- Tem até boas boates. Só não tem garotas bonitas. - Jin disse.
V soltou uma risada.
- Sabe o que eu acho? Que estamos perdendo tempo aqui...primeiramente, não tem como trazer toda a gangue pra cá. Segundo, realmente as garotas não são bonitas. - Taehyung disse.
- Concordo. - Julia disse.
Jin soltou o ar pela boca.
- Vamos pegar o vôo de volta. - Jin disse. - Mas vamos pra Coréia. Assim não precisaremos criar conflito entre dois paises.
- Perfeito. - V apontou para ele.
- Só que dependendo da situação, será um estrago enorme. - Jin fez careta ao pensar.
- E nós não sabemos? - Julia disse.
- Eles mudaram o plano de novo. - Namjoon disse. - Agora são 12 horas pra eles voltarem. Então temos que ficar fugindo por 12 horas.
Namjoon esfregou o rosto como se estivesse cansado.
- A nossa sorte é que ninguem tem arma de fogo. - Namjoon disse.
- Menos mal. - o delegado disse.
A ambulância tinha chegado no hotel destruído para cuidar dos feridos. Yuri se sentia em um verdadeiro filme de terror, vendo todas aquelas pessoas sem vida e ensanguentadas no chão. Alguns choravam horrorizados, outros oravam no chão, era algo fora da realidade. Aquele era o hotel do seu pai. A unica fonte de sustento para a familia...e agora?
Ela caiu no chão de joelhos destruída por dentro.
Patrícia e Jungkook estavam sendo levados para o hospital. Eles estariam bem?
- Eles tem que estar vivos. - Yuri foi em direção à ambulância.
Ela segurou no braço de uma das enfermeiras.
- Moça, você tem que mante-los vivos. Entendeu? - Yuri disse como uma ordem.
A enfermeira respirou fundo.
- Faremos o possível. - ela respondeu com toda a calmaria.
- Então faça o impossível. - Yuri rebateu.
A enfermeira olhou nos olhos da garota.
- Nós faremos de tudo. - ela continuou com o tom vazio.
A enfermeira fechou a porta e deu a volta no carro. Yuri se sentiu culpada por não ter feito nada, por não poder fazer nada agora.
- Eu vou ter mesmo que fazer isso? - Yuri perguntou pra si mesma.
Jordana estava com os pés quentes e machucados.
- Eu sei que quer parar, mas eu tenho um lugar pra gente ficar. Aguente firme. - Taecyeon percebeu a expressão de dor dela.
Taecyeon também estava cansado, mas eles não podiam parar. O vento da noite parecia não ser o suficiente para confortá-los.
Os três ainda estavam atrás deles. Estavam longe, mas ainda estavam ali.
- Joh, aperta o passo o máximo que puder agora. - ele disse.
Ela respirou fundo e assentiu. Eles correram mais rápido e foram dobrando a esquina. Passaram por uma rua deserta r chegaram em um ferro velho.
Eles entraram em um carro e se esconderam.
Joh passou a mão em sua perna esquerda. Estava sangrando.
- O que aconteceu? - ele perguntou preocupado.
- Acho que eu cortei em algum lugar. - ela fez careta.
- Aperte a sua blusa contra o corte. Você não pode perder sangue...
Ela obedeceu. Percebeu o quanto seu corpo inteiro doía agora que estavam parados.
-Fique firme. - ele colocou a mão em seu ombro.
Os garotos tinham se perdido. A sorte estava do lado deles.
Ela relaxou os ombros e deixou os olhos fecharem de cansaço.
Taecyeon respirava alto e rapido. Joh o olhou meio confusa, mas logo percebeu que ele estava com muito frio, pois estava todo encolhido no seu canto abraçando o proprio corpo tomando o ar entre dentes.
Ela tirou a blusa que ele tinha dado à ela para fingir ser um garoto e lhe entregou.
- Você nao pode pegar friagem. - ele disse.
- Quem está tremendo de frio não sou eu. - ela agiu como se fosse mãe dele.
Ele riu e acabou aceitando.
- Descanse. Você precisa. - ele disse colocando a blusa.
- Você também.
Ele abriu um sorriso triste. Fez se silencio enquanto o vento batia forte.
- Taecyeon. - ela disse.
Ele a olhou.
- Eu...ainda vou receber mais flores?
Ele sorriu.
- Se você aceitar...
Ela não ousou abrir um sorriso e desviou o olhar antes que isso acontecesse.
Ele olhou para frente percebendo que ela estava desconfortavel.
- Mesmo eu querendo que...aceite não só as minhas flores...mas também meus sentimentos, eu quero que não se sinta em divida comigo. - ele disse. - Apesar disso tudo ser uma situação ruim, aliás...péssima, pra quem nunca teve nem uma chance de se aproximar de você há quase uma década. ..Já é algo muito grande pra mim te-la por perto nesse momento.
