quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Continuação 32

    Passaram trinta minutos e as meninas já sentiam o cansaço vir. Jordana foi para as farmacia pegar os produtos necessários, enquanto Namjoon a orientava mentalmente. Ele implantava cameras e armadilhas por todos os cantos.
   Julia corria sem parar.
   - Por que todas as emissoras tem que ser tão longe uma das outras? - ela reclamava.
   Ela discou o número da polícia esperou.
   - Estão prontos? - ela perguntou.
   - Sim, nós ja estamos preparados. Qualquer sinal, nós estaremos a caminho.
   - Obrigada.
   Ela entrou em um portão e logo foi barrada.
   - Senhora, não podemos permitir sua entrada. - um segurança colocou o braço na sua frente.
   - Ligue pra policia e saberá o que está acontecendo. - ela disse.
   Ele não se mexeu.
   - Eu quero salvar a vida de um pessoal...posso?! - ela se irritou.
   - Seu nome? - ele tirou uma caneta.
   Sem pensar, Julia lhe deu um chute certeiro no rosto.
   - Ah, meu Deus... - ela se agachou ao seu lado. - Ele apagou...Será que eu o...matei? - ela tremeu.
   Julia se levantou rapidamente.
   - Impossivel uma pessoa morrer com um.golpe... - ela tentou se confortar.
   Ela saiu correndo pra dentro. Ela estava em um corredor cheio de pessoas correndo para todos os lados, flashes cegavam-lhe os olhos.
   - Por favor... - Julia segurou o braço de um homem que passava segurando uma camera enorme. - Onde fica os redatores do jornal?
   Ele apenas apontou para uma porta.
   - Obrigada. - ela sorriu.
   Julia caminhou até a porta e colocou a mão na maçaneta respirando fundo varias vezes.
   Ao abrir, ela se deparou com uma sala cheio de funcionarios trabalhando ao mesmo tempo. Pessoas discutindo sobre as noticias, papeis e mais papeis passando de lado para outro, dedos batendo nos teclados...Julia tentou procurar ajuda o mais rápido possivel antes que enlouquecesse ali.
   - Moça...eu tenho uma notícia... - Julia disse.
   - Alguma foto ou video para nos fornecer? - uma menina ruiva estilo nerd perguntou.
   Julia ficou perdida.
   - Nao..eu apenas...ahn..eu quero anunciar algo que está pra acontecer. Eu queria ajuda.
   - Moça, está no lugar errado. - ela sorriu ironicamente. - Não reportamos notícias falsas, ou supostas premonições... - ela fe aspas no ar.
   Julia foi perdendo a paciencia.
   - Eu sei o que estou falando. - ela disse. - Eu vim aqui pessoalmente para nada?!
   - Isto aqui é uma emissora e não um hospício. - a ruiva ergueu uma sobrancelha.
   Julia sentiu a raiva explodir dentro de si.
   - Escuta aqui, Sirizinha...está pra acontecer a terceira guerra mundial e a senhorita nao está nem aí? - Julia perguntou bem alto atraindo a atenção de algumas pessoas.
   - Moça...olhe... - ela abaixou o tom da voz.
   - Não, escuta aqui você, lambisgoia! Conhece o Taeyang, Taecyeon, Kim Tan e outros?
   Ela paralisou ao ouvir os nomes.
   - Pois é. Marca aí... - Julia apontou para o papel em branco como se pedisse para anotar receita de bolo. - Kim Tan morreu...
   - Morreu?! - algumas pessoas perguntaram ao mesmo tempo.
   - Sim. Neste momento, esse bando todo está pra cá. E adivinha? Eles estão furiosos e preparadinhos para rodar a baiana, então façam o favor de ajudar.
   - O que faremos? - um outro cara apareceu.
   - Você está acreditando nisso? - a ruiva apontou para Julia.
   - E eu estou com cara de quem está pra brincadeira?! - Julia gritou realmente alto.
   Dessa vez a atenção toda estava para aquela situação.
   - Eu estou querendo ajudar e as pessoas não querem...puta que p..
   - Tá, o que você quer? - a ruiva ergueu uma sobrancelha cortando-a.
   - Que reportem qualquer coisa para as pessoas nao sairem de casa hoje. Que fiquem seguros. NÃO CITEM A GANGUE DE MODO ALGUM.
   - Não podemos reportar notícias falsas.
   - Ahhhh há há! - Julia riu ironicamente.  - Como se nunca tivessem reportado noticias falsas...principalmente em relação ao governo, o homem na lua, a copa e outras porcarias que...
   - Temos coisas mais importantes pra resolver. - a ruiva virou as costas batendo os cabelos no seu rosto.
   - Ligue para a delegacia! Pergunte o que está acontecendo e você mesma saberá a gravidade... - Julia era confiante.
   Julia pegou um papel do caderno mais proximo que achou e começou a escrever rapidamente.
  - Me liguem e me informem sobre a gangue ok? Me deem as coordenadas de onde eles estão e do resto nós cuidamos. - ela piscou no final para o homem.
  - Viu... - a ruiva disse virando-se pra ela novamente.  - Nós. ..não vamos ajudar!
  - Vai sim. - Julia disse sorrindo num sussurro. - Não quer morrer né, baratinha?
  A ruiva estava preparada para soltar todos os palavrões que conhecia, mas o homem segurou seu braço.
  - Tchauzinho, me liguem e me informem. Tenho boa recompensa. - ela sorriu saindo dali.
  A ruiva sacudiu seu corpo para se livrar dele.
  - Fez isso só porque é uma mulher. - ela lhe deu uma bronca revirando os olhos.
  - Bonita. - ele ergueu o dedo indicador na sua frente como se estivesse corrigindo-a.
  A ruiva saiu batendo o salto em direção ao telefone para ligar para a delegacia.


