segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Continuação 37

   Já era madrugada e os três ainda estavam andando pela cidade tentando encontrar alguma boate legal.
   - Tem até boas boates. Só não tem garotas bonitas. - Jin disse.
   V soltou uma risada.
  - Sabe o que eu acho? Que estamos perdendo tempo aqui...primeiramente, não tem como trazer toda a gangue pra cá. Segundo, realmente as garotas não são bonitas. - Taehyung disse.
  - Concordo. - Julia disse.
  Jin soltou o ar pela boca.
  - Vamos pegar o vôo de volta. - Jin disse. - Mas vamos pra Coréia. Assim não precisaremos criar conflito entre dois paises.
 - Perfeito. - V apontou para ele.
 - Só que dependendo da situação, será um estrago enorme. - Jin fez careta ao pensar.
 - E nós não sabemos? - Julia disse.



 - Eles mudaram o plano de novo. - Namjoon disse. - Agora são 12 horas pra eles voltarem. Então temos que ficar fugindo por 12 horas.
 Namjoon esfregou o rosto como se estivesse cansado.
 - A nossa sorte é que ninguem tem arma de fogo. - Namjoon disse.
 - Menos mal. - o delegado disse.


 A ambulância tinha chegado no hotel destruído para cuidar dos feridos. Yuri se sentia em um verdadeiro filme de terror, vendo todas aquelas pessoas sem vida e ensanguentadas no chão. Alguns choravam horrorizados, outros oravam no chão, era algo fora da realidade. Aquele era o hotel do seu pai. A unica fonte de sustento para a familia...e agora?
  Ela caiu no chão de joelhos destruída por dentro.
  Patrícia e Jungkook estavam sendo levados para o hospital. Eles estariam bem?
  - Eles tem que estar vivos. - Yuri foi em direção à ambulância.
  Ela segurou no braço de uma das enfermeiras.
  - Moça, você tem que mante-los vivos. Entendeu? - Yuri disse como uma ordem.
  A enfermeira respirou fundo.
  - Faremos o possível. - ela respondeu com toda a calmaria.
  - Então faça o impossível. - Yuri rebateu.
  A enfermeira olhou nos olhos da garota.
  - Nós faremos de tudo. - ela continuou com o tom vazio.
  A enfermeira fechou a porta e deu a volta no carro. Yuri se sentiu culpada por não ter feito nada, por não poder fazer nada agora.
  - Eu vou ter mesmo que fazer isso? - Yuri perguntou pra si mesma.
 




   Jordana estava com os pés quentes e machucados.
   - Eu sei que quer parar, mas eu tenho um lugar pra gente ficar. Aguente firme. - Taecyeon percebeu a expressão de dor dela.
   Taecyeon também estava cansado, mas eles não podiam parar. O vento da noite parecia não ser o suficiente para confortá-los.
   Os três ainda estavam atrás deles. Estavam longe, mas ainda estavam ali.
   - Joh, aperta o passo o máximo que puder agora. - ele disse.
   Ela respirou fundo e assentiu. Eles correram mais rápido e foram dobrando a esquina. Passaram por uma rua deserta r chegaram em um ferro velho.
   Eles entraram em um carro e se esconderam.
   Joh passou a mão em sua perna esquerda. Estava sangrando.
   - O que aconteceu? - ele perguntou preocupado.
   - Acho que eu cortei em algum lugar. - ela fez careta.
   - Aperte a sua blusa contra o corte. Você não pode perder sangue...
   Ela obedeceu. Percebeu o quanto seu corpo inteiro doía agora que estavam parados.
   -Fique firme. - ele colocou a mão em seu ombro.
  Os garotos tinham se perdido. A sorte estava do lado deles.
  Ela relaxou os ombros e deixou os olhos fecharem de cansaço.
  Taecyeon respirava alto e rapido. Joh o olhou meio confusa, mas logo percebeu que ele estava com muito frio, pois estava todo encolhido no seu canto abraçando o proprio corpo tomando o ar entre dentes.
  Ela tirou a blusa que ele tinha dado à ela para fingir ser um garoto e lhe entregou.
  - Você nao pode pegar friagem. - ele disse.
  - Quem está tremendo de frio não sou eu. - ela agiu como se fosse mãe dele.
  Ele riu e acabou aceitando.
  - Descanse. Você precisa. - ele disse colocando a blusa.
  - Você também.
  Ele abriu um sorriso triste. Fez se silencio enquanto o vento batia forte.
  - Taecyeon. - ela disse.
  Ele a olhou.
  - Eu...ainda vou receber mais flores?
  Ele sorriu.
  - Se você aceitar...
  Ela não ousou abrir um sorriso e desviou o olhar antes que isso acontecesse.
  Ele olhou para frente percebendo que ela estava desconfortavel.
  - Mesmo eu querendo que...aceite não só as minhas flores...mas também meus sentimentos, eu quero que não se sinta em divida comigo. - ele disse. - Apesar disso tudo ser uma situação ruim, aliás...péssima, pra quem nunca teve nem uma chance de se aproximar de você há quase uma década. ..Já é algo muito grande pra mim te-la por perto nesse momento.
  E o coração gelado dela se derreteu novamente. Ele a olhou por alguns segundos e respirou fundo.
  - Já me sinto satisfeito...se nos encontramos mais vezes por aí depois disso, pra mim será lucro. - ele sorriu.
  Ela não resistiu ao sorriso e acabou sorrindo também contra a sua vontade.



