sábado, 20 de setembro de 2014

Continuação 40

   Patricia se disfarçou e foi para o aeroporto. Escondeu os olhos inchados com o oculos escuros e embarcou tentando não pensar no que tinha acabado de acontecer.
   - Yuuki! - ela ouviu.
   Ela olhou para os lados procurando pela voz.
   - Não entre nesse avião. - Joh chegou perto dela toda disfarcada.
   Ela ficou perdida.
   - Taecyeon descobriu que esse avião vai ser sequestrado se estiver nele. - Joh explicou.
   - Taec..yeon? Quem é esse?
   - Não me pergunte nada. Apenas vamos...
    Ela assentiu uma vez e elas sairam dali rapidamente trombando em algumas pessoas.
   Elas andaram um pouco e um garoto adolescente com cara de ser metido interrompeu a sua passagem.
   - Moço, por favor. Pode nos dar licença? - Joh perguntou.
   Ele se aproximou um pouco das duas.
   - Passa por cima. - ele disse tirando os oculos.
   Joh o conhecia de vista. O nome dele era Lee Joon. Estudava no colegio ao lado e era o mesmo que estava atras deles quando estava com Taecyeon.
   - O que vocês querem agora? - Paty perguntou com a voz firme sem perder tempo.
   - Eu só quero que aceite a proposta. - Lee Joon disse. - Enquanto vocês não aprovarem, sentiremos na obrigação de continuar matando o pov o... - ele dizia com calma.
   Não sabiam do que ele estava falando.
   - A sua amiga aqui, passa para o nosso lado e conseguiremos pegar mais leve. - Lee Joon jogou o olhar para Joh.
   Paty entrou na frente.
   - Passa por cima. - ela sorriu.
   - Xeque-mate. -ele disse.
   No mesmo instante, Lee Joon tentou lhe acertar no rosto. Jordana teve reflexo rapido e defendeu acertando sua costela. Os três entraram em uma briga fazendo com que todos se afastassem.
   - Parem, parem... - os seguranças tentaram separar.
   Lee Joon acertou os seguranças.
   Paty e Joh sairam correndo o mais rapido que puderam. Alguns garotos entraram no caminho, mas conseguiram se livrar com facilidade.
   - Ah, meu coração! - Paty gritou. - Estou com medo.
   - Também estou, só continue correndo.
   Elas entraram em varias ruas estranhas e foram subindo nos telhados.
   - Ah, cortei a perna! - Paty reclamou ao sentir o choque da dor.
   Joh segurou a sua mão e elas continuaram subindo.
   Chegaram em um lugar alto e frio.
   - Coloca isso. - Joh tirou um pano rasgado que tinha guardado especialmente pra qualquer ferimento.
   Ela enrolou rapidamente quando percebeu que a perda de sangue estava tornando-a cada vez mais fraca.
   Namjoon ligou para Paty.
   - Vocês foram rapidas. Tinham sete garotos ali observando tudo. - Namjoon disse. -Me desculpem, não tive tempo de avisar vocês. Eles quiseram me manter ocupado com a loja principal da cidade que quase foi explodida neste exato momento.
   Paty mal conseguia responder por estar cansada e com dor.
   - Quem vai dar as coordenadas para vocês agora, é o delegado. Vamos todos para a Coréia novamente. Nos vemos lá.
   - Mas todos da gangue estão aqui. Precisamos pegá-los e não fugir...
   - Alguns serão pegos, pode ter certeza. Nos vemos na Coréia. - Namjoon disse com total confiança.


   Namjoon desligou e olhou para aqueles rostos. Três deles já tinham sido pegos.
   - Eu acho melhor vocês não fugirem... - Namjoon disse. - Sabe o que vai acontecer não é? - ele os ameaçou.
   Os três nao demonstravam reação alguma.
   - Estou indo. - Namjoon disse colocando seu casaco. - Qualquer coisa nos chame.
   Todos os guardas assentiram uma vez.
   - Vão para os seus lugares. - o delegado disse aos guardas.
   Todos assentiram obedecendo suas ordens e saindo cada um para um lado.



   Jin estava nervoso observando Julia roer todas as unhas, arrancando sangue de seus dedos.
   - Julia, se acalme... - Taehyung disse.
   - Não dá!!! - ela gritou. O Jhope...não da pra acreditar! - as lagrimas molhavam cada vez mais seu rosto.
   Elea ficaram em silêncio.
   - Me desculpem, eu não contei, mas eu amava o Jhope. Estavamos...juntos.
   Eles não responderam.
   - Ele disse que ia ficar tudo bem...que...depois disso tudo iriamos ser livres. - ela chorava cada vez mais sem conseguir controlar a voz.
   Lembrou daquele céu, daquela tarde. Lembrou do ultimo momento que viu Jhope no Japao.
   - Me desejem sorte para que eu faça tudo certo, antes que eu quebre a cara daquele viado. - Julia disse entre dentes.
   - Julia...aja calmamente. Não podemos errar, sabe disso não é?
   A policia chegou com o carro na frente deles.
   - Conseguiram? - o delegado saiu.
   - Obrigado por isso. - Jin lhe devolveu a carteira de delegado. - Mas não funcionou.
   - Não? - o delegado ficou em choque.
   - Ja pensamos em outra saida, por isso chamamos vocês aqui. - Jin olhou para os outros dois.
  Jin lhe explicou tudo.


  Taecyeon estava resolvendo suas passagens para a Coréia.
   - Luhan, Jonghyun e Lee Joon estão mortos. - Taeyang disse.
   Taecyeon se sentiu aliviado.Eram os unicos que sabiam da sua traição ccoma gangue.
   - Temos outros bons. - Taecyeon disse.
   - Temos Muitos outros bons. - Taeyang disse sorrindo.
   Taecyeon tremeu. Algo lhe dizia que surpresas estavam por vir.


   - A hora está chegando. Esta pronto? - Seungri perguntou.
   - Mais que pronto. - Jimin sorriu confiante.
   Seungri apertou a sua mão com força.
   - Esse é o meu garoto! - Seungri baguncou o seu cabelo.
   Eles riram.


   Namjoon entrou em um carro e o motorista o levou para o local correto. Ele pegou um jato particular que o delegado tinha pedido e foram pra Coreia. Aquele final iria ser loucura, mas talvez seria a unica coisa a dar certo.
    Não demorou muito para que encontrasse os três.
    - Estão todos tensos! - Namjoon disse. - Algum problema?
    - Estar em uma situação como essa não é o suficiente pra estar morrendo de medo? - V disse indignado.
    Namjoon nao respondeu, pois concordava com ele. Ele olhou para Julia que estava estressadissima.
    - Quando o Taeyang chega? - ela perguntou com ansiedade.
    - Daqui a pouco, pelo que sei... - Namjoon estranhou aquele comportamento.
    Julia cerrou os dentes.
    Jin jogou olhoar para Namjoon pedindo para que nao fizesse nenhuma pergunta a respeito.
    - Cada pessoa vai cuidar de um. - Jin disse quebrando o gelo. - Oito pessoas estao eliminadas entao da certo com a gente e mais os nossos guardas.
    - Já separou quem vai cuidar de quem? - Namjoon se interessou.
    - Separei do meu jeito aqui, você me ajuda a dizer se é certo. - Jin ordenou.
    Namjoon assentiu vendo os rabiscos de Jin em um papel.
    - V e Suga... - Namjoon comecou a ler alto. - Voce e o Kris, Paty e Taemin, Jordana e Taecyeon...eu e Tao?! - sua voz desafinou no final.
    - Desculpa cara, voce é unico no mesmo nivel. - Jin disse.
    - Nao sei se voce sabe, mas ele é o mestre das artes marciais!!! - Namjoon disse alto.
    - Força não vence inteligência.
    - E se a pessoa tem os dois? - ele continuou resmungando.
    - Larga mão de ser bunda mole!!! - Jin gritou.
    Namjoon ficou em choque e nao reapondeu.
    - Ei, tem certeza de que a Joh vai ficar bem enfrentando o Taecyeon? - Namjoon perguntou.
    - Ela ja nao desmontou ele uma vez? - Jin tinha confianca nela. - E outra, ela matou o Luhan.
    - O que?! - Namjoon quase engasgou.
    - Minha garota é forte. - Jin piscou.
    Era a primeira vez que Jin o enfrentava. Achou que se arrependeria, mas isso nao aconteceu. Namjoon tonha a expressao seria, mas nao conseguia decifrar ao certo qual era o seu sentimento.
    - Vamos. Estamos atrasados. - V disse quebrando a faisca entre os dois.
    Namjoon estava sentindo ciumes sim, ainda mais chamando a sua garota de minha garota. Mas...nao havia o que fazer. Sentia que Joh tambem correspondia aos sentimentos dele. Pelo menos um pouco.

