domingo, 29 de junho de 2014

Continuação 10

Julia se arrumou de qualquer maneira, olhou de relance no espelho e percebeu que sua aparência não estava nada bem. Estava abatida, triste...
- Eu vou assim mesmo. - ela disse decidida. - Vou encarar essa.
Colocou uma blusa e saiu do seu quarto sem fazer barulho.
- Se meu pai acordar agora, acho que eu perco meu pescoço. - ela disse pra si mesma.
Desceu as escadas com o maior cuidado, respirava devagar e pouco.
Chegou na porta e virou a maçaneta com os ombros tensos. Finalmente estava em contato com o ar gelado da madrugada.
Fechou a porta e saiu correndo. Estava morrendo de medo, tinha que confessar. Colocar o pé para fora de casa, já era pedir para ser assassinada, mas...tinha que resolver essa história e acabar com esse tormento o mais rápido possível.
Foi dobrando as esquinas com medo de encontrar alguém estranho, mas para a sua sorte, todas as ruas estavam vazias.

Chegou na frente do colégio, e viu alguém sentado de blusão preto.
Jhope?
Ela ficou parada ali esperando-o dar alguma resposta.
Ele se levantou sem mostrar o rosto e se virou para ela. Ele tirou a touca e a encarou.
Julia sentiu seu chão sumir. Seu mundo desabar.
Sentiu...a morte.
Aquele, não era Jhope.


Julia deu alguns passos para trás e ele veio vindo na sua direção devagar.
- Julia? - ele perguntou.
Ela engoliu um grito alto e saiu correndo. O garoto a perseguiu. Ele corria rápido demais!
Ela já estava cansada pelo caminho que tinha feito até chegar o colégio.
- Não acredito que Jhope armou isso para mim. Não acredito! - ela dizia enquanto chorava e corria.
Ela ouvia os passos se aproximando, mas ela não conseguia correr mais.
Ele segurou seu braço e a olhou.
- Está fugindo por que? - ele perguntou com o queixo erguido.
Julia se concentrou e e fingiu ser ruim. Se soltou dele rapidamente e continuou encarando-o.
- O que você quer? - ela uniu as sobrancelhas.
- Nada. Por enquanto. - ele deu de ombros.
Ela ergueu uma sobrancelha.
- Taemin? - ouviu a voz de Jhope.
Ele se virou para trás.
- O que faz com a minha garota? - ele perguntou sorrindo.
Julia ficou assustada. Aquele era mesmo Jhope?
Ele estava de roupas pretas, e uma máscara cobrindo a sua boca.
- Sua? Desde quando? - ele perguntou.
- Desde algum tempo. - Jhope parou na frente dele. - Vai, se manda.

Taemin a olhou por um ultimo momento e saiu andando.
Julia estava com a respiração irregular. Jhope estava encarando-a.
- Isso...é um sonho ruim não é? - ela perguntou com a voz trêmula.
Ele não respondeu e continuou olhando-a com o rosto sem expressão.
- Jhope...não faça isso com a sua vida. - ela pediu. - Você é tão incrível...não precisa disso para...
- Julia, eu sou assim. Infelizmente. - ele disse com a voz vazia.
Ela desacreditava.
- Por que ser assim? Por que fazer do pior jeito?! - ela gritava.
- É como eu sou. - ele deu de ombros.
Ele parecia estranho. Não parecia ser o Jhope sorridente, que era gentil. Seu jeito estava extremamente rude, até sua voz mudara. Seu olhar profundo estava assustando...
Ele soltou o ar.
- Eu te chamei aqui...pra conversar umas coisas. Esclarecer umas coisas. - ele disse.
Jhope se aproximou um pouco e Julia logo deu um passo para trás.
- Eu não te conheço. Não sei o que fez...não sei por que está acontecendo isso tudo. - ele começou a dizer. - Do passado não sei nada e nem fiz questão de saber. - ele deu de ombros. - Eu só sei o que será daqui pra frente.
Julia não conseguia parar de chorar.
- Tem...muitas..pessoas atrás de você. - ele disse sério. - Se você está pensando que foi traida por mim...o que eu devo pensar de você? - ele estava muito perto.
- Eu não fiz nada!
- Ah não? - ele ergueu a voz. - Então por que todos estão atrás de você, garota?
Ela começou a chorar de medo.
- Logicamente, você não vai dizer. - ele se afastou um pouco.
Ela levou as mãos na boca tentando parar de chorar, mas era impossível. Estava soluçando muito.
- Pelo que eu estou vendo, as coisas estão muito sérias. Sabe quais são as suas chances de sobrevivência Julia? - ele perguntou.
Ela o olhou.
- Só um milagre pode te salvar. - ele disse claramente.
Ela começou a tremer.
- Se você pensa que tem um ou dois atrás de você...você está...extremamente...enganada.
O modo como ele falava assustava ainda mais.
- O que você fez? - ele perguntou novamente.
- Eu não sei! Eu juro que não fiz nada! Juro! - ela disse.
Ele continuou olhando para ela sem um pingo de emoção.
- Antes que pense errado...eu não estou do seu lado. - ele disse. - Eu só quero entender o que está acontecendo. Enquanto eu não souber...ficarei apenas na platéia.
- Você está me assustando. - ela disse.
- Você me assusta ainda mais. - ele disse.
O coração de Julia estava quebrado. Ela tinha um sentimento por Jhope. Vê-lo assim, parecia ser o fim do mundo.
- Eu já te mostrei quem eu sou. - ele disse. - Estou esperando você.
Ele se mantinha de queixo erguido.
- Eu sou assim. - ela dizia. - Eu nunca fingi nada!
Ele olhou o chão.
- Vamos ver o que acontece daqui para frente então... - ele disse.
- Quer dizer que todas as coisas que passamos foi...um nada? - ela perguntou antes que ele virasse as costas para ela.
- Não. Eu fiz o que queria fazer. - ele disse. - Mas não sei se será assim daqui para frente. Não sei quem é você.
Ela não iria convencê-lo de que era tudo um engano.
- Eu não sei o que disseram para você... - ela disse.
- Nada. Não disseram nada. Eu tiro as minhas conclusões. - ele cortou. - Mas só acho que se tem duas gangues atrás de você, coisa boa não é.
Duas...gangues?
- Ou você sabe fingir muito bem... - ele continuou. - Ou deve haver algum engano. Eu poderia acabar com essa história aqui e agora. - ele abriu um pequeno sorriso. - Mas...acho que não me perdoaria se eu matasse um inocente.
Só de ele pensar na possibilidade de Julia ser inocente, já a confortava.
- Posso ser morto daqui para frente. - ele riu. - Pelas gangues...ou mesmo por você. - ele ergueu os braços. - Mas você também. Pelas gangues...ou mesmo por mim.
Ela mal conseguia respirar.
- Vamos ver quem ganha. - ele disse.