  Namjoon não parava de chorar um segundo. Costumava nunca chorar, mas nessa situação ele nao conseguia se conter.
  - Se acalme garoto. - o delegado pousou a mão em seu ombro.
  - Eu tenho...quase certeza... - Namjoon tentava falar, mas mal conseguia controlar a própria voz. - de que ela está...
  Ele não conseguiu terminar a frase e sentiu uma pontada no coração.
  Uma mulher trouxe água para ele. Ele estava sentindo nausea e pensou em não tomar.
  - Tem um pouco de calmante ali. Você vai ficar bem melhor. - o delegado disse.
  Ele pegou o copo com as mãos trêmulas e levou até os labios virando o copo vagarosamente.
  Namjoon se sentia morto. Seu corpo se movia devagar e sentia uma tristeza tão profunda que parecia derrubá-lo a qualquer momento.



   Eles deram o choque para reanimar Jungkook e Patrícia pela terceira vez.
   - Ela respondeu. - uma enfermeira disse.
   O cardiograma marcou os batimentos.
   - Jungkook... - ela murmurou.
   Colocaram a máscara de oxigênio para que ela respirasse melhor.
   Logo ao lado eles davam o choque em Jungkook pela quarta vez.
   - Ele nao responde. - o medico disse.
   Patrícia uniu as sobrancelhas sentindo dor. Apesar de estar muito fraca e machucada, estava consciente e ouvia tudo.
   Ele não pode morrer. Não pode!!!



   - Alô queridos. - Taemin apareceu na camera.
   Taemin não olhava pra câmera, porque não sabia onde estava, mas sabia que estava sendo filmado.
   Namjoon olhou para as imagens.
   - Nós...estamos cansados. Vamos fazer um acordo. - Taemin disse.
   - Acordo? - o delegado perguntou.
   - Nós...deixamos vocês em paz se...o Namjoon passar para o nosso lado novamente. Mas não só isso. - ele ergueu um dedo. - a Jordana também.
   Namjoon logo se acendeu. Se ele disse sobre ela, provavelmente ela está viva. Se ela estivesse morta, com certeza a informação seria passada para toda a gangue. Ou ele estaria blefando? Mas que sentido faria se ele mentisse?
   De qualquer maneira, ele nunca faria o acordo.
   - Parece que eles estão precisando de reforços. - o delegado disse.
   Namjoon sorriu satisfeito.
   - Me mandem resposta! - Taemin abriu os braços sorrindo.
  Namjoon abriu o microfone.
  - Nunca. - Namjoon disse confiante.
  Taemin sorriu.
  - Então...vamos jogar. - Taemin disse sorrindo. - Vocês conseguem ver o metro?
  - Do que ele está falando? - o delegado ficou preocupado.
  Namjoon abriu a camera do metro principal.
  Ele viu um garoto correndo feito louco.


  - Eu tenho que conseguir! - Jhope disse enquanto corria.
  Estava chegando e Jhope estava desesperado.
  As pessoas que esperavam o vagão olhavam para ele com os olhos assustados.
  - Não entrem no vagão!!! - Jhope gritou alto.
  Ninguem se mexeu.
  - Repito!!! Ninguém entra!!!
  - Eu estou com pressa, preciso pegar esse. - uma mulher disse do seu lado.
  - Nao! Tem uma bomba la dentro, nao entra!! - ele disse.
  A moça ficou em choque.
  Quando o vagão parou, ele correu até a frente para tentar falar com o motorista. Passou no meio de todos, empurrando-os. Escutou alguns palavrões, mas nao deu ouvidos. Ele começou a bater forte.
   - Abre!!! Rapido!!! - ele gritou desesperado.
   Jhope suava frio.
   O homem não se mexeu.
   - Rapido!!! Tem uma bomba aqui dentro!!! - Jhope gritou.
   Um segundo depois houve a explosão.
   Ninguém que estava lá dentro sobreviveu.


   Namjoon ficou em choque.
   - Não acha que está indo longe demais?! Mataram pessoas inocentes!!! - Namjoon gritou nervoso no microfone.
   Taemin riu.
   - Isso é apenas a entrada.
   Um guarda atirou nele. Taemin levou apenas um susto, mas nada lhe aconteceu. Obviamente ele andaria com colete especial. Taemin sorriu.
   Ele pegou uma faca no bolso e jogou na direção do guarda acertando no seu peito. O rapaz caiu no chão sem vida.
   - Amanhã vem o prato principal. Aguarde. - Taemin disse para o nada.
   Ele colocou as maos nos bolsos e saiu andando.
   Era 23:30.
   - Que droga...o amanhã que ele diz, pode ser daqui 30 minutos. - Namjoon dissr olhando no relógio.
   Todos ficaram aflitos.

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