Continuacao 39

   Jordana sentiu seu corpo sendo carregado. Abriu os olhos devagar e observou o rosto de Taecyeon.
   - Aonde está me levando? - ela perguntou.
   - Acordou? - ele sorriu. - Dormiu bem?
   - Pode me soltar. - ela soou um pouco rude.
   Mesmo assim, ele a soltou com gentileza. Ela acabou se arrependendo depois por ter usado aquele tom.
   - Eu tinha ouvido pessoas chegando perto, então eu te trouxe. Você dormia tão bem...não quis te acordar. - ele continuou andando.
   Joh foi acompanhando seu ritmo com um pouco de dificuldade. Ela estava começando a ficar desconfortavel com ele tratando-a daquela maneira.
   - Taecyeon. - ela disse parando.
   - Desculpa, não posso evitar. - ele disse como se adivinhasse seus pensamentos. - Sabe...eu não posso simplesmente te largar no meio do nada e te deixar morrer. Já poupei sua vida mais de uma vez... - ele coçou a nuca. - Entenda...- ele chegou perto dela. - Eu preciso te proteger, ok? Só me deixa fazer isso...eu sei que é problema, porque eu nao consigo deixar de...te querer. - ele soou profundo. - Mas...veja pelo lado bom. Você vai poder viver. E depois disso tudo, vai ficar tudo bem. Esse é o meu momento pra nunca mais te ver, te ter. Então...só deixe o meu coração seguir, ok? Prometo te deixar em paz depois.
   - Está tentando me chantagear emocionalmente? - apesar de ser palavras ruins, seu tom de voz aliviou a agressividade.
   - Por que eu faria isso? - ele perguntou.
   Ela não respondeu.
   - Parece que falta um pouco mais de fôlego pra se esconder. - ouviram uma voz.
   Eles olharam pra cima e viram Luhan em cima do telhado observando-os.
   - Mas...- ele pulou na nossa frente. - Eu acho melhor vocês correrem agora...sabe disso não é? - ele lançou um olhar desafiador para Taecyeon.
   - Ah, cala a boca. - Taecyeon provocou. - Não ousaria...
   Luhan abriu meio sorriso. Eles começaram a lutar ali mesmo. Tinham os movimentos rapidos e travados. Luhan acertou o seu rosto e machucou um pouco o seu braco direito.
   - Aguenta? - Luhan abriu um sorriso confiante
   Antes que Taecyeon partisse pra cima dele novamente, Jordana apagou Luhan.
   - Você o matou? - Taecyeon perguntou.
   - Nao..só está desmaiado.
   Ele ficou olhando pra ela.
   - Não era mais fácil, você apenas ter fugido? - ela perguntou.
   - Fugir não faz o meu tipo. - Taecyeon começou a andar de um lado para o outro resistindo a dor.
   Ela revirou os olhos. Ela percebeu que ele a olhava meio assustado.
   - Não esperava que eu fosse assim? - ela perguntou.
   - Assim como?
   - Ruim.
   - Ruim é bem diferente de forte.
   Ele limpou um pouco sangue do canto da boca com as costas das mãos.
   - Eu sei quem você é. ..pra mim não foi surpresa. Ainda gosto de você. - ele sentou no chão com a respiração pesada.
   Jordana escondeu seu nervosismo.



   Jin caminhava tentando falar com Namjoon.
   - Por que ele não responde? - ele gritou com o celular.
   Taehyung e Julia estavam assustados. Era raro ver Jin nervoso de verdade.
   De repente, Jin ficou em choque olhando para a tela do celular.
   - O que? - Julia perguntou.
   Jin engoliu em seco.
   - Eles perderam o controle das coisas. - Jin disse.
   - Como assim? - Taehyung perguntou.
   - Parece que tem uma onda de acidentes por la. - Jin disse. Colocou a mão na testa. - Mas é claro...eles foram espertos. Estão fazendo algum tipo de chantagem. E criando inimigos maiores pra gente. O Japão.
   - Estamos fud... - Taehyung começou a dizer.
   - É. Estamos. - Julia interrompeu.
   - Parece que já houve mortes...na gangue. - Jin disse.
   - Mortes...? - Julia perguntou.
   - Sim...Jungkook está em coma... - Jin lia no celular. - E Jhope morreu no acidente do metro.
   Julia sentiu como se o coração parasse.
   - O que? - ela perguntou.
   - Jhope! Lembra? O que fazia dança com vo...
   Julia não ouviu mais nada. Não acreditou no que tinha acabado de ouvir e sentiu um nó na garganta se formar.
   Julia soltou um grito como se tivesse tendo um surto assustando os dois.
   - Aonde está o Taeyang? - Julia perguntou.
   - Eu ia falar isso agora. Parece que ele está vindo atrás de nós.
   - Ótimo. Estou ansiosa para ter uma conversa com aquele filho da puta.
   Eles cresceram os olhos. Julia começou a chorar de raiva. Ela segurou o seu colar e o arrebetou de uma vez.


   Patricia segurava a mão de Jungkook rezando mentalmente para que ele acordasse. Namjoon havia dito que ela precisava voltar para a Coréia com urgência, mas ela simplesmente não conseguia deixá-lo.
  Suas mãos tremiam, sua boca estava formigando, sentia que sua pressão estava abaixando.
  - Kook...por favor...agora que finalmente tudo se ajustou... - ela chorava.
  Seu celular começou a tocar. Ela atendeu sem conseguir dizer nada.
  - Paty...precisa ir agora. - Namjoon disse. - Não quer esperar pelo pior não é?
  Ela distanciou o celular do ouvido para chorar mais alto.
  Ele estava certo...ela precisava ir.
   - Nós...vamos desligar os aparelhos em alguns minutos. - a enfermeira disse.
   Ela nao conseguiu responder.
   - Ele descansará. - a enfermeira tentou conforta-la.
   Paty se aproximou dele e beijou seus labios.
   - Jungkook, eu amo você.
   Ela saiu dali sentindo o corpo despedaçado.



   Namjoon estava totalmente em pânico com todas aquelas coisas.
   - Eles já derrubaram um predio, explodiram um vagão, ja destruiram uma loja, queimaram um colégio... - ele esfregava os cabelos.
   - Precisamos fazer algo e rapido, Namjoon. - o delegado disse.
   - O que? Eu sinceramente nao consigo pensar em nada. - Namjoon disse
   - Eles não estão lutando. Estão brincando jogando conosco.
   Namjoon assentiu.
   - Vamos entrar no jogo deles. Vamos brincar do nosso jeito. - o delegado sorriu.
   Namjoon franziu a testa.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Continuação 38

   Yuri foi até a casa de seu pai e lhe explicou a situação toda.
   - Quer realmente fazer isso? - ele perguntou.
   - Eu acho que se eu não usar agora, talvez nunca mais usarei e seus ensinamentos não terão valor. - ela argumentou.
   Ele assentiu devagar entendendo a situação. 
   - Vá em frente. E se precisar de ajuda, grite pra mim. - ele disse sério.
   Yuri assentiu um vez.
  - Não se esqueça, olhos atentos e corpo firme. - seu pai lhe lembrou mais um vez.
  Ela assentiu firme. Seu pai começou a separar ferramentas para que ela pudesse levar.
  Ele entregou uma mochila um pouco pesada.
  - Tem tudo o que precisa. Pode ficar tranquila. - ele disse.
  - Obrigada, pai. - ela.agradeceu.
  Ela lhe deu um abraço e saiu na noite fria.

  Jordana não conseguia dormir. Há pouco tempo tinha escutado o choro de Namjoon.
  Sentiu uma dor forte no peito.
  Ele tinha pensando que ela tinha morrido.
  Agora ele tinha descoberto que ela estava bem, mas não podia ceder. Se ela tentasse falar com ele, com certeza ele saberia no mesmo instante que ela está com Taecyeon.
  Ela o observou dormir. Ela não conseguia deixar aquele sentimento especial que tinha desde a infância por ele de lado.
  Mas ouvir Namjoon chorar doía profundamente em seu coração.
  Ela estava muito confusa.
  - Namjoon parou de chorar e sinto que ele está focado em outra coisa. - Joh disse. - Isso é bom...
  Ela fechou os olhos mais aliviada, mas a culpa lhe perseguia.
  - Ah que droga... - reclamou pra si mesma.
  - Sem sono? - ele perguntou ainda de olhos fechados.
  - Não sabia que estava acordado.
  Ele virou o rosto para olha-la.
  - Não durmo quando estou preocupado. - ele disse. - Sinto que a qualquer momento, alguém chegará e tentará nos machucar. Tenho que estar acordado pra nos proteger.
  Ela engoliu em seco.
  - Só...durma. Ninguém vai nos achar aqui. - ela disse. - Tem que estar bem para poder correr amanhã.
  - Já estou acostumado a isso. - ele sorriu. - Mas eu consigo ver que está bem cansada.
  Ele passou a mão no seu rosto em baixo dos olhos repentinamente, fazendo com que ela se retraisse um pouco.
  Ele sorriu ao perceber que ela estava tensa.
  - Relaxe e durma. - ele disse.
  Taecyeon começou a mexer em seu cabelo. Era como um calmante para ela. Se sentiu um pouco desconfortavel, mas estava funcionando.
  Taecyeon era o seu amor de infancia, mas...nada comparava ao seu amor que tinha por Namjoon. Ele era unico e incomparável. O jeito como Namjoon falava com ela, como ele a abraçava, como olhava em seus olhos, nenhum outro garoto seria capaz de fazer seu coração bater mais que ele.
  Aos poucos o sono foi chegando e ela adormeceu.