Jhope saiu andando pela rua.
Julia estava sentindo muita náusea. Respirar muitas vezes não era bom.
Suas mãos estavam geladas, seu coração parecia parar de bater de vez em quando. Foi uma onda de sentimentos horríveis...
Voltou para casa correndo.
Julia ligou o chuveiro e sentiu aquela água morna confortar-lhe um pouco. Não conseguia parar de chorar um minuto se quer.
- Por que...por que?! O que está acontecendo?! - ela perguntava.
Ela precisava de alguém...mas não queria incomodar.
Vestiu suas roupas rapidamente e pensou em ligar para Joh. Ligou várias vezes, mas ela não atendia.
Ligou para Paty e deu direto caixa postal.
- O que eu faço?!
Olhou o número de Jimin. Hesitou em apertar a tecla para chamar, hesitou novamente e desistiu.
Desligou o celular. Não queria ouvir mais ninguém. Só queria ficar um pouco quieta no seu canto.
Deitou na cama e se encolheu.

Joh acordou assustada.
- Credo...que horror! Que sensação horrível foi essa? -ela perguntou pra si mesma.
Olhou no celular. Vinte e seis chamadas perdidas de Julia.
- Nossa...por que ela me ligou tantas vezes? - ela perguntou. - Aconteceu alguma coisa será?!
Ela ligou de volta, mas deu caixa postal.
- Droga, Julia atende...
Apenas chamava.
Ligou para Namjoon. Ele atendeu no primeiro toque.
- Conversamos no colégio. - ele disse.
Ah droga, aconteceu algo com ela.
Joh se arrumou rápido e saiu de casa feito foguete.
- Se acontecer algo com ela, eu não vou me perdoar. - Joh já estava chorando.
Ela corria o mais rápido do que podia. Ela tentou ligar para Paty no caminho também, mas ela não atendia.
- Alô? - ela atendeu de repente com a voz de sono.
- Paty..Paty...
- J-Joh? - ela perguntou. - O que foi? Tá chorando? Por que?
- Aconteceu algo com você? - ela perguntou rápido.
- Não! Mas...por que está assim? Aconteceu com você?
- Não...pior. Acho que aconteceu com a Julia!
- Como assim?! Pegaram ela?! - Paty se desesperou do outro lado.
- Não sei! Vou conversar com o Namjoon.
- Você vai conversar com quem?!
- Longa história...mas ele está do nosso lado. Relaxa. Tchau. - Joh desligou.
Não tinha quase ninguém no colégio. Joh ficou esperando do lado de fora em um canto escondido.
Namjoon apareceu em poucos minutos.
Ela pensou em chamá-lo, mas seria arriscado.
"Estou no campo de tênis." - ela pensou.
Foi corrrendo pra lá e esperou. Ele logo apareceu.
- Namjoon... - ela começou a dizer.
- Calma...calma... - ele disse se aproximando dela.
- Não aconteceu nada com ela ainda não é?
- Não! Eu lhe garanto! Não fizeram nada!
Joh relaxou.
- Pode me dizer quem são? - ela perguntou.
- Pra dizer bem a verdade...eu não sei.
- Como não sabe?
- Joh...eles não são simplesmente uma gangue qualquer. - ele disse. - Ninguém confia em ninguém. Todos juntos, mas cada um por si. - explicou.
Joh esperou para que ele explicasse melhor.
- Temos vários casos pra fazer. - ele disse. - Eles estão atrás de banco, de uma família, de uma criança, da Julia, de um grupo de jovens, de um papel, de dinheiro, até de um país!
Joh estava espantada.
- Quando fazemos as coisas, uma pessoa nos indica e simplesmente vamos atrás. Geralmente não sabemos quem está com a gente. Só quando a coisa acontece!
Ela engoliu em seco.
- Não sente medo? - ela perguntou.
- Todos sentem. Por isso, agimos de acordo com que todos dizem, ou então...estamos ferrados.
Joh sentia a tensão que Namjoon sentia só de pensar nesse assunto.
- Eu entrei nisso porque eu queria que salvassem a minha família. Tinha uma espécie de máfia atrás do dinheiro da minha família. Acabou gerando um conflito muito grande e eles não queria apenas o dinheiro, mas a morte de todos. Eu fiz acordo com essas pessoas. Elas salvam a minha família e eu entro no grupo.
Ela sentiu o corpo inteiro arrepiar.
- Quando a sua família está em jogo, você não pensa duas vezes. - ele disse. - E foi isso que fiz. Não vou conseguir sair disso nunca mais. A não ser que todos entrem em um acordo, mas...isso é totalmente impossível.
Joh olhava para ele pensando em todas as coisas que deve ter passado. Como foi dificil enfrentar isso...
- Por isso que as vezes a polícia não faz nada. - ele disse. - As vezes eles nos descobrem, mas sempre estamos fazendo justiça. Eles vão nos prender quando estamos ajudando?
Joh assentiu entendendo.
- E sobre a Julia? Por que isso tudo está acontecendo com ela se ela não fez nada? - ela perguntou.
- Não sei. Tem certeza de que...
- Absoluta. Ela é inocente. - Joh cortou.
Namjoon olhou o nada.
- Eu estou tentando entender isso tudo, mas não sei se eles desconfiam de que estou do seu lado, se eles escondem algo, se eles querem me testar, se estão planejando algo...não sei. - Namjoon raciocinava em voz alta.
- O que eles falam para você?
- Nada. Não estou no caso.
- Não?!
- Não. Tudo o que sei, é porque eu fui pesquisando as escondidas.
Joh soltou o ar pela boca.
- Não pode entrar para o caso? - ela perguntou.
- Se eu pedir para entrar, eles me matam.
- Por que?
- Vão saber com certeza de que estou do seu lado! É ser traidor na cara dura!
Joh concordou.
- Façam com que eles te escolham para entrar no caso. - ela disse.
- Como? Já pensei nisso, mas não vejo possibilidades...
- Eu vou pensar em algo e te digo. - ela disse.
Ele assentiu devagar.
Ficou um silêncio perturbador.
- Eu não devia ter te beijado aquela vez. - ele disse. - Tudo bem que a gente briga quase sempre, mas eu acabei entregando de vez.
- Entregando o que? Você fez de zoação... - ela revirou os olhos.
- Ah...eu te aguento esses anos todos de zoação? Eu estou agora do seu lado, arriscando a minha vida por zoação? -ele ficou nervoso de repente.
Joh se calou.
- Eu te beijei por zoação? - ele disse com a voz mais suave.
Ela olhou em seus olhos cheios de lágrimas.
- Tá...desculpa. - ela disse rápido antes que começasse a chorar também.
Ele se afastou um pouco.
- Me desculpe...eu não quis dizer isso... - se arrependeu de verdade.
- Tô indo nessa. - ele disse saindo.
Ela ficou observando ele andar.
- Eu acabei de brigar com a nossa unica esperança. - ela disse soltando o ar. - Joh, você é muito burra..
Ela iria atrás dele?
(Joh decide)