E o coração gelado dela se derreteu novamente. Ele a olhou por alguns segundos e respirou fundo.
- Já me sinto satisfeito...se nos encontramos mais vezes por aí depois disso, pra mim será lucro. - ele sorriu.
Ela não resistiu ao sorriso e acabou sorrindo também contra a sua vontade.
Namjoon não parava de chorar um segundo. Costumava nunca chorar, mas nessa situação ele nao conseguia se conter.
- Se acalme garoto. - o delegado pousou a mão em seu ombro.
- Eu tenho...quase certeza... - Namjoon tentava falar, mas mal conseguia controlar a própria voz. - de que ela está...
Ele não conseguiu terminar a frase e sentiu uma pontada no coração.
Uma mulher trouxe água para ele. Ele estava sentindo nausea e pensou em não tomar.
- Tem um pouco de calmante ali. Você vai ficar bem melhor. - o delegado disse.
Ele pegou o copo com as mãos trêmulas e levou até os labios virando o copo vagarosamente.
Namjoon se sentia morto. Seu corpo se movia devagar e sentia uma tristeza tão profunda que parecia derrubá-lo a qualquer momento.
Eles deram o choque para reanimar Jungkook e Patrícia pela terceira vez.
- Ela respondeu. - uma enfermeira disse.
O cardiograma marcou os batimentos.
- Jungkook... - ela murmurou.
Colocaram a máscara de oxigênio para que ela respirasse melhor.
Logo ao lado eles davam o choque em Jungkook pela quarta vez.
- Ele nao responde. - o medico disse.
Patrícia uniu as sobrancelhas sentindo dor. Apesar de estar muito fraca e machucada, estava consciente e ouvia tudo.
Ele não pode morrer. Não pode!!!
- Alô queridos. - Taemin apareceu na camera.
Taemin não olhava pra câmera, porque não sabia onde estava, mas sabia que estava sendo filmado.
Namjoon olhou para as imagens.
- Nós...estamos cansados. Vamos fazer um acordo. - Taemin disse.
- Acordo? - o delegado perguntou.
- Nós...deixamos vocês em paz se...o Namjoon passar para o nosso lado novamente. Mas não só isso. - ele ergueu um dedo. - a Jordana também.
Namjoon logo se acendeu. Se ele disse sobre ela, provavelmente ela está viva. Se ela estivesse morta, com certeza a informação seria passada para toda a gangue. Ou ele estaria blefando? Mas que sentido faria se ele mentisse?
De qualquer maneira, ele nunca faria o acordo.
- Parece que eles estão precisando de reforços. - o delegado disse.
Namjoon sorriu satisfeito.
- Me mandem resposta! - Taemin abriu os braços sorrindo.
Namjoon abriu o microfone.
- Nunca. - Namjoon disse confiante.
Taemin sorriu.
- Então...vamos jogar. - Taemin disse sorrindo. - Vocês conseguem ver o metro?
- Do que ele está falando? - o delegado ficou preocupado.
Namjoon abriu a camera do metro principal.
Ele viu um garoto correndo feito louco.
- Eu tenho que conseguir! - Jhope disse enquanto corria.
Estava chegando e Jhope estava desesperado.
As pessoas que esperavam o vagão olhavam para ele com os olhos assustados.
- Não entrem no vagão!!! - Jhope gritou alto.
Ninguem se mexeu.
- Repito!!! Ninguém entra!!!
- Eu estou com pressa, preciso pegar esse. - uma mulher disse do seu lado.
- Nao! Tem uma bomba la dentro, nao entra!! - ele disse.
A moça ficou em choque.
Quando o vagão parou, ele correu até a frente para tentar falar com o motorista. Passou no meio de todos, empurrando-os. Escutou alguns palavrões, mas nao deu ouvidos. Ele começou a bater forte.
- Abre!!! Rapido!!! - ele gritou desesperado.
Jhope suava frio.
O homem não se mexeu.
- Rapido!!! Tem uma bomba aqui dentro!!! - Jhope gritou.
Um segundo depois houve a explosão.
Ninguém que estava lá dentro sobreviveu.
Namjoon ficou em choque.
- Não acha que está indo longe demais?! Mataram pessoas inocentes!!! - Namjoon gritou nervoso no microfone.
Taemin riu.
- Isso é apenas a entrada.
Um guarda atirou nele. Taemin levou apenas um susto, mas nada lhe aconteceu. Obviamente ele andaria com colete especial. Taemin sorriu.
Ele pegou uma faca no bolso e jogou na direção do guarda acertando no seu peito. O rapaz caiu no chão sem vida.
- Amanhã vem o prato principal. Aguarde. - Taemin disse para o nada.
Ele colocou as maos nos bolsos e saiu andando.
Era 23:30.
- Que droga...o amanhã que ele diz, pode ser daqui 30 minutos. - Namjoon dissr olhando no relógio.
Todos ficaram aflitos.
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