  Paty segurava a mão de Jungkook com os ombros tensos.
  - Por favor Kook...tenho tantas coisas pra te dizer ainda! Você não pode... - mal conseguiu terminar a frase.
  Ela chorou como uma criança perdida e ele continuava imóvel.
  - Daremos mais alguns minutos, Patricia. Se ele não responder, nós vamos ter que... - uma enfermeira chegou.
  - Ele vai acordar. - ela a interrompeu rapidamente.
  A moça se curvou para Patricia em forma de desculpa e saiu.



  Julia estava aflita com toda aquela confusão, mas de alguma forma, Jin parecia ter tudo sob controle.
  - Não...não estou preocupada com a guerra.
  O Jimin sumiu de novo.
  - Por que ele sempre faz isso? - Julia perguntou um pouco alto.
  - As coisas tem hora certa pra acontecer. - V disse sério. - Se está passando por tudo isso, é porque há alguma razão. Só fique calma de que tudo isso vai passar e ficará bem. - ele sorriu gentilmente no final.
  Ela sorriu também.
  - Sabe o que está acontecendo? - ela perguntou.
  - Não.
  - Então...por que disse isso?
  - Só achei que ia ajudar. - V ergueu os ombros.
  Julia revirou os olhos e colocou a mão na testa.



  Apesar de já ter sentido a emoção de Joh, de estar segura, de estar bem, ainda sentia que ela estava precisando de sua ajuda. Afinal, o seu hábito era ajudá-la.
  Ele ficava olhando as câmeras o tempo todo esperando algo acontecer. Estava esperando alguma resposta de alguém, mas parece que todos estavam apenas se escondendo sem fazer nada. Ele não estava entendo já que ele pediu para que todos apenas fugissem o tempo todo para que eles se cansassem e pudessem pegá-los com facilidade.
  - O que está acontecendo? - ele perguntou.



  Jin olhava o tempo todo para o celular.
  - Você não vai receber nada daqui, esqueceu? - Taehyung lembrou que estavam no vôo.
  - Sim, mas...algo me diz que o Namjoon não está recebendo as mensagens que eu mandei.
  - Serio? Acha que tem como alguem cortar a linha?
  - Ja devem ter cortado. - Jin reclamou.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Continuação 37

   Já era madrugada e os três ainda estavam andando pela cidade tentando encontrar alguma boate legal.
   - Tem até boas boates. Só não tem garotas bonitas. - Jin disse.
   V soltou uma risada.
  - Sabe o que eu acho? Que estamos perdendo tempo aqui...primeiramente, não tem como trazer toda a gangue pra cá. Segundo, realmente as garotas não são bonitas. - Taehyung disse.
  - Concordo. - Julia disse.
  Jin soltou o ar pela boca.
  - Vamos pegar o vôo de volta. - Jin disse. - Mas vamos pra Coréia. Assim não precisaremos criar conflito entre dois paises.
 - Perfeito. - V apontou para ele.
 - Só que dependendo da situação, será um estrago enorme. - Jin fez careta ao pensar.
 - E nós não sabemos? - Julia disse.



 - Eles mudaram o plano de novo. - Namjoon disse. - Agora são 12 horas pra eles voltarem. Então temos que ficar fugindo por 12 horas.
 Namjoon esfregou o rosto como se estivesse cansado.
 - A nossa sorte é que ninguem tem arma de fogo. - Namjoon disse.
 - Menos mal. - o delegado disse.


 A ambulância tinha chegado no hotel destruído para cuidar dos feridos. Yuri se sentia em um verdadeiro filme de terror, vendo todas aquelas pessoas sem vida e ensanguentadas no chão. Alguns choravam horrorizados, outros oravam no chão, era algo fora da realidade. Aquele era o hotel do seu pai. A unica fonte de sustento para a familia...e agora?
  Ela caiu no chão de joelhos destruída por dentro.
  Patrícia e Jungkook estavam sendo levados para o hospital. Eles estariam bem?
  - Eles tem que estar vivos. - Yuri foi em direção à ambulância.
  Ela segurou no braço de uma das enfermeiras.
  - Moça, você tem que mante-los vivos. Entendeu? - Yuri disse como uma ordem.
  A enfermeira respirou fundo.
  - Faremos o possível. - ela respondeu com toda a calmaria.
  - Então faça o impossível. - Yuri rebateu.
  A enfermeira olhou nos olhos da garota.
  - Nós faremos de tudo. - ela continuou com o tom vazio.
  A enfermeira fechou a porta e deu a volta no carro. Yuri se sentiu culpada por não ter feito nada, por não poder fazer nada agora.
  - Eu vou ter mesmo que fazer isso? - Yuri perguntou pra si mesma.
 




   Jordana estava com os pés quentes e machucados.
   - Eu sei que quer parar, mas eu tenho um lugar pra gente ficar. Aguente firme. - Taecyeon percebeu a expressão de dor dela.
   Taecyeon também estava cansado, mas eles não podiam parar. O vento da noite parecia não ser o suficiente para confortá-los.
   Os três ainda estavam atrás deles. Estavam longe, mas ainda estavam ali.
   - Joh, aperta o passo o máximo que puder agora. - ele disse.
   Ela respirou fundo e assentiu. Eles correram mais rápido e foram dobrando a esquina. Passaram por uma rua deserta r chegaram em um ferro velho.
   Eles entraram em um carro e se esconderam.
   Joh passou a mão em sua perna esquerda. Estava sangrando.
   - O que aconteceu? - ele perguntou preocupado.
   - Acho que eu cortei em algum lugar. - ela fez careta.
   - Aperte a sua blusa contra o corte. Você não pode perder sangue...
   Ela obedeceu. Percebeu o quanto seu corpo inteiro doía agora que estavam parados.
   -Fique firme. - ele colocou a mão em seu ombro.
  Os garotos tinham se perdido. A sorte estava do lado deles.
  Ela relaxou os ombros e deixou os olhos fecharem de cansaço.
  Taecyeon respirava alto e rapido. Joh o olhou meio confusa, mas logo percebeu que ele estava com muito frio, pois estava todo encolhido no seu canto abraçando o proprio corpo tomando o ar entre dentes.
  Ela tirou a blusa que ele tinha dado à ela para fingir ser um garoto e lhe entregou.
  - Você nao pode pegar friagem. - ele disse.
  - Quem está tremendo de frio não sou eu. - ela agiu como se fosse mãe dele.
  Ele riu e acabou aceitando.
  - Descanse. Você precisa. - ele disse colocando a blusa.
  - Você também.
  Ele abriu um sorriso triste. Fez se silencio enquanto o vento batia forte.
  - Taecyeon. - ela disse.
  Ele a olhou.
  - Eu...ainda vou receber mais flores?
  Ele sorriu.
  - Se você aceitar...
  Ela não ousou abrir um sorriso e desviou o olhar antes que isso acontecesse.
  Ele olhou para frente percebendo que ela estava desconfortavel.
  - Mesmo eu querendo que...aceite não só as minhas flores...mas também meus sentimentos, eu quero que não se sinta em divida comigo. - ele disse. - Apesar disso tudo ser uma situação ruim, aliás...péssima, pra quem nunca teve nem uma chance de se aproximar de você há quase uma década. ..Já é algo muito grande pra mim te-la por perto nesse momento.
  E o coração gelado dela se derreteu novamente. Ele a olhou por alguns segundos e respirou fundo.
  - Já me sinto satisfeito...se nos encontramos mais vezes por aí depois disso, pra mim será lucro. - ele sorriu.
  Ela não resistiu ao sorriso e acabou sorrindo também contra a sua vontade.