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Continuação 9



Julia ficou totalmente sem rumo, então como uma criança perdida, agachou no chão e começou a chorar.
- Por que as pessoas fazem isso comigo?!?! - ela gritou. - Essa gangue que perseguem as minhas amigas, Jhope se aproximou de mim para me apunhalar pelas costas e nem posso ficam com quem eu gosto, porque ele corre risco de vida!
Ela não se importava com nada. A rua estava deserta, parecia perigosa, as árvores davam um ar assustador, mas ela não estava ligando. Ela só queria que tudo se resolvesse da melhor maneira. Estava com raiva, mas muito machucada.
- Julia? - seu pai apareceu na porta.
Ela só conseguia chorar.
- O que está acontecendo? O que houve? - ele apareceu preocupado.
- Tudo de ruim pai...tudo de ruim!
- Vem, vamos entrar! - ele disse. - O vento está muito gelado aqui fora.

Ela sentou no sofá e seu pai apareceu com um chá.
- Me conta. - ele disse. - Tudo.
- Tudo ? - ela perguntou.
- Tudo, não me esconda nada. Quer dizer...quero te ajudar! Então eu preciso saber de tudo.
Ela engoliu em seco. Será que seu pai aguentaria essa situação?
- Olha, me desculpe dizer...mas você parece estar arrebentada. E eu não quero que a minha filha siga exemplos de outras por aí que tira a própria vida e...
- Pai, não diga isso. - ela o olhou. - Estou realmente machucada, mas eu não posso desistir agora. Não mesmo.
Seu pai deu um tempo para que ela se acalmasse. Só então, ela contou tudo o que estava acontecendo.
- Quem são esses caras? Vocês ainda não denunciaram à polícia?!
- Pai...acredite. Será pior! - ela disse.
- Como assim será pior?! A polícia sabe lidar com casos assim!
- Sim, mas agora ainda não é hora da polícia chegar. Nós temos um médico do nosso lado que lida bastante com casos assim...
Ele assentiu.
- Por favor, pelo amor de Deus, tome muito cuidado. - ele disse.
Seu pai parecia estar realmente preocupado.
- Você não vai à escola. Vou te transferir! - ele disse.
- Para eles matarem mais um de meus amigos? Continuar ameaçando como estão fazendo? E pra depois me achar e me matar?
- Se fosse o caso, já teriam te matado. - ele disse racionalmente.
Julia engoliu em seco pensando na hipótese. Seu pai tinha razão. Se eles realmente quisessem, ela já estaria morta.
Seu pai a abraçou dando-lhe conforto.
- Quando precisar de ajudar me avise. Eu vou ver se consigo alguns investigadores pra resolver esse caso junto com vocês ok? Deixe comigo, você vai sair bem dessa... - ele dizia.
Julia não conseguia parar de chorar.

Jungkook levou Paty até a porta de sua casa.
- Espero que tenha gostado. - ele disse.
- Sim, gostei! Obrigada.
Ele sorriu.
- Eu queria ter dito na viagem, mas...eu vi que você ficou feliz. Não queria atrapalhar isso...
- Por que? Aconteceu algo? - ela se preocupou.
- Não...eu só não queria colocar mais um assunto para você pensar...
Paty esperou. Ele se preparou para dizer.
- Você...não quer se tornar o braço direito da empresa? - ele perguntou.
- O que?
- Tipo, no cargo de vice presidente?
Ela olhou para os lados sem entender.
- Por que isso de repente? Eu sou a mais nova lá e...sei lá. Acho que eu não consigo lidar com isso. Nem mostrei competência o suficiente! Aliás, o chefe deveria ser! Ou então, você ou o V.
Ele riu.
- O que foi? - ela perguntou sem entender.
- Eu vou resolver isso ok? - ele disse.
- Mas...por que? Eu ainda não entendi? Por que eu? Só porque sou mulher?
- Não viaja Paty!
Ele sorriu.
- Nos vemos amanhã. - ele disse fazendo o toquinho.
Ele deu as costas para ir embora, mas ela o interrompeu.
- Jungkook.
Ele se virou novamente.
- O que está acontecendo? Por que está agindo assim comigo? - ela estranhou. - Você era tão ruim comigo, me tratava como se fosse nada e de repente começou a fazer coisas por mim...eu agradeço de coração, mas...isso não soa bem quando acontece de repente...
Ele olhou para baixo.
- Eu mudei. - ele olhou o céu. - Eu me arrependi de não ter feito várias coisas. Decidi que não vou mais guardar desejo. Se eu queria te fazer esquecer os problemas, te levar à um lugar que quer ir...eu o fiz. - ele deu de ombros.
Aquilo soava ainda mais estranho, mas ela enxergava sinceridade em seus olhos.
- Durma bem...ok? Qualquer coisa, me liga. - ele disse.
Paty assentiu.
- Você também. - ela sorriu.

Joh estava olhando para aquele perfume. Colocou na ponta do dedo para ver se não causava alguma reação alérgica.
Ela soltou o ar.
- Sim, eu tenho que desconfiar dele. Afinal, ele faz parte da gangue. - ela disse. - Vai que ele queira me matar com esse perfume.
Mas não aconteceu nada. O perfume tinha um cheiro perfeito.
- Ca-ram-ba... - ela disse cheirando inúmeras vezes. - Isso é muito bom...
Ela abriu o papel e estava escrito:

