que você passe o que eu passei.  - Seungri disse. - Eu estou nessa com você.
 Seungri estendeu a mão pra ele. Era tudo o que Jimin precisava.


 Julia estava com os olhos na TV, mas não conseguia nem ouvir, nem ver nada. Apenas pensava em J-hope e Jimin.
 Se Namjoon traiu a gangue pela Joh, por que...J-hope não fez o mesmo pra ficar do meu lado?
 Ele...não me ama o suficiente?
 E agora...Jimin foi embora. Eu não tenho mais ninguém.
 Jordana sentou na sua frente de repente.
 - Eu sei que isso é quase impossível, mas...tente não pensar em coisas ruins. - ela pediu. - Já basta por tudo o que está passando...
 - Eu só estava tentando entender algumas coisas... - Julia acordou dos pensamentos.
 - Coisas? J-hope? Jimin?
 Era incrivel como as suas amigas eram próximas. Não era preciso dizer nada e todas conseguiam ter o mesmo sentimento, o mesmo pensamento. Eram como se fossem uma só pessoa.
 - Quando isso tudo se resolver, vamos ver isso daí ok? - Jordana tentou confortá-la.
 Ela assentiu. Joh se aproximou lhe dando um abraço.


 - O que vai fazer agora? - J-hope perguntou.
 Taeyang olhava o tempo todo para um ponto fixo sentado na beirada de um chafariz cheio de luz.
 - Você não está ouvindo nada não é? - J-hope estava irritado.
 - Era só ela dizer sim. - Taeyang disse pra si mesmo. - Era só isso.
 Taeyang o olhou.
 - Por que ela não aceitou o meu pedido de casamento? - Taeyang não se conformava.
 - Às vezes ela gostava de você, mas já pensou que ela era nova demais para isso? Ela estava com medo...
 - Não importa! Se ela me amasse, ela aceitaria. - Taeyang se levantou.
 - As coisas não funcionam assim. - J-hope disse.
 - Você não sabe de nada. - ele não alterou a voz.
 Taeyang começou a andar de um lado para o outro. Soohyun apareceu respirando forte.
 - Eu não encontrei em lugar algum. - ele disse.
 - Esquece. - Taeyang disse. - Vamos descansar. Estou morto.
 - Onde estão os outros? - J-hope olhou ao redor.
 - Eles ainda vão chegar. - Taeyang continuou olhando o mesmo ponto. - Perdemos dois de uma vez. Os outros dois poderiam estar aqui também.
 - Ainda da tempo. - Soohyun disse.
 - Eles só vão chegar daqui dois dias. - Taeyang disse.
 - Podemos esperar dois dias. - J-hope deu de ombros.
 Taeyang olhou no relógio.
 - Vamos voltar pra Coréia e planejar as coisas direito. - ele concluiu. - É o melhor que temos a fazer.
 - Com certeza! - J-hope apoiou a idéia.
 Taecyeon apareceu segundos depois. Foram todos em direção ao aeroporto para voar para Coréia.



 Joh foi pra sacada olhar aquele céu. Apesar de muitas nuvens, era possível enxergar algumas estrelas. Seu presente maior estava ali naquele lindo céu.
- Ainda existem coisas bonitas por aqui. - ela sorriu.
Ela continuou observando as nuvens ganharem formas diferentes.
- Acho que...essa é a minha deixa. - ouviu a voz de Namjoon atrás dela.
 - Sabia que é proibido entrar no quarto de garotas sem permissão? - Joh sorriu se virando para ele.
 Ele acabou sorrindo. Ele a olhou nos olhos e logo ficou sério novamente. Jordana sentia que ele ia dizer algo. E não era bom.
 - Eu...não...te ouço mais. - ele disse.
 Ela engoliu em seco e observou seu rosto mudar para aquela expressão de sentimentos vazios.
 - Acho que...essa é a hora que...eu devo te deixar. - ele sorriu tristemente.
 - O que? - ela ficou em choque.
 - Eu não sei...me sinto tão longe de você. Apesar de estarmos aqui frente a frente, neste mesmo cúbiculo...sinto que estamos bem longe um do outro.
 O vento bateu dando um ar de despedida.
 - Eu...não tenho mais motivos para...me prender à você aqui. - ele disse. - Acho que...foi por isso que eu parei de te ouvir também. Talvez...aqui seja o momento em que...devemos terminar o nosso vínculo, porque...
 - Namjoon, você não está pensando em me deixar...não é?
 Ela tentou tocá-lo, mas ele se afastou. Namjoon controlava os sentimentos respirando fundo discretamente.
 - Eu não vou me virar contra você. Não pense isso. - ele disse. - Eu...só quero pensar um pouco.
 Namjoon não sabia ao certo o que dizer, quais palavras usar. Só queria um pouco de tempo pra si.
 - Namjoon. - Joh tentou segurar seu braço novamente.
 Ele saiu andando. Ela segurou o ar e observou o nada. Nunca se quer pensou em se imaginar a sua vida sem Namjoon. Ele era algo tão essencial em sua vida, que...não fazia sentido se ele não estivesse nela.
 Quando se deu conta do que tinha acontecido e voltou para o "mundo real", ela saiu correndo.
 - Aonde vai? Joh! Não pode sair! Pode ser perigoso! - Julia apareceu enxugando os cabelos com a toalha.
 - Aonde ela está indo? - Paty perguntou.
 As duas a perseguiram. Jordana descia as escadas muito rápido.
 - Yuri, o Namjoon foi pra onde? - Jordana perguntou.
 - Eu não o vi. - ela ficou assustada.
 - Por onde ele saiu?! - Jordana perguntou pra si mesma.
 Ela saiu do hotel e começou a procurar ali por fora.
 - NAMJOON!!!- ela gritava.
 O silêncio da noite lhe respondia. Era tão irritante aquele silêncio...
 - O que houve? - Paty perguntou.
 - O Namjoon...ele foi embora! - Joh disse.
 - Por que? - Julia perguntou.
 Joh apenas caiu de joelhos e chorou.
 "Namjoon, por favor. Eu sei que ainda me ouve!!! Volte pra cá...Namjoon. NAMJOON!!!"


 Jhope estava olhando o teto do seu quarto sem saber o que pensar.
 - Eu não sei porquê...mas eu tenho quase certeza de que ela não vai ficar comigo. - Jhope conversou com o vento. - o Jimin quem merece o amor dela.
 Apesar de ter esse pensamento forte dentro de si, ele não conseguia simplesmente desistir dela e vê-la escapar de suas mãos.
 Ele pegou o celular e lhe mandou uma mensagem.

 - Joh, vamos entrar. - Julia disse. - Está frio e podem nos ver aqui.
 Finalmente ela se levantou com a ajuda das meninas. Ao chegar no quarto, Paty lhe deu um calmante.
 - Toma isso, você precisa descansar lembra? - ela perguntou.
 - Obrigada, Paty. - ela tomou no mesmo instante.
 - Nós estamos aqui. Ainda estamos aqui e nada vai lhe acontecer. É como você disse...vamos resolver isso primeiro o mais rápido possível e depois resolvemos os nossos corações. - Julia disse.
 Joh assentiu achando também a melhor saída. Jordana deitou na cama e fechou os olhos tentando parar de soluçar. Paty ficou ao seu lado passando a mão em seus cabelos.
 Julia sentou na sua cama e olhou uma nova mensagem em seu celular.
 "Vou lutar por você. Eu te amo."