  Namjoon não parava de chorar um segundo. Costumava nunca chorar, mas nessa situação ele nao conseguia se conter.
  - Se acalme garoto. - o delegado pousou a mão em seu ombro.
  - Eu tenho...quase certeza... - Namjoon tentava falar, mas mal conseguia controlar a própria voz. - de que ela está...
  Ele não conseguiu terminar a frase e sentiu uma pontada no coração.
  Uma mulher trouxe água para ele. Ele estava sentindo nausea e pensou em não tomar.
  - Tem um pouco de calmante ali. Você vai ficar bem melhor. - o delegado disse.
  Ele pegou o copo com as mãos trêmulas e levou até os labios virando o copo vagarosamente.
  Namjoon se sentia morto. Seu corpo se movia devagar e sentia uma tristeza tão profunda que parecia derrubá-lo a qualquer momento.



   Eles deram o choque para reanimar Jungkook e Patrícia pela terceira vez.
   - Ela respondeu. - uma enfermeira disse.
   O cardiograma marcou os batimentos.
   - Jungkook... - ela murmurou.
   Colocaram a máscara de oxigênio para que ela respirasse melhor.
   Logo ao lado eles davam o choque em Jungkook pela quarta vez.
   - Ele nao responde. - o medico disse.
   Patrícia uniu as sobrancelhas sentindo dor. Apesar de estar muito fraca e machucada, estava consciente e ouvia tudo.
   Ele não pode morrer. Não pode!!!



   - Alô queridos. - Taemin apareceu na camera.
   Taemin não olhava pra câmera, porque não sabia onde estava, mas sabia que estava sendo filmado.
   Namjoon olhou para as imagens.
   - Nós...estamos cansados. Vamos fazer um acordo. - Taemin disse.
   - Acordo? - o delegado perguntou.
   - Nós...deixamos vocês em paz se...o Namjoon passar para o nosso lado novamente. Mas não só isso. - ele ergueu um dedo. - a Jordana também.
   Namjoon logo se acendeu. Se ele disse sobre ela, provavelmente ela está viva. Se ela estivesse morta, com certeza a informação seria passada para toda a gangue. Ou ele estaria blefando? Mas que sentido faria se ele mentisse?
   De qualquer maneira, ele nunca faria o acordo.
   - Parece que eles estão precisando de reforços. - o delegado disse.
   Namjoon sorriu satisfeito.
   - Me mandem resposta! - Taemin abriu os braços sorrindo.
  Namjoon abriu o microfone.
  - Nunca. - Namjoon disse confiante.
  Taemin sorriu.
  - Então...vamos jogar. - Taemin disse sorrindo. - Vocês conseguem ver o metro?
  - Do que ele está falando? - o delegado ficou preocupado.
  Namjoon abriu a camera do metro principal.
  Ele viu um garoto correndo feito louco.


  - Eu tenho que conseguir! - Jhope disse enquanto corria.
  Estava chegando e Jhope estava desesperado.
  As pessoas que esperavam o vagão olhavam para ele com os olhos assustados.
  - Não entrem no vagão!!! - Jhope gritou alto.
  Ninguem se mexeu.
  - Repito!!! Ninguém entra!!!
  - Eu estou com pressa, preciso pegar esse. - uma mulher disse do seu lado.
  - Nao! Tem uma bomba la dentro, nao entra!! - ele disse.
  A moça ficou em choque.
  Quando o vagão parou, ele correu até a frente para tentar falar com o motorista. Passou no meio de todos, empurrando-os. Escutou alguns palavrões, mas nao deu ouvidos. Ele começou a bater forte.
   - Abre!!! Rapido!!! - ele gritou desesperado.
   Jhope suava frio.
   O homem não se mexeu.
   - Rapido!!! Tem uma bomba aqui dentro!!! - Jhope gritou.
   Um segundo depois houve a explosão.
   Ninguém que estava lá dentro sobreviveu.


   Namjoon ficou em choque.
   - Não acha que está indo longe demais?! Mataram pessoas inocentes!!! - Namjoon gritou nervoso no microfone.
   Taemin riu.
   - Isso é apenas a entrada.
   Um guarda atirou nele. Taemin levou apenas um susto, mas nada lhe aconteceu. Obviamente ele andaria com colete especial. Taemin sorriu.
   Ele pegou uma faca no bolso e jogou na direção do guarda acertando no seu peito. O rapaz caiu no chão sem vida.
   - Amanhã vem o prato principal. Aguarde. - Taemin disse para o nada.
   Ele colocou as maos nos bolsos e saiu andando.
   Era 23:30.
   - Que droga...o amanhã que ele diz, pode ser daqui 30 minutos. - Namjoon dissr olhando no relógio.
   Todos ficaram aflitos.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Continuação 36

- Como assim não conseguiram? - Namjoon se demonstrou preocupado pela primeira vez após desligar o telefone.
- Eles não quiseram fazer o acordo.
- Algum problema? - o delegado japonês perguntou.
- Eles não conseguiram. - Namjoon desligou o celular e esfregou o rosto.
O delegado sentou na sua cadeira e começou a alisar o queixo.
- Precisamos arranjar alguma outra saída fora essa. - o delegado disse.
Namjoon assentiu concordando.
- Fazer a grande guerra no centro da cidade não seria uma boa saída. - Namjoon concluiu. - Temos que fazer diferente. Alguma idéia? - ele perguntou olhando para todos os guardas e pessoas ali presentes.
- Você é o líder agora. - o delegado disse.
Namjoon olhou por um momento para todas as câmeras.
- Tem papel e caneta? - Namjoon sentou em uma escrivaninha.
Providenciaram rapidamente para que ele pudesse colocar suas idéias.
- Patrícia sumiu, Jordana também. Prefiro não pensar nisso, mas tentar planejar algo...sem elas...
O celular começou a tocar no mesmo instante e Namjoon não esperou nem o segundo toque para atender.
- Alô? - ele atendeu desesperado.
- É a Paty.
- Graças à Deus, cadê a Joh?! - sua voz estava incontrolável.
- Eu...não a vi. Por que?
- Não a viu desde que horas?
- Há algum tempo...
Namjoon não conseguiu controlar suas emoções novamente e as lágrimas voltaram a descer.
- Mas creio que ela está bem. - a voz dela soava calma. - Joh é inteligente demais para morrer na primeira curva.
De alguma forma, aquelas palavras alimentaram suas esperanças.
- Que assim seja. - ele disse.
- Preciso no número do prédio do hotel em que ficamos - a voz dela saiu cortada.
- Qual?
- O primeiro! Rápido...
Ele começou a digitar rapidamente no computador.
- Por que? - ele perguntou. - Aconteceu alguma coisa?
- Não, mas vai acontecer. Tem uma bomba lá.
- Bomba?!
- Avise eles.
Ela desligou rapidamente como se estivesse com muita pressa.
- Há alguma câmera em Kuji? - ele perguntou.
- Posso pedir para tentar passar as imagens para nós. - o delegado disse.
- Por favor. - Namjoon disse.
O delegado começou a teclar os numeros no telefone.
- Eu queria de um hotel de lá. - Namjoon disse.
O delegado assentiu esperando alguém atender do outro lado da linha.
- Atendeu. - o delegado disse passando o telefone para Namjoon.
Namjoon começou a dar instruções.
- Ela está passando pelas câmeras! - o guarda apontou.
Patricia corria junto com Jungkook. Namjoon desligou depois de agradecer e correu para ver as imagens.
- O que ela está fazendo com esse moleque? - Namjoon desacreditou.
Eles corriam muito rápido. Namjoon ficou vidrado a cada câmera que eles passavam.
Tinha um trem bala nesse mesmo segundo passando para ir até a cidade.
- Não vai dar tempo... - Namjoon ficou aflito.
O trem já estava pra sair e eles ainda estavam bem longe.


- Não vai dar tempo, Kook!!! - ela estava exausta.
- Vamos! Precisamos pegar aquele! - ele corria rapido.
As portas começaram a fechar lentamente. Eles correram o mais rápido que conseguiram e Kook conseguiu colocar a mão no vão da porta fazendo com que ela abrisse novamente. Ele tomou um grande ar e a ajudou entrar dentro do trem. Todos ficaram assustados com a cena, mas continuaram em silêncio. Ela sentou no chão como se não tivesse mais forças.

Namjoon se sentiu aliviado ao vê-los entrar. Começou a discar o número do hotel, mas ninguém atendia. A linha parecia estar desativada.
- Ah, mas que droga!!! - ele se irritou.
- Vai depender deles agora. - o delegado disse.
Namjoon juntou as mãos como se estivesse fazendo uma prece.