A = ais
E = enter
I = Inis
O = omber
U = ufter

Não entendeu de início, mas conseguiu decifrar.
Recebeu uma mensagem de um numero desconhecido.
"Enterntenterndenterufter?" - entendeu?
Era para trocar as vogais por aquelas palavras. Ela respondeu:
"Sinism" - sim
"Qufterenter bomberm qufterenter gomberstomberufter domber penterrfuftermenter!" - ele respondeu em seguida.
- Que...bom...que...gos...tou...do...perfume! - ela leu devagar. - Aish que código chato! E ele fica ouvindo meus pensamentos! Desgraçado...
"Omberlhais ais bombercais."(olha a boca) - ele mandou.
Joh começou a pensar em todas as coisas que aconteceram, tudo o que ela pensou. Ela foi ficando cada vez mais boquiaberta.
- Que droga...ele deve ter ouvido tudo. - ela fechou os olhos.
"Comberventerrsaismombers aismaisnhais" (conversamos amanha) - ele mandou.
"omberk" (ok) - respondeu.
Ela soltou o ar ao deitar na cama.
- Nem nos meus pensamentos, tenho minha privacidade. - ela ficou irritada.
Se ele podia ouvir ela...talvez...ela pudesse ouvi-lo também...
Ela fechou os olhos e tentou se concentrar. Pensou em Namjoon.
Começou a ouvir seu coração mais alto. Parecia que ela estava dentro de um oceano profundo.
Tentou relaxar mais.
Parecia estar de encontro com o seu eu interior. Parecia estar tão sozinha no mundo de repente. Parecia...algo como a morte...
- Eu não vou pensar em nada que queira ouvir. - ele disse.
Ela soltou um grito.
- Ah meu Deus! Isso é real! Que merda! - ela abriu os olhos.
Levou as mãos na boca.
- Eu...ouvi...ele dizer. - ela estava desacreditando.
Deitou na cama e tapou seus ouvidos com o próprio travesseiro.
Fechou os olhos e continuou respirando fundo. Depois de vários minutos, o sono começou a chegar.
Ao relaxar, parecia ter entrado naquele oceano novamente.
"Eu não vou deixar que nada lhe aconteça. Eu prometo." - ouviu a voz de Namjoon.

Julia estava deitada sem dormir. Continuava chorando sem saber ao certo o que fazer...com uma sensação ruim.
Seu celular tocou.
- Jhope? - ela perguntou.
Por que ele estava ligando?
A curiosidade era imensa, então acabou atendendo.
- Julia, preciso te ver agora. Me encontra na frente do colégio. - ele disse rápido.
Ele desligou.
Ela iria ou não?
        (Julia decide)

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Continuação 8

                Joh chegou com as pernas bambas.
                - Ei, o que aconteceu? – Julia perguntou preocupada.
                Dessa vez, ela não conseguiu esconder.
                - Eu...estou bem gente...estou bem. Não aconteceu nada de mais... – ela respondeu sentando ao lado de Jimin ficando de frente para Jin que a olhou super preocupado.
                - Tem certeza? – Jin insistiu.
                - Sim! – ela respondeu rápido, mas na verdade, queria dizer que o problema era ele também.
                Joh não conseguia olhar mais em seus olhos. Por que ela estava com esse sentimento?!
                - Então...vamos prosseguir gente. – Paty cortou aquele clima estranho.
                Jimin soltou uma risada.
                - Gente, eu não sei se isso tem algo a ver, mas...eu vi um garoto ontem. – Julia disse.
                - Jhope vai gostar de saber disso... – Jimin revirou os olhos morrendo de ciúmes.
                Paty lhe deu uma cotovelada.
                - Ontem eu estava voltando pra casa sozinha. Jhope quis acompanhar Jimin, porque eles tinham algo pra conversar...sei lá. – Julia deu de ombros não se importando muito. – E quando eu cheguei na frente de casa tinha um garoto. Ele veio sorrindo pra mim e eu fiquei com um pouco de medo na verdade. Do nada um garoto chegar na sua rua que é deserta não parece algo muito bom, não?
                Joh assentiu.
                - Ele perguntou como eu estava, se eu tinha passado bem nesses meses...respondi que sim. Por um momento eu comecei buscar na minha memória pra ver se lembrava dele, mas eu tive absoluta certeza de que eu nunca tinha visto ele.
                - Ele disse algo suspeito? – Paty perguntou.
                - Perguntou se eu estava namorando agora... – Julia franziu a testa. – Eu respondi que sim só pra despistá-lo. Então, de repente ele ficou quieto e sorriu meio triste.
                - E depois? – Paty não se aguentava de curiosidade.
                - Ele disse que era pra eu me cuidar.
                Todos ficaram tentando decifrar o que tinha acabado de acontecer.
                - Como ele era? – Paty perguntou.
                - Tinha cabelos castanhos...era um pouco comprido...era meio enrolado..
                - Aish.. – Jimin levou os braços em cima da cabeça. – É esse cara aí! Eu tenho quase certeza!
                - Sabe o nome dele? – Paty perguntou.
                - Eu...erm...não deu tempo de eu saber...
                - Ahhhh Julia!!! – todos disseram ao mesmo tempo em tom de bronca.
                - Gente foi mal...eu estava assustada. Nem sabia o que estava acontecendo! Não sabia também que seria importante...
                - Gente dá um desconto... – Joh disse. – Ela está muito sobrecarregada hoje.
                Julia assentiu. Ela começou a pensar consigo mesma. Quem poderia fazer isso a ponto de matar suas amigas próximas? Ameaçar a Paty?
                Julia começou a se lembrar do sonho, mas...eles não iriam querer saber sobre.
                Ele tinha mencionado o Taeyang no sonho..mas que esquisito.
                - Julia? – Paty chamou.
                - Oi...desculpa...viajei um pouco. – ela acordou dos pensamentos.
                - Nós precisamos conversar eu e você pra ver se consegue se lembrar de alguém ou algo...
                Ela assentiu.
                - Vamos sentar na mesa ao lado. Eu te dou todas as pistas e você dá um palpite. – Paty explicou.
                Elas saíram da mesa.
                - Eu preciso dizer pra vocês... – Jimin disse.
                - Dizer...?- Jin disse.
                Jimin respirou fundo e começou a contar.

