sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Reino dos Meryns CAP 25


Pegasus estava me guiando para algum lugar.
Chegamos em uma vila com casinhas idênticas. Todas grandes, amarelas e bem construídas.
Entramos na primeira que avistei. Pegasus me lançou um olhar me passando segurança de que aquele lugar era bom.
Bati na porta e esperei. Ninguém atendeu.
Pegasus apoiou nas patas traseiras e empurrou a porta de leve. A porta se afastou um pouco e foi deslizando para a direita.
- Ahh não sabia que abria a porta assim... - eu disse mesmo sabendo que Pegasus não entendia o que eu falava.
Era uma sala redonda com um poste no meio. Reparei na parte, no teto e só então percebi que a casa inteira, era uma espécie de árvore com vários frascos com líquidos. Parecia uma fabrica de remédios...
- Annyeong? - uma voz feminina me fez pular de susto.
- Erm, desculpa eu não falo coreano, mas estava precisando de ajuda para os dois... - eu disse.
Ela ficou me olhando por alguns segundos e depois sorriu.
- O que houve? - ela perguntou com sotaque meio estranho.
- O Kris está com corte aberto e o Seungri...bateu a cabeça. - tentei não gaguejar.
A garota sorriu e assentiu.
- Me ajude a levá-los? - ela perguntou.
- Sim, claro! - eu disse indo em direção ao meu cavalo.
Levamos Seungri para uma mesa que estava no centro. Ela colocou o dedo em seu pescoço e me olhou.
- Ele nem vai precisar de nada...ele já vai acordar. - ela sorriu.
Seus olhos eram grandes, inocentes e brilhavam num tom de mel. O sorriso era tão jovial e parecia ser tão sincero quanto o sorriso de uma criança.
Fomos buscar Kris.
Pegasus estava deitado parecendo estar cansado.
Segurei nos braços dele e tentei levantá-lo. Seohyun fez o mesmo com as pernas, mas não conseguimos movê-lo nem por um centímetro.
- Nossa...ele não estava pesado assim... - eu disse.
Seohyun observou seu tórax e seus olhos cresceram.
- Isso é Kovat?! - ela perguntou.
- O que?
Ela largou as pernas rapidamente e apertou um botão na parede. Em seguida começou a revirar umas caixas de forma bruta.
Ouvi frascos quebrando e caixas caindo, mas ela continuava revirando tudo.
- O que está acontecendo?! - perguntei sentindo o desespero de Seohyun na pele.
Ouvi um "beep".
- O que está acontecendo? - ouvi uma voz masculina vindo da parede.
- O braço direito da Deusa está com Kovat. - ela dizia praticamente gritando.
O que era Kovat?!
- Ah caramba, está em que grau?! - a mesma voz perguntou já entrando em desespero também.
Ela olhou para Kris novamente.
- 3 º grau! Corre!!! - ela gritou.
Não demorou muito para que um garoto chegasse com uma caixa de frascos. Ele foi direto em Kris e começou a despejar um monte daquele líquido em seu corpo.
O garoto esperou.
- Não está funcionando. - ele disse.
Seohyun trouxe mais uma caixa com os mesmo líquidos.
Ele despejou o resto e esperou algum tipo de reação.
- Por que não está indo?
Percebi que o peito de Kris começou a ficar numa cor escura.
O garoto começou a rasgar as vestimentas de Kris e vi seu corpo ficando inteiro meio cinza.
O pescoço tinha uma pele aberta e ficava cada vez mais escuro.
- O que é isso?! - eu fiquei horrorizada.
Seohyun jogou os outros frascos.
Clareava um pouco, mas não adiantava muita coisa. Ficava cada vez mais cinza.
Eles pareciam não saber o que fazer.
- Onde está a Deusa? - ele perguntou.
- Eu não sei... - eu disse.
O garoto pegou um dos fracos jogou no chão quebrando. Ele pegou um caco e passou em seu braço fazendo escorrer sangue.
Senti um calafrio.
Ele começou a apertar para que saisse bastante sangue e começou a jogar no corpo de Kris.
Era mais eficiente que o líquido, pois retardava o tempo da cor se espalhar novamente.
Seohyun pegou um caco de vidro e afundou em sua pele.
Fechei os olhos.
- Não precisa. - ele disse. - Procurem a Deusa.
Olhamos uma para outra e não questionamos. Saímos correndo à procura da Deusa.