- Quando Namjoon me contou sobre a ligação de vocês, eu...senti muito ciúmes. - Taecyeon disse.
Apesar de ter sido romântico, ela não conseguiu abrir nem um pequeno sorriso.
- Eu vou te proteger mesmo que não queira. Eu vou te amar, mesmo que não queira. - ele a olhou.
Ela não conseguia fazer nada além de observar seu rosto. Cada linha de seu rosto que mudara com o tempo, mas ainda era o Taecyeon que conheceu na escolinha. O mesmo que lhe deu o primeiro beijo. Que lhe deu a primeira flor.
- Eu precisava desse tempo com você - ele sorriu. - Eu queria que...
Um barulho fez com que ele parasse de imediato. Ela se impressionou com seu reflexo, mas escondeu sua reação.
Ele segurou seu pulso e começaram a correr em silêncio para o outro lado da sala. Eles pularam a janela devagar.
Depois de alguns segundos, alguns garotos de calças largas e máscara no rosto invadiram a sala.
- Luhan, Jonghyun e Lee Joon. - Taecyeon disse reconhecendo-os.
As tatuagens nos braços daqueles garotos chamou a atenção dela.
- Vista isso. - Taecyeon disse tirando a blusa.
Jordana tentou não olhar para ele. Pelos seus braços, podia ver que era...forte. Taecyeon colocou uma máscara em seu rosto e cobriu o próprio rosto com um pano.
- Consegue pular? - ele perguntou apontando para baixo.
Ela engoliu em seco ao ver a altura. Era bem maior que a escola.
- Esquece, vem. - ele a puxou.
Eles começaram a correr. Logo em seguida ouviram passos atrás deles.
- Ah, mas que droga. - ela reclamou baixo.
- Só corre, não pare por um segundo. - ele disse.
Taecyeon segurou a sua mão e entraram na primeira rua.


Jin pegou seus papéis e mostrou aos dois.
- V, você conhece bastante boate dos EUA não é? - Jin perguntou.
- O que quer dizer com isso? - V uniu as sobrancelhas.
- Precisamos de uma grande, mas um pouco desconhecida. Conhecem alguma? - Jin olhou para os dois.
- Eu não conheço nada daqui. - Julia disse.
- Eu só conheço os restaurantes. - V respondeu.
- Vamos procurar. - Jin começou a andar.
- O que está pensando em fazer? - Julia perguntou.
- Deixar todos bêbados. - Jin respondeu. - Assim conseguimos prendê-los lá dentro mesmo.
- Isso é bom...mas acho que eles são espertos demais para serem pegos facilmente assim... - Taehyung disse.
- Qual é o ponto fraco do homem, V? - ele olhou para o garoto.
Taehyung engoliu em seco.
- Mu...lher? - Taehyung disse.
- Então! - Jin sorriu.
Julia jogou olhar de desaprovação para os dois.
- Eu não vou seduzir nenhum homem. - Julia reclamou. - Pode parando com isso...
- Eu não estou falando pra fazer isso. - Jin disse enquanto andava. - Se bem que parece que você conquistou metade do povo ali sem fazer muito esforço... - ele riu.
Julia lhe deu um tapa no braço.
- Que garotas vão chamar a atenção deles? - Taehyung andou mais rápido para ficar ao seu lado.
- Não sei ainda. Só sei que vamos começar o teatro agora. Vamos ter que ser bom atores. - Jin sorriu confiante.
- Tem certeza mesmo de que isso vai dar certo?
- Absoluta. - Jin piscou discando o número de Namjoon para lhe passar as informações.


Eles estavam em silêncio por quinze minutos. Nem se quer olhavam um para o outro, agiam como estranhos.
- Paty... - Jungkook disse.
Ela não respondeu.
- Eu não vou agradecer. - ela disse. - Isso só está pagando uma parcela do erro que cometeu comigo, Jeon Jungkook.
Ele respirou fundo desistindo de falar qualquer coisa.
- Eu estou com uma tremenda vontade de lhe socar a cara, se quer saber. - ela disse chorando de raiva.
- Mas...
- Mas o que? - ela o olhou. - Me desculpe, eu te enganei, não tive culpa? Eu não sabia que iria ser assim? Te iludi por bobeira?
Ele engoliu em seco.
- Francamente, Jungkook. - ela se voltou para o seu lugar. - Você nem ao menos parece um ser humano.
- Eu me arrependo de ter feito isso, completamente. - ele disse sem conseguir olhar pra ela.
- Me arrependo também em ter confiado em você. Me arrependo de ter contado segredos meus pra você, ter aceitado sua ajuda, seus presentes, seus chás, qualquer coisa. Me arrependo de você.
Ele começou a chorar.
- Eu ainda não posso acreditar que a primeira pessoa por quem eu tive sentimentos verdadeiros e fortes, me traiu dessa maneira. - ela começou a gritar. - O que é ainda pior, é saber que a pessoa por quem eu me apaixonei, nunca existiu.
- Eu menti. - ele a olhou. - Sim, eu menti. Pra você e pra mim. Eu disse que era aquela pessoa que tinha tatuagens no corpo, que já cometeu crimes, sim...eu sou. Mas nada do que eu fiz por você, foi irreal. Aquela pessoa que você teve um passeio por esse pais, era eu. Que lhe fez os chás, que lhe deu conselhos, era eu.
Ela não conseguia mais acreditar em suas palavras.
- Está tentando me enganar de novo? Afinal, por que está me ajudando? - ela perguntou quase se levantando.
- Eu só quero tentar consertar meu erro! - ele segurou seu braço antes que ela saísse correndo.
- Você está me enganando de novo e me levando para algum lugar...
- Pára de falar besteira. Estou te ajudando porque quero!
Todos estavam olhando. Ela se aquietou novamente.
- Porque eu gosto de você e quero te proteger. - ele terminou.
Ela não queria ter sentido aquelas palavras tão profundamente, mas seu coração doeu. Doeu por despertar aquele sentimento novamente.
- Não há outra razão. Se eu realmente quisesse te enganar agora, com certeza eu morreria logo em seguida. Seria um desperdício. - ele explicou.
- Me proteger não seria um desperdício também? Afinal, você está indo contra os seus parceiros...
- Se eu não te proteger, eu tenho que te matar. Então, o que é melhor? - ele foi realista.
Ela o olhou com o olhar frio.
- Eu já estou morta. - ela respondeu entre dentes. - Não faz a mínima diferença eu viver ou morrer. - ela se levantou.
Jungkook segurou seu pulso.
- Pra mim, faz. - ele respondeu.
Ela continuou com a sua expressão dura e fria por fora, mas por dentro seu coração doía cada vez mais. Sentia como se ele estivesse aproveitando de seus sentimentos por ele.
- Esquece. - ela se soltou dele.
Jungkook se levantou para impedir seu caminho e a beijou suavemente. A razão fazia com que ela quisesse soltá-lo, mas ela esperava por aquilo há muito tempo. Achou que talvez, isso nunca mais fosse acontecer. Que nunca mais iria vê-lo.
Ele a abraçou em seguida.
- Eu amo você. - ele disse.
De repente, era como se o alivio tivesse acalmado seu coração. Ela se sentia em paz e calma.
As portas do trem se abriram e ele a soltou.
- Vamos. - ele sorriu estendendo a mão para ela.
Ela o olhou por vários segundos e acabou cedendo ao segurar a sua mão.
- Prometo não errar com você dessa vez. - ele disse com confiança.
Ela acabou sorrindo.
Eles foram correndo em direção ao hotel. Yuri estava atendendo alguns clientes.
- Yuri, todos precisam sair do prédio imediatamente. - Paty disse.
- Por que?
- Se lembra de quando eles vieram nos procurar naquela porta amarela? Ali dentro tem uma bomba que está programada para estourar a qualquer instante.
Yuri ficou pálida.
- Vou tentar avisar à todos. - ela pegou o telefone.
Yuri começou a digitar os numeros. Sua expressão foi de desespero e apertou todos os números bruscamente.
- Está sem linha. - ela disse olhando para os dois.
Jungkook olhou para Paty ambos desesperados. Os três saíram correndo por impulso para avisar de porta em porta para todos saírem.
Crianças e adultos entraram em desespero com a notícia e saiam correndo causando tumulto.
Depois de vários minutos avisando de porta em porta, finalmente conseguiram avisar a todos.
Paty era a unica no ultimo andar. Ela desceu o mais rapido que pode e encontrou Jungkook esperando por ela na porta.
- Corre, parece que já está na hora!!! - Jungkook gritou.
Ele correu na sua direção e pegou a sua mão enquanto corriam para fora. Muitas pessoas ainda estavam tentando sair.
A bomba explodiu e o prédio desmoronou em segundos.
Muitas pessoas ainda estavam lá dentro. Inclusive Jungkook e Patrícia.
- Aonde eles estão?! - Yuri gritou assustada.
Ela correu no meio das pessoas que estavam ali fora horrorizados ao ver a cena em busca dos dois.
Ela viu os cabelos de Patrícia no chão.
- Ah, não... - ela levou as mãos na boca.
Eles estavam estirados no chão imóveis.