  Patrícia entrou em uma escola e foi procurando a diretoria.
  - Onde está o diretor? - ela perguntou para o primeiro funcionario que encontrou.
  - Na sala a direita. - ele apontou para o fim do corredor.
  Patricia correu para a sala indicada e deu de cara com um velho de cara amarrada.
  - Bom dia! - ela disse.
  Ele levantou o rosto e olhou por cima dos óculos sem responder.
  - Eu preciso que faça algo. - ela disse.
  Ele continuou quieto.
  - Anuncie..só por hoje para os alunos voltarem para as suas casas. - Patricia disse com firmeza.
  - Por que? - ele finalmente perguntou.
  - Porque...ninguem pode ficar na rua hoje.
  - Por que?
  - Uma...tragédia vai acontecer então...
  - Furacões, tsunamis, terremotos entre outros são anunciados na televisao ou radio. Eu nao confio em pessoas que nem ao menos eu sei o nome...
  - Patricia! - ela o cortou. - Por favor, estou sem tempo para isso...
  - Olha...se voce realmente acha que isso vai acontecer, ou sei la...algo do tipo... - ele falava devagar.
  Ela se levantou e saiu correndo em direção as salas.
  Bateu na primeira porta e sorriu para a professora.
  - Com licença. Preciso dar um recado aos alunos. - Patricia disse com mais formalidade que pôde.
  A professora assentiu permitindo.
  - Hoje as aulas serão suspensas.
  A garotada gritou já arrumando suas coisas para sair.
  - Calma, calma...mas por que? - a professora perguntou.
  Patricia não respondeu e saiu correndo para as outras salas.


   Namjoon estava conversando com todos os guardas. Ele se sentia bem grande dando as coordenadas.
  - Vai ter uma camera na rua... - Namjoon olhou o celular. - Ali na praça principal. Duas pessoas podem cuidar daquele trecho? Tem muitas pessoas e com certeza, eles vao se camuflar entre elas.
  Duas pessoas deram um passo a frente se oferecendo para o cargo.
  Ele atribuiu os cargos para todos. Ainda não podia acreditar como eles estavam ajudando-os.
  - Posso perguntar uma coisa? - Namjoo se virou para o delegado. - Por que estão nos ajudando especificamente?
  Ele sorriu.
  - Esperávamos por isso.
  - Então ajudariam qualquer pessoa que quisessem acabar com a gangue?
  - Nao...esperavamos por isso.
  Namjoon continuava não entendendo.
  - Primeiro que queriamos mesmo pegá- los e acabar com toda essa molecada...
  Namjoon engoliu em seco ao pensar qur fazia parte deles.
  - E..o senhor Ferreira disse que iriam nos procurar. Estamos cumprindo o nosso trabalho e fazendo isso por ele.
  Namjoon se lembrou do taxista que tinha falado sobre o pai da Julia. O senhor Ferreira.
  - Por apenas um pedido? - Namjoon perguntou.
  - Acho que não sabe que ele é superintendente...
  - Como é que é?! - Namjoon ficou em choque.
  - Ele pedia para manter sigilo, mas uma hora,  a verdade sempre aparece não é?