JOH Eu ainda não conseguia acreditar que havia aberto o primeiro portão para Siwon. Eu sei que ele era de confiança, mas como Deusa, eu não devo confiar em ninguém. Todo cuidado é pouco, quase nada. Eu poderia ter acabado com EXO! Eu agi sem pensar, mas estava relaxada. Nada aconteceu e realmente provou que Siwon era de confiança. - Eu quero ser seu braço direito. - ele disse se levantando. Eu também me levantei. - Não. - eu disse. - Sabe qual é o papel do braço direito? - Sei. - ele deu de ombros. - Não quero que seja um deles. Não que Siwon não era capaz de ser um deles, só que eu não tinha coragem para lhe dar tal cargo. Os braços direitos são os primeiros a serem machucados, são os primeiros suspeitos de tudo, são os que me defendem. Eu não queria que os braços direitos existissem, na verdade. Mas era preciso. - Posso lhe perguntar uma coisa? - ele ergueu levemente a sobrancelha esquerda. - À vontade. - respondi. - Você...já abriu algum portão pra alguém? - ele foi objetivo. - Não. - respondi. - Só você e quero que mantenha em segredo. Por favor. - Eu sei...isso pode não ser bom pra sua imagem. Assenti sentindo uma pontada de arrependimento por ter errado. - Apesar de carregar o maior cargo de EXO, apesar de ter muitos dons, apesar de ser a Deusa, você é uma Meryn. Você tem direito de errar também. - ele disse sério. Apesar de suas sobrancelhas marcar um olhar forte, seu queixo bem desenhado e um rosto num conjunto formar um rosto extremamente masculino, Siwon na maioria das vezes agia como uma criança. Mas de repente, ele demonstrou a verdadeira idade que tem. Parecia uma pessoa de experiências, de sabedoria, parecia um homem. - Mesmo que se eu acertasse, não daria tempo para fazer tudo melhorar. Não posso errar, Siwon. Aquele estresse estava acumulado em um grande rio de lágrimas que nem eu mesma percebi e veio à tona. Comecei a chorar incontroladamente sem motivo algum. Ele ainda olhava em meus olhos e não era difícil perceber que Siwon sabia como eu estava me sentindo de verdade. - Você abriu o primeiro portão para mim lembra? - ele disse num sussurro. - Suas palavras não significam mais nada. Engoli em seco. - Afinal, eu sei exatamente o que sente. - ele disse. - Sinto a batida do seu coração. A sua respiração. Sinto o seu medo e desespero percorrer por cada centímetro de seu corpo... - Chega! - eu me irritei. Ele sorriu de leve. - Está tudo bem. - ele disse. - Não precisa fingir que é uma pessoa que não é para mim. Eu continuava firme no meu lugar. Ele me encarou por longo tempo.
- Joh! - ouvi a voz de Seohyun atrás de mim. Siwon relaxou os ombros. - Annyeonghaseyo! - ela disse se curvando rapidamente. - A gente precisa da sua ajuda...o Kris está morrendo. - Lia disse. - Morrendo? - Siwon perguntou. - Sim. Ele está com Kovat. - Lia disse firme. Olhei para Siwon. - Vamos... - ele disse já correndo.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Reino dos Meryns CAP 24

Me recuei rapidamente já canalizando a energia. Ele continuou parado no mesmo lugar e eu conseguia prever que ele não faria nada. Mas mesmo assim eu estava totalmente insegura. Com a sensibilidade da pele senti as vibrações do vento para saber se estava cercada ou não, mas parecia que ele era o único por ali. Ele deu um passo devagar na minha direção e eu endureci o corpo. Me concentrei para que a energia já lhe banhasse para qualquer movimento brusco acabar com tudo aquilo. Droga eu queria ver seu rosto para tentar perceber pelo menos sua expressão e qual era o objetivo de tudo isso, mas seu capuz era grande demais. Pelas mãos eu pude perceber que era um garoto. Ele deu outro passo e eu o apertei um pouco mais. - Jenny. - sua voz de repente ecoou na minha cabeça me assustando. Relaxei os ombros. Ele deu mais um passo e dessa vez não foi tão assustador. De alguma maneira, sua voz me passou a impressão de que era uma pessoa confiável. Com um pouco de receio tentei tocar em seu capuz e ele nada fez. Agi vagarosamente para não assustá-lo e descobri seu rosto. Meu corpo inteiro se relaxou e ele sorriu. - Ah, não acredito...você está aqui!!! - eu disse realmente surpresa. Eu o abracei. - Sim, estou! Achou que se livraria de mim assim tão rápido? - ele começou a fazer cócegas não perdendo o costume. - Eu disse que estaria com