Continuação 35



Namjoon batia as pontas dos dedos mostrando-se claramente impaciente. Todos ficavam observando sua inquietação bastante aflitos.
- Por que eu não consigo ouvi-la? - Namjoon explodiu de repente.
Ele pensou no pior.
- Não é possível. - ele disse. - Eu tenho que ouvi-la.
Namjoon sentou em uma cadeira e tapou os ouvidos tentando ouvir qualquer palavra de Jordana. Qualquer respiração, qualquer batimento cardíaco, qualquer coisa. Ele não conseguiu esconder algumas lágrimas teimosas. Ele pegou o telefone e discou seu número, mas logo apertou em cancelar.
- Eu preciso saber como ela está... - Namjoon enxugou as lágrimas com agressividade.
Ele não podia ligar para ela. De repente ela está escondida em algum lugar, o silêncio é vital.
- Que droga, que droga... - ele dizia totalmente em desespero.
Ele ficava pedindo mentalmente para que ela ligasse. Mas...acho que ela não iria ouvir. Ela já não estava na mesma sintonia que ele para ouvi-lo e isso o deixava extremamente preocupado.
- Ela tem que estar viva. - Namjoon afirmou pra si mesmo. - Tem que estar.



Jin, Julia e Taehyung andavam cada vez mais rápido, só não corriam para não atrair a atenção.
Jin foi olhando no celular e seguindo no mapa.
- Ainda falta muito? - Taehyung olhou no relógio. - Eu estou com medo de algo acontecer com alguém lá.
Jin também tinha esse medo, mas eles tinham seu próprio tempo não havia nada que pudesse atrasar o relógio.
- Ah meu Deus... - Julia começou a chorar ao pensar no fato.
Jin começou a correr e eles fizeram o mesmo. Depois de pegar alguns metros e taxis, chegaram na frente daquele prédio enorme onde aconteciam as reuniões mais importantes do país.
Jin foi indo confiante. Vários seguranças o barraram.
- Eu sou da polícia coreana. - Jin mostrou algo na carteira.
Um segurança olhou para o outro e pegou sua carteira checando a foto.
- O que veio fazer? - ele perguntou desconfiado.
- Eu preciso fazer um acordo com o presidente. Vim pessoalmente para isso. - Jin tentou o seu melhor inglês.
O segurança começou a falar algumas coisas no microfone colado em sua bochecha.
- Preciso revistá-los. - ele disse.
Foram revistados um por um até que a entrada foi permitida.
- Iremos acompanhá-los. - ele disse.
Por um momento Jin ficou irritado com toda aquela proteção,mas logo se lembrou que se tratava do presidente dos EUA. Era melhor não pensar muito sobre isso, pois suas mãos começavam a suar.
Eles agiam com calmaria o que irritava aos três. O elevador parecia demorar uma eternidade.
- Senhor presidente, o delegado Seokjin da Coréia do Sul veio vê-lo. - o segurança estendeu o braço ao abrir a porta.
Jin engoliu em seco. Eles se curvaram para o presidente que estava sentado em seu escritório amplo.
- Sejam bem vindos. - ele sorriu e se curvou respeitando a cultura asiática. - Sentem-se.
Os três sentaram pouco confortáveis. Os dois conseguiam ver claramente que Jin estava tremendo de medo, mas o presidente parecia completamente confortável. O presidente sentou em sua mesa e cruzou os dedos.
- O que os trazem aqui? - ele perguntou.
Jin engoliu em seco e ergueu o rosto parecendo mudar de expressão em questão de segundos.
- Prazer, sou o delegado Seokjin. Venho para um acordo.


Paty acordou com os olhos pesados. Ela se levantou e começou a correr sem ao menos saber aonde estava, mas parou imediatamente quando sentiu uma pontada forte no braço.
- Ei, não pode sair assim! - Jungkook segurou seu braço.
Ela olhou para o próprio braço e viu a agulha rasgar sua pele.
- Ah Deus...Enfermeira! - Jungkook saiu da sala.
Uma moça chegou depois de alguns segundos.
- Pode ajudá-la? - ele perguntou.
Ela olhou o braço dela e fez um careta quase imperceptível.
- Eu vou aplicar o soro no outro braço. - ela disse.
Patrícia se deitou novamente na maca ainda perdida.
- Espera. - Patrícia disse. - Moça, eu preciso ir.
- A senhorita não pode sair nessas condições.
- Paty, ouça o que ela diz. - Jungkook segurou seu pulso de leve.
- Eu tenho que ir agora. - Patricia afirmou.
- Você tem tempo. - Jungkook disse.
- Ou não.
Jungkook entendeu o que ela quis dizer. Claro que Jungkook sabia de todo o plano, mas eles poderiam muito bem mudar de plano a qualquer segundo. Ele olhou para e enfermeira e sorriu.
- Pode deixar, eu cuido bem dela. Tem algum comprimido que possa reanimá-la?
A enfermeira desconfiou um pouco.
- Está tudo bem. Eu preciso realmente ir...é uma super urgência. - Paty disse.
- Eu não posso deixá-la ir... - a enfermeira ficou preocupada.
- Eu também não posso te deixar ir. - Paty disse olhando-a.
Ela não entendeu.
- Ligue a televisão e verá. - Patricia disse.
Ela ligou imediatamente e viu as notícias.
- Não há nada que possa fazer para impedir um furacão super...forte... - sua voz foi sumindo.
 - E se eu disser que esse furacão não é de vento e sim de gente chata? - Patricia brincou.
 A enfermeira estava meio perdida. Eles aproveitaram para sair de fininho.
 - Você vai me contar tudo. - Patricia disse.
 - Paty.
 - Kook, precisamos ir. - ela o interrompeu antes que dissesse qualquer coisa.
 Ele concordou mesmo contra a sua vontade.



 Taecyeon só podia estar de brincadeira. Ele estava prendendo-a há minutos e ela sentia que precisava sair.
 - Eu preciso ir. - ela disse.
 Taecyeon segurava seu braço sem muito esforço.
 - Eu acho que está pedindo para apanhar de novo. - ela o ameaçou entre dentes.
 Ele a olhou.
 - De nada. - ele respondeu.
 Ela franziu a testa.
 - Eu salvei a sua vida. Duas vezes. - ele explicou.
 Ela se sentiu um pouco culpada.
 - É impossível você não se lembrar daquele dia. Muito menos não ter sentido nada... - ele começou a dizer.
 Isso era o que ela mais temia.
 - Taecyeon, não começa...
 - Joh, qual é? Eu realmente não sou um nada pra você?
 Ela o olhou com certa raiva.
 - Qual é? Eu nem sabia direito as coisas...- ela disse.
 - Eu ainda preciso te dar outra flor?
 Ele olhou naqueles olhos como aquele dia.

 " Jordana estava com sua pazinha de brinquedo enquanto colocava a areia dentro do balde.
  Taecyeob observava seus longos e lindos cabelos. Ele tinha apenas nove anos, era novo para sentir algo de verdade por alguma garota, mas...Jordaa lhe dava sensações que nunca tinha sentido antes. Ele viu uma flor logo ali ao lado e a pegou. Caminhou meio sem jeito até ela e lhe entregou.
  - Pra mim? - ela perguntou.
  - Sim. - ele sorriu.
  Ela se levantou do chão para ficar a sua altura.
  - É linda, mas não posso aceitar a sua flor. - ela disse.
  - Por que? - ele ficou confuso.
  - Ainda sou...nova para receber flores de garotos. - ela disse sem jeito.
  - Também sou novo para dar flores, mas..isso é o nosso segredo.
  - Mas sabe o que significa dar uma flor para uma garota, não sabe?
  Ele sorriu.
  - Sim, significa que...eu gosto dela. - ele disse.
  Jordana sentiu seu coração bater forte de vergonha.
  - Joh, vamos..aceite a minha flor. É só uma flor...não importa o que significa...
  Com delicadeza ela a pegou e inalou o seu cheiro.
  - Essa será...a primeira de muitas! Enquanto não aceitar meus sentimentos, te darei flores.
  Ela corou.
  - Eu..acho que gosto mesmo de você. - Taecyeon disse com um olhar sério. - Você não sente nada por mim?
  Ela o olhou.
  - Acho que...estou sentindo algo... - ela estava confusa.
  Ele ficou surpreso.
  - Está falando sério? - ele perguntou esperançoso.
  Antes que ela pudesse responder, Taecyeon lhe beijou nos labios de um jeito fofo.
  Ela ficou assustada e se afastou dele.
  - Não pode fazer isso!!! - ela teve uma mistura de sensações.
  Ele ficou envergonhado.
  - Joh, olhe. Quando crescermos, eu vou te pedir em namoro. Não precisaremos ter medo e nem vergonha de nada! Você...vai aceitar?
  - Eu prefiro não pensar nisso...
  Ela saiu correndo."