                “Jimin estava voltando pra casa com o chato do Jhope. Ele começou a tagarelar sobre qualquer coisa.  Jimin começou a pensar sobre todas as coisas. Tentou juntar pistas, mas era inútil! O ameaçador era camuflado demais!
- Jimin. – de repente a voz dele mudou.
Jimin parou de andar percebendo a seriedade.
- Fique longe da Julia. – Jhope disse.
Jimin engoliu saliva.
- Não vai ser tão fácil Jhope...eu..
- Fique. Longe. Da. Julia. – Jhope disse firme.
Jimin estava percebendo algo estranho com ele. De repente, parecia ser outra pessoa...
- Era pra ter morrido antes de ontem. Tem noção disso? – Jhope perguntou.
- Do que está falando?
- Eu sei de tudo Jimin, não precisa esconder nada. Aliás sei mais do que você.
- Como sabe? Por que está fazendo isso?- Jimin estava ficando irritado.
- Porque sou um deles.
Jimin olhou para Jhope em choque.
- Não está mentindo...está? – Jimin se afastou um pouco.
- Não. – Jhope soltou o ar. – Não estou.
- Como você tem coragem seu imbecil? De ser tão falso a esse ponto?! Eu vou acabar com a sua raça! – Jimin gritou.
Jimin levantou a mão para dar-lhe um soco, mas Jhope segurou.
- Jimin, pensa direito. Se eu estou te contando é porque eu quero te ajudar idiota!-Jhope tentou acalmá-lo.
- Por que está fazendo parte dessa merda Jhope? Não acredito... – Jimin estava furioso.
- Eu não tenho como sair disso. Vai ser pra sempre! – Jhope começou a chorar.
Jimin ficou observando o arrependimento dele.
- Eu tentei. – Jhope disse. – Mas não consegui. Estou te ajudando agora.
Jimin não conseguia acreditar no que estava ouvindo, mas sentia que as palavras de Jhope eram verdadeiras.
- Eu...também gosto da Julia. – Jhope disse. – Não como você, mas gosto. Não teria coragem de fazer mal à ela e nem à você.
Jhope respirou fundo tentando não chorar.
- Eles iam te assassinar antes de ontem, mas eu consegui desviá-los. Foi difícil, mas consegui. – Jhope disse. – Por isso, fique longe da Julia!
Jimin o olhou percebendo o grande perigo que realmente estava correndo.
- Vocês vão sair dessa, mas precisam ter paciência e planejar direito. – ele disse. – Preciso ir agora...eles estão esperando por mim.
- Mas...
- A gente se vê e toma cuidado.
Jhope saiu correndo”




Joh levou a mão na boca.
- Nem dá pra acreditar... – Jin disse.
- Quanto mais nós investigamos, mas coisas horrorosas nós descobrimos... – Joh estava sentindo enjoo.
                - Está com a sua lista de suspeitos? – Jimin perguntou baixo.
                Ela pegou o celular e começou a digitar: Kim Tan, Namjoon, Taecyeon, Soohyun.
                - Esses são o que descobrimos que faz parte da gangue. – ela passou o celular a ele.
                Jimin olhou para o nome Namjoon.
                - Tem certeza de que isso está certo? – ele perguntou assustado.
                - Temos certeza já de que esses fazem parte da gangue. – Joh disse séria.
                - Meu Deus... – Jimin engoliu em seco.
                Eles ficaram alguns minutos em silencio tentando aceitar tudo aquilo.
                - Nós não conseguimos descobrir nada. – Julia disse sentando novamente com todo mundo.
                Paty colocou a mão na testa.
                - Isso está me dando dor de cabeça. – ela reclamou.
                - Pra mim também. – Joh disse.
                Ficaram novamente em silêncio
                - Vamos comer algo. – Jin disse. – Precisamos relaxar por enquanto.
                Todos concordaram.

                Paty foi para o trabalho e tinha um chá em cima da sua mesa.
                - Não recuse. – Jungkook disse aparecendo com uma caneca na mão. – Eu fiz com o maior carinho.
                - Obrigada... – ela agradeceu tomando um gole.
                Ele sorriu e se jogou na sua cadeira.
                - Paty, me deixa perguntar...onde você gostaria de ir? – ele mexeu o chá.
                - Eu queria ir pra casa agora. – Paty riu.
                - Eu digo...viajar... – ele disse rindo.
                - Sei lá...talvez pro Japão... – ela disse
                - Por que?
                - Eu sou de lá...- ela deu de ombros.
                - Ahhh tinha esquecido disso.. – ele riu.
                Paty assentiu.
                 - Então..vamos? – ele perguntou.
                - Aonde?
                - Para o Japão, oras! – ele disse.
                - Quando? Por que? – ela se assustou.
                - Agora. Se apronta! – ele disse se levantando.
                Paty o olhou.
                - O que? Deixar a empresa? Você está louco?! – ela se levantou. – Você é legal, mas vou te dedar para o chefe!
                Ele riu.
                - Vamos, para com isso. Os serviços estão adiantados e você não tem coisa de escola pra fazer à tarde. Vamos. – Jungkook parou do seu lado.
                Paty tomou um gole do chá.
                - Jungkook...me diga uma coisa. Você é um louco maníaco ou o que? Primeiro é azedo feito limão e do nada vira mel. Nunca vi isso na minha vida inteira. – ela disse.
                Ele riu.
                - Não fala assim que dói o coração. – ele disse.
                - Que coração? – ela ergueu uma sobrancelha.
                - Vamos, para de falar asneiras.
                Ele começou a desligar tudo.
                - Pra qualquer bronca, eu vou falar que é tudo culpa sua! – ela disse nervosa.
                - Tudo bem! Faça como quiser! – ele sorriu.
                Enquanto ela arrumava todas as coisas, Jungkook ligou para alguma agencia.
                - Pronto.  – ele sorriu.
                Paty balançou a cabeça negativamente em sinal de desaprovação. Ele pegou um taxi que os levaram até o aeroporto.
                Eles receberam os tickets no aeroporto.
                Ao sentar no avião, Paty começou a olhar em volta.
                - Eu não acredito que a gente ta fazendo isso... – ela disse.
                - Você não quer ir pra lá? – ele perguntou sorrindo.
                - O que você está planejando? – ela olhou desconfiada.
                - Nada! Eu só...queria relaxar. E ir pra um lugar onde você quer ir, é uma boa. – ele encostou a cabeça no banco.
                - Eu...quero sair daqui...- ela disse com medo.
                O avião decolou.
                - Se alguma acontecer comigo, eu vou te socar Jungkook! Escreve o que eu estou te dizendo! – ela ameaçou.
                - Calma... – ele a olhou. – Relaxa e aproveite o momento!
                Paty sentiu um enorme desespero de início, mas aos poucos começou a relaxar. Ainda mais depois de comer aqueles biscoitos deliciosos que eles serviam.
                - Nossa, que céu lindo! – Paty admirava.
                Jungkook começou a roncar.
                - Nossa...quanta gentileza... – ela revirou os olhos.
                Ela o observou dormindo.
                - Do nada...esse garoto não bate bem.