você não importa aonde estivesse. - ele disse firme. Eu estava com muitas saudades dele e vê-lo me confortava muito. - Você sabia de tudo que iria acontecer? - Sim, sabia. E sei o que vai acontecer daqui pra frente. Percebi que havia um pouco de desespero e insegurança na sua voz. Ele parecia tão mais velho do que de costume que eu estava me perguntando se ele, era aquele mesmo cara por quem me apaixonei quando era Jenny. - É, na verdade sou assim. - ele disse provavelmente ouvindo meus pensamentos. - Na verdade, eu sou seu guia. - Meu...guia? - Sim. Sempre fui. - ele sorriu. - Sempre cuidei de você para que fizesse as escolhas certas. Aquilo me surpreendeu. - Eu não tenho muito tempo. Na verdade, não era nem para te encontrar novamente dessa maneira, mas estava com saudades. - ele disse meio afobado. - Ah, eu também! - sorri achando aquilo muito perfeito. - Eu vou estar o tempo todo com você como sempre estive, esse é meu dever. É. Ele sempre fez tudo para estar ao meu lado e nunca me deixar sozinha. Agora tudo faz sentido... -Parabéns pela luta contra os Narts. Você foi melhor do que pensei! - ele sorriu cheio de orgulho. - Daqui pra frente eu acredito que também fará o mesmo com as outras situações. - Eu prometo que darei o meu melhor. - Assim que se fala! Nós rimos. - Lia. - ele me chamou pelo nome Meryn. - Eu quero que me ouça bem, por favor. Isso é extremamente importante. - ele deu ênfase em cada palavra. Me preparei para ouvir. - Você vai ter que seguir todas as minhas instruções. Vou citar cinco chaves. Guarde bem e nunca se esqueça delas em momento algum, pois quando você achar que não há mais saída, terá que usá-las. Afinal, sou a chave para cada cadeado que encontrar travado. Me preparei para ouvir. - A primeira chave é: A resposta não está aqui. Apertei os olhos. - Segunda chave: Subsolo. - Subsolo? - fiquei ainda mais confusa. - Terceira chave - ele ignorou o que eu disse. - São apenas escolhas. Eu não estava entendendo nada do que ele estava dizendo. - Quarta chave: Aquele que tem o corpo inteiro coberto por imagens saberá como prosseguir. - Viu... - Quinta chave: O segredo está no interior. - E o que isso pode mudar? - perguntei. - Tudo. Se você não guardar essas chaves Lia, pode ser o fim do universo. Senti um choque tremendo. - Você está falando sério? - Super sério! - ele quase gritou. Eu o olhei meio assustada. Ele estava agindo como se estivesse louco. - Outra coisa. Você não pode falar para ninguém sobre essas chaves. Ninguém! Evite ficar pensando nelas ou tentar decifrá-las, pois ninguém pode saber delas e nem pensar que você sabe sobre o futuro. Entendeu? - Por que? - As pessoas podem mudar o rumo das coisas e se mudar, não há chave que possa salvar tudo o que existe. Comecei a ficar desesperada. - Eu vou te dizer coisas que eu não deveria dizer. Mas, acho que deve entender isso, porque será difícil demais para descobrir isso sozinha. Eu estava começando a levar a sério. - Você faz parte do círculo que vai salvar tudo quando estiver bem próximo do fim. Pessoas que você conhecia como Jenny e pessoas que conhece agora compõe esse círculo. - Que círculo? - Eu não posso dizer mais coisas que isso. Mas esse círculo tem que ter as pessoas certas ou não funcionará. Eu fiquei mais tentando guardar as coisas que ele dizia do que tentar decifrá-las. - Aja o mais rápido que puder. - ele disse. - Todo o tempo e pouco tempo. Assenti. - Use as chaves quando não encontrar solução. Na ordem, não confunda ou então não dará certo. Repita as chaves para mim. - ele pediu. Engoli em seco. - Primeira: A resposta não está aqui...Segunda: Subsolo. Terceira... - São apenas escolhas. - ele me ajudou. - Quarta: Aquele que tem o corpo coberto por imagens que saberá como prosseguir. - Isso. - ele sorriu. - Quinta: O segredo está no interior. - Te amo! - ele me girou uma vez. Eu acabei rindo. - Confio em você. Quer dizer, nós confiamos. - Nós? - olhei ao redor. - Nós quem? - Seus ancestrais, Lia. Muitos estão olhando e torcendo por você. Senti como se eu carregasse uma função extremamente importante. Como se eu não estivesse ali à toa. Ai caramba essas chaves pareciam monstruosas não faziam o menos sentido! - E se eu contar para Nichkhun? - perguntei. - Não... - Por que? Ele pode me ajudar a descobrir... - Lia, você