  Era impossivel não se lembrar disso. Foi o seu primeiro beijo!
  E sim..ela sentia algo por ele ainda, por mais que não quisesse.
  - Quando soube que fazia parte dessa sujeira, eu fiquei extremamente irritada. - ela disse.
  - Você não mudou. - ele sorriu ignorando as suas palavras.
  - Eu não quero aceitar nada vindo de você, nem suas flores, nem a sua ajuda. - ela disse mais alto.
  Ela soltou seu braço e saiu correndo.
  - Não estou fazendo isso exatamente por você...Faço por mim. - Taecyeon disse para as suas costas. - Pode me chamar de egoísta o que for, mas eu preciso te proteger para o meu proprio bem.
  Ela se virou para ele novamente.
  - Do que você está... - ela começou a perguntar.
  - Você está ouvindo o Namjoon agora? - ele perguntou.
  Ela engoliu em seco.
  - O que?- a voz dela falhou um pouco.
  - Eu sei que vocês se ouvem por telepatia. Você não ouve ele agora não é? - ele sorriu.
  - O que você fez?
  - Realmente não ouve? - ele ficou surpreso.
  Ela sentiu como se tivesse dito algo que não deveria.
  - Ele deve estar... - ela tentou achar alguma desculpa.
  Taecyeon agiu por impulso e a beijou. De algum modo, ela sentiu sua alma ser abraçada. Como se ele pudesse carregá-la em seus braços e proteger de tudo e todos.
  Então se lembrou do que Namjoon disse. " Quando eu não te ouço, é porque você rejeita os meus sentimentos e pensamentos."
  Era como se rompesse a ligação entre eles.
  Seu coração disse, mas ela não queria admitir. Na primeira vez em que ele não ouviu, não foi por causa do Jin e sim por causa do Taecyeon. Foram tantos anos sem vê-lo e quando o viu naquele estado, não conseguiu pensar em outra coisa. E...ela nao conseguia aceitar Namjoon em sua cabeça.



  Jin, Julia e Taehyung sairam do predio.
  - E agora? - ela perguntou.
  - Vai ser daquele jeito. - Jin respondeu. - O presidente recusou a fazer o acordo.
  Taehyung ficou em choque e Julia levou a mão na boca segurando o choro de medo.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Continuação 34

   Julia corria de um canto da cidade e V pelo outro. Jin olhava ao redor esperando por eles enquanto os passageiros ja estavam embarcando.
   - Cheguem logo... - Jin estava nervoso.
   V apareceu correndo feito louco. Em seguida, Julia apareceu um pouco confusa olhando de um lado para o outro.
   - Entrem logo - Namjoon falou no celular de Jin. - Tem gente chegando ai.
   Ele chacoalhou as mãos para que pudessem enxerga-lo. Eles correram em direção ao garoto.
   - Precisamos entrar!!! - Jin disse distribuindo óculos escuros para os dois.
   Jin prensou o dedo no celular.
   - Nós faremos a parte final nos EUA. Confiem em mim. - Jin disse baixo proximo ao celular.
   Eles embarcaram.


   Jordana estava encolhida em um canto sem saber ao certo o que fazer sem pensamentos especificos. Totalmente sem jeito, Taecyeon a observava de vez em quando disfarçadamente preocupado com o seu estado. Apesar dela ter revelado a sua personalidade forte, na qual ele se apaixonara, nesse exato momento em que a via frágil e sem proteção, seu coração parecia bater ainda mais forte.
   - O que está acontecendo? - ele riu pra si mesmo.
   Ela o olhou com seus olhos assustados.e inocentes.
   - Quando vamos sair? - ela perguntou inclusive com a voz fraca.
   - O mais rápido possível. - ele respondeu como se cortasse a sua fala.
   Ela abraçou seus joelhos e pousou a cabeça nos braços. Ele percebeu que ela sentia frio, então tirou seu casaco para cobri-la.
   - Não. - ela rejeitou.
   Ele se sentiu envergonhado e a colocou novamente.
   Sim, ela sentia frio e sim, ela queria seu casaco, só não queria que Namjoon soubesse disso. Não tinha como nenhuma garota não reparar na beleza de Taecyeon, ainda mais ele sendo gentil dessa maneira. Ela teria que rejeitar qualquer sentimento especial por ele antes que seu coração começasse a sair do ritmo.
   - Acho que hoje vai chover. - Taecyeon olhou o céu pela janela.
   Ela o olhou.
   - Você ainda não me respondeu. Por que está me ajudando?
   Ele se virou para ela devagar.
   - Eu só não quero cometer erros. - ele sorriu.
   Ela uniu as sobrancelhas sem entender.
   - Eu já sei como é ter esse tipo de arrependimento. - Taecyeon começou a caminhar. - Meus amigos deixaram suas garotas em situações ruins, mesmo que estivessem sofrendo por dentro e matando a si próprios...
   - Não sou sua garota. - ela soou realmente fria.
   Ele parou e olhou pra ela com as mãos nos bolsos.
   - Pra mim, é. - respondeu.


   Patricia corria sem folego ou força. Faltava a ultima...era apenas uma.
   - Paty...força. .. - ela dizia pra si mesma.
   Seu corpo parecia querer desmontar a qualquer momento.
   Ela abriu o portão da ultima escola e observou todos os alunos.
   - Vocês todos, precisam sair agora. - ela disse quase sem ar. - Ja viram os noticiários? Um tsunami pode chegar na nossa cidade...
   A cozinheira ligou a televisão e estava passando a notícia no mesmo instante.
   Todos sairam correndo inclusive funcionarios.
   - Obrigada, mocinha! - a cozinheira segurou suas mãos.
   Patricia sentiu a cabeça pesar.
   - Está tudo bem? - ela perguntou.
   Seus olhos foram fechando contra a sua vontade e aos poucos seu corpo foi perdendo a força.
   - Pode deixar...eu cuido dela... - alguém segurou seus ombros.
   ...Jung...kook...?

 

   Jhope se apressou para chegar naquela rua em que Taeyang estava.
   - Conseguiu alguma coisa? - Taeyang perguntou.
   - Eles foram vistos mais para o sul. - Jhope disse cansado.
   Taeyang assentiu devagar.
   - Vamos continuar a fazê-los correr. Conseguiremos fazer qualquer coisa com seus corpos cansados. - Taeyang sorriu.


   Jimin encontrou Seungri bebendo em e
um bar.
   - Isso é hora de beber? - Jimin lhe deu uma bronca.
   - Ah, não começa... - Seungri reclamou
   Jimin sentou ao seu lado e disse baixo.
   - O Namjoon aceitou.
   - Aceitou mesmo?
   Jimin assentiu.
   - Eles já devem estar... - Seungri não terminou a frase.
   - Já. - Jimin disse com firmeza.
   - Vamos. - Seungri colocou o casaco.
   - Hyung. - Jimin tocou o seu braço.
   Seungri parou.
   - Obrigado. - Jimin sorriu.
   Seungri e lhe deu um tapa no ombro.
   - Não agradeça não que ainda vou cobrar. - ele riu.
   Os dois riram.



   Kris viu uma arma escondida atrás do muro e riu.
  - Nossa que grande plano eles tem. - ele riu.
  Taemin observou e também riu.
  - Se for assim, então...ganhamos. - Taemin sorriu.
  Eles bateram a palma um do outro.
  - Vai ser chato e rapido. - Kris pensou alto.
  - Nem precisamos dos outros guardas.
  - É...jogamos nosso dinheiro fora.
  Namjoon observava tudo pela camera.
  - Ou eles são burros demais para não saber que colocamos uma câmera ali, ou isso é alguma jogada. - ele apertou os olhos.
  O delegado observava o raciocínio inteligente de Namjoon impressionado.
  - É uma jogada. - Namjoon concluiu.
  O delegado ficou curioso.
  - Como sabe? - ele olhou para o garoto.
  - Eles ainda estão sem guardas. Não consigo ver em nenhum canto da cidade. O que gangue mais odeia é perder dinheiro...
  O delegado continuava ouvindo.
  - Então...eles fizeram isso para observar quantos de nós são. - Namjoon sorriu. - Com certeza tem gente na frente do império, da delegacia e mais sei la aonde. Só observando quem vamos pedir ajuda para ver quantos serão preciso para nos derrubar.
   O delegado assentiu concordando.
   - E também sendo umas das gangues mais perigosas da Ásia, seria impossível ter planos tão pobres. - Namjoon concluiu o seu pensamento. - Com certeza eles sabem que estão sendo observados...
   - Como sabe de tudo isso? - o delegado perguntou.
  Namjoon se curvou para o homem.
  - Eu fazia parte deles antigamente. No final de tudo, eu prometo me render.
  Todos ficaram em choque.