  - Superintende? - Jordana perguntou ao ouvir.
  " Sim. É dois cargo acima de um delegado." - Namjoon respondeu.
  - Está brincando?
  Ela falava em voz alta e as pessoas a olhavam com olhos tortos na rua.
  Era por isso que eles estavam com a bola toda. Agora faz sentido.


  Jungkook encontrou um piano em uma das salas. Ele estava todo arrebentado e sujo, mas ele apreciava como se estivesse a venda em uma loja.
  Ele sentou e tocou alguns acordes que expressavam seu sentimento.
  - Você toca bem.. - ouviu a voz de Taeyang ecoar na sala.
  Jungkook parou no mesmo instante.
  - Eu só...vim anunciar que...Já eliminamos uma. - Taeyang disse se aproximando.
  Jungkook engoliu em seco e se deu um tempo para responder.
  - Isso é bom. - Jungkook respondeu.
  - Sim...ela disse que gostava de você antes de tomar o tiro. Que...na verdade o que ela queria era...
  Jungkook empurrou o piano.
  - Vocês mataram ela? - Jungkook correu em sua direção.
  - Então vocês estavam juntos mesmo? - Taeyang sorriu.
  Jungkook ficou parado com a mão fechada na direção do seu rosto pronto para lhe socar.
  - Cabeça fraca. - Taeyang disse.
  Jungkook controlou ao maximo suas emoções.
  - Somos dois não acha? - Jungkook disse como se o desafiasse.
  Taeyang virou as costas e foi saindo dali.
  - Se vai ser tão dificil para machucá-la, pode deixar que eu faço isso por você. - ele disse de longe.
  Jungkook ficou observando-o.
  - Idiota...estava blefando... - ele reclamou.


  Pesquisava na internet os lugares que ia fugir para não precisar enfrenta-los. Tinha que avisar Julia para encontrá-la.
  Só de pensar nela, seu coração acelerava.
  Se lembrou dos dias que passou com ela. Foram os melhores da sua vida inteira.


   Taehyun estava tentando conseguir armas, facas e outras coisas. Ele ia guardando em todos os pontos que combinaram em caixas, atrás dos muros, no chão.
   Jin tentava achar pistas dos planos deles. Correu até o império do Japão.
   Todos andavam calmamente. Com seu terno, ninguém questionava a sua presença ali.
  - Imperador, nós temos más noticias. - um homem engravatado chegou.
  - Diga. - ele respondeu enquanto olhava ps papeis
   - Parece que...erm...vai acontecer uma batalha contra a Coréia do Sul.
   - Que tipo de batalha? Por poder?
   - Eu digo...fisica...mente.
   O imperador se levantou confuso.
   - Duas grandes gangues que servem o governo se juntaram para acerto de contas. O presidente está envolvido nessa luta.
   O imperador não respondeu.
   - A policia já tem conhecimento? - o imperador parecia perdido.
   - Sim...parece que tem uma força que está lutando contra esse povo.
   - Povo?
   - Sim..eu diria que...um exercito.
   Jin engoliu em seco. Droga, o presidente ainda mandou reforços!!!
   Ele respirou fundo tentando digerir a gravidade da situação. Fechou os olhos se concentrando para manter a calma e pensar em alguma coisa.
   - Escolhemos o lugar errado. Tinhamos que estar em um pais maior! - Jin reclamou.
   Seu celular tocou.
   Era o número de Namjoon. Tinha uma mensagem de voz.
   - Eles acabaram de chegar aqui. - Namjoon disse.
   Jin tremeu.

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