                Eles pousaram em Nagoya depois de alguns minutos.
                - Eu achei que os voos duravam  uma hora e meia... – Paty disse descendo.
                - Você deve ter dormido... – ele riu.
                - Não! Eu não dormi...quem dormiu e babou foi você!
                - O voo dura trinta minutos Paty...estamos de avião e não jegue. – ele riu
.              Paty lhe deu um tapa no rosto. Se arrependeu depois ao ouvir o estalo alto.
                - Por que me bateu? – ele perguntou segurando a raiva.
                - Pra aprender a me respeitar! Onde é que já se viu tratar uma garota assim?!
                - Não sei como tratar meninas, nunca sai com elas!
                - Tá querendo dizer que isso aqui, é um encontro forçado?!
                - Você quis vir e eu também. Estamos juntos aqui, então basicamente sim. – ele deu de ombros.
                - Não acredito que...
                - Ahhhh para com isso. – ele segurou seu pulso. – Vamos ver as boas coisas de Nagoya.
                Eles andaram por aqueles prédios coloridos, pessoas diferentes, doidas. Jogaram várias coisas, compraram doces e entre outras coisas.
                Foram até a árvore de desejos.
                - Escrevam aqui, e coloquem com esse cadeado na árvore. – a vendedora sorriu explicando.
                Paty tinha tantos desejos...não sabia o que pedir. Depois de pensar um pouco, escreveu: Justiça.
                Embrulhou e colocou na árvore.
                Jungkook escrevia e não parava mais.
                - Nós podemos ver desejos de outras pessoas? – Jungkook perguntou.
                - Só com a permissão dela, caso contrário, o desejo não se realiza! – a vendedora disse arrumando alguns papéis.
                - Então...eu dou permissão para ela ver o meu. – Jungkook disse. – Mas eu também quero ver o seu. – ele a olhou.
                - Não, por que?
                - Curiosidade... – ele soltou o ar. – Quer ler o meu?
                Paty disse que não. Ele deu de ombros e colocou na árvore.
                Fizeram mais algumas coisas e terminaram sentados em um banco em frente aquele chafariz cheio de luzes tomando suco.
                - Você é boa nos games! – ele sorriu.
                - Você também!
                Os dois riram.
                - Desculpa ter sido grossa. – ela disse. – Eu me diverti bastante, obrigada! Me fez esquecer vários problemas...
                Ele assentiu.
                - Que bom. – ele sorriu.
                Jungkook tirou a touca e olhou para o nada.
                - Paty...um conselho te dou. Tudo o que puder fazer, faça. Não deixe a preguiça te dominar...faça tudo o que puder. Essa felicidade, não tem preço. – ele a olhou. – O tempo é curto demais...o amanhã pode não chegar.
                Paty assentiu concordando. Sentiu uma imensa vontade de chorar, sabendo que isso poderia ser verdade. Sem saber se vai acordar no dia seguinte. Sem saber se vai poder fazer loucuras como acabara de fazer, se vai poder falar com seus amigos...
                Sem pensar, ela o abraçou. Ele ficou assustado de início, mas acabou cedendo.



                Julia foi voltando pra casa.
                - Você é louca de vir sozinha de novo? – Jimin apareceu do seu lado.
                - Jimin, o que está fazendo aqui?! – ela parou de andar. – Você não pode aparecer comigo.
                - Pára de viver. – ele disse.
                - O que?
                - Para de viver. – ele repetiu. – De respirar, de tudo.
                Julia não entendeu.
                - É o mesmo que pedir pra ficar longe de você. – ele disse olhando pra ela. – Eu não consigo, Julia. Desculpe.
                Ela o olhou.
                - Eu não consigo deixar de cuidar de voce, eu fico preocupado...tem dias que nem durmo pensando em como você está! – ele parecia perdido.
                Julia não sabia o que responder. Então, de repente ele se aproximou dela e segurou seu rosto beijando-a intensamente.
                Depois de alguns segundos ele a soltou e saiu andando.
                Julia ficou paralisada.

                

Sobre a História...

Eu vou escrever aqui, porque eu não sei se minhas mensagens vao chegar...asuasuhashuhu

A partir de agora vamos fazer um negócio diferente.
Em alguns capítulos vai ter algumas decisões. Em vez de eu tomar essas decisões, vocês vão. Eu vou escrever dai em cima das decisões que vocês tomarem. Ok?
Algumas vão ser simples, outras não.
É só pra ficar um pouco mais emocionante..asuhauhaush

Daqui a pouco escrevo mais!

terça-feira, 24 de junho de 2014

Continuação 7

- E aí Joh? – Julia chegou sorrindo. – Minha nossa que cara de morte é essa?
Joh estava com os olhos arregalados sem reação.
- Joh? – de repente Julia ficou preocupada de verdade.
Jordana olhou para a sua amiga.
- Aconteceu um negócio sinistro agora. – Joh disse.
- Que tipo de coisa...
- O Jin...o quietão. O certinho. Acabou de...
Joh tomou um fôlego.
- Fala Joh! Está me deixando curiosa!!! – Julia começou a bater os pés sem saber ao certo o que estava sentindo.
                Joh respirou fundo várias vezes. Por que ela ficou tão assustada dessa maneira...e o pior de tudo. Por que ela tinha achado o Jin bonito pela primeira vez? Não que ela não achasse ele bonito, mas dessa vez realmente tinha mexido com ela...
                - Joh, estou falando com você!!! O que houve?
                - O Jin Julia! O Jin ele...
                - Ele...? – Julia abriu um sorriso.
                Joh não conseguia achar as palavras certas. Nem ela mesma tinha acabado de entender o que tinha acabado de acontecer.
                - Joh, me diga uma coisa...você está de caso com o senhor...
                - Julia, não começa! – Joh interrompeu rapidamente. – Eu não estou com ele se é isso o que está pensando...
                - Ahh...porque se não o Namjoon iria ficar furioso em saber...
                Joh ergueu o dedo.
                - Não fale mais esse nome perto de mim ok? Por favor...
                Julia uniu as sobrancelhas sem entender.
                - Estou falando sério...E ele também não tem que achar nada. Ele tem namorada!  - Joh disse.
                Primeiramente Julia ia zombar do ciúmes dela, mas teve que perguntar.
                - Namorada? Como sabe?
                - Sei milhares de coisas que não sabe. E está na hora de saber. – Joh disse séria.
                Jordana pegou no pulso de Julia e a levou para fora para um lugar mais discreto.
                - Por favor Julia, não caia para trás...não tenha medo... – Joh soltou o ar. – Sei que vai ser difícil, mas a pessoa que mais precisa saber disso é você.
                Julia arregalou os olhos realmente com medo.
                - O que está acontecendo? – Julia perguntou.
                - Então...é que...assim...eu não sei explicar direito isso, mas...
                - Joh, na lata. – ela pediu.
                - Na lata?
                - Na lata. – Julia disse confiante.
                Joh engoliu em seco.
                - O negócio é o seguinte. – Joh disse. – Tem um cara maníaco atrás de você não sei pra quê, ameaçando a Paty pra ter informações  e foi o mesmo cara que matou a Suzy!
                Julia engasgou. Ela ficou um bom tempo tossindo.
                - Você tem ideia de quem pode ser? – Joh perguntou.
                Julia estava organizando suas ideias.
                - Você...não está brincando...está? – Julia estava com o rosto vermelho.
                - Lógico que não! Por que brincaria com esse tipo de coisa?
                Julia colocou a mão na testa e olhou pra ela.
                - Me conta com detalhes agora. – Julia pediu.
                Joh contou à ela tudo o que tinha acontecido.
                No final de tudo, Julia sentou no chão chorando sem parar.
                - Não acredito que eles fizeram isso com a Luna, a...Taeyeon...Sulli... – Julia sentia dor em cada nome.
                Joh a abraçou.
                - Eu sei foi um baque. Por isso temos que agir com cautela e resolver muito bem isso daí. – Joh disse segurando as lágrimas.
                Julia se levantou.
                - Eu faço qualquer coisa. Eu quero justiça. – Julia parecia forte de repente.
                Joh assentiu uma vez.