está sozinha. É apenas você e eu. Nunca confie nas pessoas ao seu redor. Nem mesmo no seu próprio irmão. Fiquei um tanto assustada. Por que ele estava dizendo aquilo? - Não, ninguém te traiu ali. - ele disse novamente ouvindo meus pensamentos. - Mas pode ser que a pessoa te traia. E isso não vai ser nada bom. Será o eterno fim. - Por que não me conta logo o que vai acontecer? - perguntei. - Não dá! - Por que? - Quer mesmo saber? Assenti. - Alguém vai descobrir que você sabe e você morrerá. Senti o coração bater forte. - Nossa... - eu disse horrorizada. - Olha, eu sei que isso tudo é muito assustador, mas você precisa fazer isso. Não pense apenas nos Meryns, pense em todas as pessoas e seres vivos de todos os lugares do universo. - E meu propósito é... - Salvar todos. - Nossa que fácil. - eu disse irônicamente. - Mais fácil do que passar o chefão do Mario World... - Lia, não viaja. É sério. - ele disse rindo. - Tudo bem... - eu ri. - Eu entendi. - Me prometa duas coisas. - Diga. - Não conte à ninguém sobre as chaves, não dê nem indícios de que sabe sobre elas e evite ficar tentando descobrir o que significa. Você saberá a hora de usá-las. - Ok, prometo. - Outra coisa. Não morra. Senti um arrepio horrível. - De verdade. Você é a nossa última tentativa. Outras pessoas já estiveram no seu lugar, mas não deu muito certo. Elas tentaram seguir as chaves, mas acabaram falhando. Eu acredito que você consegue tirar de letra. Eu tive vontade de chorar de medo. - Vai ficar tudo bem, Lia. - ele tentou me confortar. - Você pode aparecer quando eu estiver em pânico? - Eu...não vou mais aparecer. - O que? Por que? - Eu não estou na mesma dimensão que a sua. Franzi a testa. - Quer que você... - Sim, estou morto. - ele sorriu. Devo ter ficado branca. Soltei um grito alto e ele tapou a minha boca segundos depois. - Está louca?! Não grite! - ele riu. - Ah não! Você só pode estar brincando comigo... - Não estou...Eu descobri um jeito de vir aqui pra te ver por alguns minutos, mas é só. Eu não vou te ver mais. Eu o abracei chorando. - Eu não acredito...o que houve? - perguntei. - Nada. Eu nunca fui vivo. - ele disse. - Nem quando eu era meu namorado? Ele riu. - Não... - Mas...como você vivia ali comigo? - Eu fiz coisas não permitidas, usei esse corpo para te acompanhar. - ele apontou para si mesmo. - Mas foi por uma boa causa. Ah, e não me chame de namorado...sou seu guia. Eu estava completamente atordoada que eu nem sabia o que pensar e sentir. - Então calma ai... - comecei a raciocinar. - Naquela vez que você me pediu em namoro quando eu disse que não queria mais a sua amizade você mentiu?! Ele segurou a cabeça. - Não foi bem assim... - ele tentou se explicar. - Você mentiu!!! Não acredito! Você nem ao menos gostava de mim! Fez isso só pra me acompanhar... - eu fiquei nervosa. - Eu amo você! Mas não desse jeito! E precisava arranjar um jeito de ficar do seu lado... Eu o empurrei e ele riu. - Lia, entenda... - ele pediu. - Ah, que merda! Pelo menos me dissesse então! - O que eu diria? Eu sou seu guia e preciso cuidar de você? Eu o olhei tentando imaginar a situação. É, realmente eu não acreditaria e ainda sairia correndo. - Viu como faz sentido? - ele perguntou. Fiquei realmente triste. Eu achei que ele tinha realmente me amado. - Você tem a sua pessoa certa, não vai sofrer por causa de mim. - ele disse novamente naquele tom confortante. Ele colocou a mão na minha cabeça. - Preciso ir. - ele disse. - Espera, você não pode... Ele começou a desaparecer. Ele estava desaparecendo! - Até a próxima. - ele disse. Ele desapareceu. Foi muito mais assustador do que a luta contra os Narts. Soltei outro grito.
 - Calma, o que aconteceu?! - Seungri pousou a mão em meu ombro me fazendo pular de susto.
- O Jonghyun...
- Quem é esse?
Ai droga. Eu não poderia pensar nisso, porque pensaria nas...
- Nada. - voltei ao normal.
- O que? Do que está falando? Quem é Jonghyun?
E agora?!
Ele ficou olhando pra mim esperando a minha resposta.
Eu não tinha outra escolha. Canalizei a energia até um galho e deixei que caísse em sua cabeça. Ele caiu no chão inconsciente.
Pegasus veio rápido para me ajudar. Coloquei Seungri em suas costas e fomos andando. Isso realmente aconteceu? Minha cabeça estava um nó tão grande que mal conseguia pensar.