   Jin rabiscava os papéis o tempo todo. Ninguém ousava perguntar nada sabendo a resposta curta e grossa que receberiam dele por atrapalharem sua concentração.
   - O que está fazendo? - Julia acabou perguntando sem conseguir conter sua curiosidade.
   - Só vendo o que vamos fazer exatamente por lá. - ele respondeu com calma.- Você fala inglês certo?
   - Foi mal. - ela já se desculpou.
   Ele parou imediatamente para olhá-la.
   - Droga, vou ter que fazer isso. - ele reclamou baixo voltando a rabiscar seus papéis.
   - Fazer o que? - Taehyung perguntou.
   - Falar com o presidente.
   - Mworago?! - os dois perguntaram ao mesmo tempo.
   - Ei, não está pensando em bagunçar os EUA está? - Taehyung perguntou.
   - Os EUA está envolvido. No caminho Namjoon me contou que eles tem crimes cometidos por lá também. Estamos lidando não só com uma gangue da Ásia e sim do mundo. Por isso não há razões para eles não aceitarem nos ajudar, afinal temos acordos bons a fazer. - falava como um profissional.
   Os dois ficaram assustados.
   - Eu só não contei antes para não assustá-los. - Jin sorriu.
   - Ah, isso me deixou bem confortável. - Taehyung disse ironicamente.
   Julia não quis demonstrar seu medo, mas interiormente estava tremendo de medo.
   - Antes de irmos, Namjoon estava contando sobre as jogadas que eles estão fazendo contra nós. Kris e Taemin estão tentando descobrir quantos são de nós para saber quantas pessoas serão necessárias a serem contratadas. Eu reservei as nossas passagens de um jeito que não vão saber que embarcamos. O que temos que fazer é...ir para lá, fazer o acordo com o presidente e voltamos para as nossas casas tranquilos.
   - Não será preciso nenhuma guerra então? - Taehyung teve esperanças.
   - Não. O presidente americano vai conversar com o nosso presidente com a arma apontada para a Coréia do Sul. E então, está tudo feito. Ou a gangue pára de matar pessoas inocentes a favor do presidente Coreano e com suas atividades criminosas ou a Coréia vira pó.
   Eles estremeceram.
   - Isso tudo foi...culpa minha não é? - Julia mordeu o lábio.
   - Começou agora precisar terminar, Julia. - Jin disse. - Estamos com você. Estamos na chuva para nos molhar.
   Taehyung assentiu uma vez passando confiança.
   - Gente, desculpe... - ela respondeu.
   - Você está promovendo a paz não só para as pessoas que ama, mas para o mundo. Pense nisso. - Taehyung sempre tinha palavras sábias quando precisava.
   Julia olhou para os dois e assentiu uma vez tendo confiança dessa vez. Pelas suas amigas que já foram, por suas amigas que quase se foram, pela sua família, pelos inocentes mortos, pelos ameaçados, pelo Jimin, Jhope, seus amigos que estavam ajudando, sua paz e a paz mundial.
   - E principalmente o Taeyang. Que acha que é maior que eu. - Julia sussurrou pra si mesma.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Continuação 33

   A gangue andava como garotos normais. O estilo bad boy com roupas largas era marca registrada deles.
   - Por onde começamos? - Taemin perguntou.
   - Precisamos começar pelas fronteiras. Então encurralamos todos que estão fugindo para o centro. - Kris disse decidido.
   - Não foi isso o que combinamos. - Taeyang disse.
   - Faça do nosso jeito, ou não terá a nossa ajuda. - Kris jogou um olhar frio.
   Kris era quase dois palmos maior que Taeyang, mas isso não tirava seu medo. Se fosse preciso enfrenta-lo ali, não pensaria duas vezes.
   - Nós. - Soohyun colocou o braço na frente de Taeyang que estava indo em direção à ele. - Faremos isso. - ele olhou para Taeyang. - É a melhor maneira.
   Kris sorriu ao ver que suas ordens eram obedecidas.
   - Ótimo. Nos encontramos no topo de Tóquio para um drink. - Kris sorriu para Taeyang.
   Taeyang respirou fundo controlando sua raiva que parecia explodir dentro dele.
   Kris e seu povo tomaram o seu caminho como haviam planejado.
   - Vamos acabar logo com isso. Está me irritando. - Taeyang disse.
   Cada um tomou seu rumo.


   Namjoon saiu com seus guardas sentindo a autoridade na pele. Estava esbanjando confiança e força.
   Muitos deles já estavam em lugares estrategicos esperando qualquer movimento estranho.
   Namjoon conseguiu avistar de longe Kim Soohyun andando um pouco disfarçado.
   - Ele ali de preto. - Namjoon disse baixo. - Vamos pega-lo. Precisamos de informações.
   Soohyun estava andando com dois guardas e Namjoon com sete.
   Namjoon parou frente com ele. Ao invés daquelas reações típicas da máfia que começa o jogo de falsidade risadas forçadas, seguida de ameaças, os dois permaneceram em silêncio.
   - Precisava ter matado o Kim Tan? - Soohyun perguntou. - As coisas serão piores pra você agora, sabe disso... - ele disse em tom de conselho.
   - Eu sei. Foi por uma boa causa, acredite.
   Soohyun o olhou preocupado. Eles eram os unicos amigos de verdade na gangue. Nao que fossem proximos, mas era algo verdadeiro.
   - Eu nunca pensei em te machucar algum dia. - Namjoon disse.
   - Muito menos eu. - Soohyun dizia sério.
   - Eu não preciso fazer isso...não é?
   - Só passe por mim e finja que não me viu.
   Namjoon acabou abrindo um sorriso. Soohyun andou até parar ao seu lado.
   - Espero que fique bem. Boa sorte. - Soohyun disse palavras com peso.
   - Eu também espero isso de você. De verdade.
   Eles apertaram as mãos secretamente sairam andando.


   - Não sabia dessa amizade. - Joh disse ao ouvir os pensamentos de Namjoon.
   Suas mãos estavam cheias de sacolas com substancias e comprimidos.
   - Aonde vou agora? Nao aguento mais correr, estou morta...ja fazem duas horas! - ela pensou alto.
   Algo bateu em seu corpo muito rapido e a puxou. Ela correu contra a vontade de suaa pernas. Pensou em se soltar, mas ao ver aquele cabelo se sentiu...um pouco segura.
   Ele corria realmente rapido. Entrou em uma rua deserta e começou a subir as escadas o mais rapido que pôde. Ela acabou tropeçando em um degrau e caindo reclamando de dor.
   - Vamos, precisamos correr! - ele gritou.
   Ao ver sua perna aberta com muito sangue, ele não pensou duas vezes e a carregou nas costas com facilidade chegando em uma sala abandonada e suja. Eles ficaram observando a rua e um monte de garotos tatuados começaram a passar. Ela observou tudo assustada. Sua vida poderia ter acabado ali mesmo.
   - Obrigada. - ela agradeceu.
   Taecyeon a olhou sem expressao.
   - Mas..por que está me ajudando? - ela perguntou.


   Julia tentava ligar para Jimin, mas ele não atendia.
   - Aonde ele foi dessa vez? - ela estava nervosa.
   Ela caminhou mais alguns metros para chegar em outra emissora.


   Paty corria o tempo todo. Suas pernas eestavam doendo muito.
   - Ainda falta mais 17 escolas. - ela lembrou. Olhou no relogio. - Tenho uma hora.
   Ela correu ainda mais.


   - Nós ja recebemos informações das outras emissoras. - o responsável pelo jornal disse. - Pode ficar tranquila agora. Faça o resto.
   - Ah, muito obrigada mesmo!!
   Ela se curvou e saiu correndo. Ela discou o numero de V.
   - Minha parte está feita. - ele atendeu com a voz cansada.
   - A minha tambem.
   - Agora falamos com o Jin. Eu ja te ligo.
   Ela desligou e continuou correndo em direção ao imperio. Passou por algumas pessoas que estavam tumutuadas no caminho. As pessoas falavam alto, riam, empurravam. Alguem segurou seus ombros.
   - Jhope! - ela disse.
   Ele a abraçou.
   - Você está bem? - ele checou seu corpo.
   - Por enquanto sim.
   - Nem diga brincando.
   Ela sorriu.
   - Aonde está indo? - ele perguntou.
   - Ao império.
   - No caminho explico tudo, vamos.
   Ela assentiu. Eles sairam correndo.
   O telefone dela tocou.
   - Fala V. - ela atendeu.
   - Julia corre. Nosso voo é daqui 15 minutos.
   - Que voo?
   - Corre!!!
   Julia desligou e correu de verdade.
   - O que houve? - Jhope perguntou.
   - A gente vai pegar algum voo.
   - Entao vai! Eu te protejo daqui. - ele disse parando.
   Ela parou.
   - Nao da. - ele respondeu como se ouvisse seus pensamentos. - Eu nao tenho passagem nem nada. Eu sei o que vai acontecer, entao é melhor eu ficar. Vai que é o melhor!
   Ele a beijou de leve e foi andando na direção contraria. Julia voltou a percorrer seu caminho.