                Paty estava andando e lembrando do que tinha fazer. Jin e Joh disseram exatamente o que fazer.
                Teria realmente coragem de fazer aquilo?
                Alguém colocou a mão em seu ombro.
                - Vamos. – alguém disse muito próximo ao seu ouvido.
                Paty respirou fundo e sentiu o coração acelerar. Jin e Jimin estavam logo atrás fingindo conversar sobre qualquer coisa.
                Ele a guiou para a sala de remédios novamente. Jin ficou observando a câmera que tinha posto para observar a porta da sala de remédios.
                - Ele é realmente muito cauteloso. – Jin disse. – Eu não consegui ver o rosto dele.
                Jimin prensou os lábios.
                O ameaçador se virou para ela quando tudo estava escuro.
                - Quanto tempo lindinha. – ele disse.
                Paty se encolheu um pouco.
                - Eu estava com saudades já. – ele sussurrava e se aproximava cada vez mais.
                Paty sentia um medo enorme.
                - Por que está com tanto medo? – ele perguntou.
                Paty começou a tremer.
                - Eu não vou fazer nada. – ele disse.
                Ele ergueu a mão e Paty se encolheu rapidamente.
                - Ei...calma... – ele disse pousando a mão em sua cabeça. – Relaxa.
                Paty tinha que deixar ele nervoso, mas não muito assim ele poderia falar alto e não sussurrar.
                - O que você quer com a Julia? Deixe ela em paz! – Paty disse.
                - O que eu quero com a Julia? Ah...não sei...
                Ele colocou a mão no bolso e apontou uma arma em sua cabeça devagar.
                - Não faça perguntas. Apenas eu faço. – ele se aproximou.
                Paty engoliu em seco.
                - Eu quero saber. Onde a Julia mora agora? – ele perguntou.
                Paty respirou fundo.
                - Ela mora na rua São Paulo. Número 332. – Paty disse.
                Ela fechou os olhos mais forte.
                - Ainda bem que me disse a verdade...poderia dar adeus agora mesmo para sua vidinha medíocre se tivesse mentido. – ele sussurrou.
                Soltou uma risada sem som. Droga, ele nunca falava com a voz.
                - Segunda pergunta. Quem é Park Jimin? – ele perguntou.
                Paty estremeceu ao ouvir.
                - É meu melhor amigo... – Paty respondeu.
                - Por que contou à ele? Eu disse que não era pra dizer à ninguém... – ele disse.
                Mentia agora ou não?
                - Eu não contei nada à ele. – Paty disse.
                - Está mentindo.
                - NÃO CONTEI NADA À ELE NEM À NINGUEM! – Paty começou chorar forçadamente.
                Ele ficou observando-a.
                - Ótimo. – ele disse. – Espero que isso seja verdade.
                - É verdade...pelo amor de Deus...me deixa ir! – Paty disse se ajoelhando no chão. – Por favor, eu não suporto mais!
                O garoto pegou na sua blusa e a fez levantar a força.
                - Odeio garotas fracas. – ele disse.
                Paty não parava de chorar.
                - Mais uma coisa...Ela está namorando o tal do Jhope? – ele perguntou.
                - Oficialmente não...eles estão saindo...acho.
                 - Você não é amiga dela guria?
                - Ela não me contou nada, então eles não estão namorando.
                Ele assentiu.
                - Quero que o seu amigo saia do caminho. Ou eu serei obrigado a matá-lo...e eu não pensarei duas vezes. Entendeu? – ele disse.
                Paty assentiu rapidamente.
                - Se eu souber que está mentindo, pode se despedir desse mundo garota. Então eu terei que pegar a Jordana para ser minha fonte de informações.
                Paty chorou novamente.
                - Novamente...não conte à ninguém. Pessoas morrerão. – ele disse com firmeza.
                Paty abaixou a cabeça.
                - Vire de costas e conte até dez.
                Ele a empurrou e saiu correndo. Paty se levantou rapidamente e continuou fingindo estar sentida com o que aconteceu.
                Desceu até a saída de emergência do colégio e encontrou com a Joh, Julia, Jimin e Jin à espera.
                - Julia está aqui? Então ela já sabe? – Paty perguntou.
                - Sim. Contei à ela. – Joh disse.
                - Não sentiu medo? – Jin perguntou para Paty.
                - A raiva é tanta que nem medo eu consigo sentir mais. – ela respondeu sem expressão.
                Ela sentou ao lado de Joh.
                - Eu acho melhor o Jimin sair dessa história logo. – Julia disse preocupada.
                - Ele não pode desaparecer do nada. – Joh disse. – Ele tem que desaparecer aos poucos. Eles vão desconfiar que Paty contou tudo para Jimin se ele sumir de repente e não aparecer mais.
                - Faz sentido. – Julia concordou.
                - Então...eu finjo que ela me contou algo comum. – Jimin deu de ombros.
                Paty assentiu.
                - Então... – Paty disse. – Eu não vi acessório algum nele, não consegui enxergar seu rosto...
                - Realmente estava escuro. – Jin disse. – Só ouvimos a conversa.
                Paty assentiu.
                - Ele continua anônimo... – ela disse. – Ah, e tinha uma câmera bem nas minhas costas. Percebi a hora que eu virei. Por isso continuei fingindo depois que ele saiu.
                - Eles pensam em tudo...- Jimin assentiu.
                Jin soltou o ar.
                - E agora? Alguma sugestão? – Joh perguntou.
                - Nos encontramos no Yamami hoje depois do colégio... – Julia disse se levantando. – Vem vindo gente.
                Julia se levantou e puxou o braço de Joh e soltou uma risada disfarçando. As duas saíram andando.
                Paty ficou conversando com Jimin e Jin desceu as escadas rapidamente.
                - Entendeu? – Paty perguntou.
                - Ok...pode deixar que eu vou tentar. – Jimin deu de ombros.

                Na saída, todos agiram normalmente como se não soubessem de nada apesar de estar um clima super pesado.
                Paty foi indo com Julia e Jimin.
                - Aff...ainda tenho que segurar vela...- Paty ajeitava a mochila nas costas.
                - Oi? – Jimin perguntou.
                Paty ergueu uma sobrancelha e ele pediu para manter segredo discretamente.
                Joh estava vindo logo atrás.
                - Calma aí. – alguém entrou na sua frente.
                Joh olhou para cima e viu Namjoon olhando-a com o rosto sério. Ele pegou em seu braço e arrastou para um lugar menos movimentado.
                - Será que dá pra parar? – Namjoon disse.
                - Será que dá pra você parar? – Joh disse mais alto. – Eu parei de brigar com você em sala de aula será que já não está de bom tamanho?
                Joh estava com uma enorme vontade de chorar, mas conseguia disfarçar bem.
                - Eu quero que volte. – ele disse.
                - O que? Era só o que me faltava! – Joh revirou os olhos e deu dois passos.
                Namjoon segurou seu braço e a forçou olhar pra ele.
                - Será que ainda não caiu a sua ficha que estou tentando te proteger? – ele perguntou.
                - Do que está falando?
                - Você sabe muita coisa, mas o que não sabe fazer é mentir. Pelo menos pra mim. – ele disse firme. – Eu sei que é você quem está nos investigando. Quem mais poderia ser?
                - Investigando o que? Além de insuportável está louco... – Joh tentou se livrar do braço dele.
                Ele segurou mais forte e usou a outra mão para segurar seus dois braços.
                - Isso é muito importante. Eu os conheço há anos, e eles não têm piedade. Fui obrigado a voltar na gangue por sua causa! Estou arriscando a minha vida por sua causa!
                Joh engoliu em seco.
                - Agora escuta. – ele disse. – Eu estou do seu lado Jordana confia em mim. Por favor...espera a poeira abaixar. Eu dou o sinal para vocês realizarem qualquer coisa. Vocês estão indo bem...ninguém está sabendo de nada. Usem esconderijos como restaurantes e algumas escadarias perto da emergência um pouco depois dos intervalos. Eles não vão lá, porque é onde tem mais câmeras. Eu vou te ligar para te dar cobertura.
                Ele mexeu na mochila e tirou algo.
                - Usa isso a partir de agora, mas não passa muito. – ele entregou.
                Joh segurou rapidamente um pacote.
                - Eu quero que continue implicando comigo. Aja naturalmente. No caso da Julia tem apenas três pessoas, eles estão preocupados mais com o banco agora por isso está suave por enquanto. Se eu tiver mais informações eu te passo.
                Namjoon colocou a mão na testa.
                - Não escreva seus planos em papéis. – ele disse. – Tenta escrever num computador e jogar fora sei lá. Mas nunca em papel. Eu achei um muito fácil em que vocês estavam tentando descobrir sobre algumas coisas. Planos se guardam na mente. Lembre-se disso.
                Joh engoliu em seco. Namjoon agia rápido como se estivesse com muita pressa.
                - Onde vão se encontrar hoje? – ele perguntou.
                - Yamami. – Joh respondeu rápido.
                - Que horas?
                - Agora.
                - Ótimo. Memorize o papel. – ele apontou para o pacote. – Fica sempre com o celular na mão. Tente me responder o mais rápido possível.
                - Parece que a sua namorada te deu um pé na bunda.
                Ele a olhou por um segundo e abriu um sorriso.
                - Ah..com certeza. Pra ter tempo pra cuidar de você...– ele disse. - Se liga menina...
                Joh bufou.
                - Não se esqueça do que eu disse. – ele disse. – Usa isso, pouco, toma cuidado que de resto eu cuido. – ele dizia rapido e cortando as palavras.
                - Não vai pegar meu numero?
                - E preciso? – ele ergueu uma sobrancelha. – Sei até a cor do teu pente na sua penteadeira prateada que parece de Barbie, seu numero do RG, se duvidar até a cor do seu sutiã que está usando agora.
                Joh deu lhe um tapa.
                - Isso dói sabia?! – ele reclamou segurando a bochecha.
                - É pra parar de ser assim! Idiota! Tá pensando que eu sou o que?! Falta de respeito...
                - Já trocou seu pente verde? Não combina com a cor da sua penteadeira.
                Joh esperou.
                - Sobre o seu RG...eu peguei sem querer. Você deixou no bolso da blusa quase caindo...eu tive que colocar de volta. Fiquei curioso pra ver a sua foto e acabei gravando o número.
                - Ah...minha nossa... – Joh revirou os olhos.
                - E...eu também faço parte de gangue. Nós somos especialistas em...descobrir coisas escondidas. – ele disse.
                Joh reparou que seus olhos se encheram de lágrimas.
                - Eu não queria desapontar, mas...não tive escolha. Foi mal. – ele disse tentando se recompor.
                Joh tentou não chorar.
                Namjoon deu uma pausa pra respirar fundo.
                - Eu não queria dizer isso, mas...eu também sou super dotado. De verdade. Eu não faço força pra memorizar as coisas e sim para esquecer. – ele quebrou o clima tenso.
                Joh começou a xingá-lo mentalmente pelo seu jeito mesquinho.
                - Não sou mesquinho. – ele disse.
                Joh arregalou os olhos.
                - O que? – ela perguntou.
                - Eu disse que não sou mesquinho.
                - Eu não disse nada.
                - Mas pensou.
                Joh ficou realmente assustada.
                - O que você implantou em mim? Algum tipo de...sei lá...micro chip...- ela disse.
                - Não viaja Joh...nunca estudou telepatia? Isso acontece quando as almas estão sintonizadas.
                Joh tentou desviar do assunto.
                - Não sabe a cor do meu sutiã..não é? – Joh perguntou mais com medo do que curiosidade.
                - Não. Sei respeitar sua privacidade. – ele disse.
                Joh estava realmente em pânico. Não está me ouvindo de verdade...está?
                - Claro que estou!  - ele disse sério.
                Joh soltou um grito de desespero.
                - Para! Agora! – ele disse colocando a mão na sua boca. – Não é nada demais! Não escuto o tempo todo. Agora tenho que ir. Tchau.
                Ele saiu correndo.
                Joh estava em choque. Realmente em choque. Ele ouvia tudo o que ela pensava? Isso era possível?!
                Ela olhou o pacote e abriu rapidamente. Viu um perfume.
                - Ele me deu...um perfume. – ela estava desacreditando.
                Tinha um papel e nele um código. Nas ultimas linhas estava escrito: “esse é um código nosso. Apenas nosso. Grave-o já!”
                 Aquele era um dia para virar sua cabeça pra baixo. Primeiro o Jin...depois o Namjoon.
                Deus...o que estava acontecendo?!