sexta-feira, 27 de junho de 2014
Continuação 9
Julia ficou totalmente sem rumo, então como uma criança perdida, agachou no chão e começou a chorar.
- Por que as pessoas fazem isso comigo?!?! - ela gritou. - Essa gangue que perseguem as minhas amigas, Jhope se aproximou de mim para me apunhalar pelas costas e nem posso ficam com quem eu gosto, porque ele corre risco de vida!
Ela não se importava com nada. A rua estava deserta, parecia perigosa, as árvores davam um ar assustador, mas ela não estava ligando. Ela só queria que tudo se resolvesse da melhor maneira. Estava com raiva, mas muito machucada.
- Julia? - seu pai apareceu na porta.
Ela só conseguia chorar.
- O que está acontecendo? O que houve? - ele apareceu preocupado.
- Tudo de ruim pai...tudo de ruim!
- Vem, vamos entrar! - ele disse. - O vento está muito gelado aqui fora.
Ela sentou no sofá e seu pai apareceu com um chá.
- Me conta. - ele disse. - Tudo.
- Tudo ? - ela perguntou.
- Tudo, não me esconda nada. Quer dizer...quero te ajudar! Então eu preciso saber de tudo.
Ela engoliu em seco. Será que seu pai aguentaria essa situação?
- Olha, me desculpe dizer...mas você parece estar arrebentada. E eu não quero que a minha filha siga exemplos de outras por aí que tira a própria vida e...
- Pai, não diga isso. - ela o olhou. - Estou realmente machucada, mas eu não posso desistir agora. Não mesmo.
Seu pai deu um tempo para que ela se acalmasse. Só então, ela contou tudo o que estava acontecendo.
- Quem são esses caras? Vocês ainda não denunciaram à polícia?!
- Pai...acredite. Será pior! - ela disse.
- Como assim será pior?! A polícia sabe lidar com casos assim!
- Sim, mas agora ainda não é hora da polícia chegar. Nós temos um médico do nosso lado que lida bastante com casos assim...
Ele assentiu.
- Por favor, pelo amor de Deus, tome muito cuidado. - ele disse.
Seu pai parecia estar realmente preocupado.
- Você não vai à escola. Vou te transferir! - ele disse.
- Para eles matarem mais um de meus amigos? Continuar ameaçando como estão fazendo? E pra depois me achar e me matar?
- Se fosse o caso, já teriam te matado. - ele disse racionalmente.
Julia engoliu em seco pensando na hipótese. Seu pai tinha razão. Se eles realmente quisessem, ela já estaria morta.
Seu pai a abraçou dando-lhe conforto.
- Quando precisar de ajudar me avise. Eu vou ver se consigo alguns investigadores pra resolver esse caso junto com vocês ok? Deixe comigo, você vai sair bem dessa... - ele dizia.
Julia não conseguia parar de chorar.
Jungkook levou Paty até a porta de sua casa.
- Espero que tenha gostado. - ele disse.
- Sim, gostei! Obrigada.
Ele sorriu.
- Eu queria ter dito na viagem, mas...eu vi que você ficou feliz. Não queria atrapalhar isso...
- Por que? Aconteceu algo? - ela se preocupou.
- Não...eu só não queria colocar mais um assunto para você pensar...
Paty esperou. Ele se preparou para dizer.
- Você...não quer se tornar o braço direito da empresa? - ele perguntou.
- O que?
- Tipo, no cargo de vice presidente?
Ela olhou para os lados sem entender.
- Por que isso de repente? Eu sou a mais nova lá e...sei lá. Acho que eu não consigo lidar com isso. Nem mostrei competência o suficiente! Aliás, o chefe deveria ser! Ou então, você ou o V.
Ele riu.
- O que foi? - ela perguntou sem entender.
- Eu vou resolver isso ok? - ele disse.
- Mas...por que? Eu ainda não entendi? Por que eu? Só porque sou mulher?
- Não viaja Paty!
Ele sorriu.
- Nos vemos amanhã. - ele disse fazendo o toquinho.
Ele deu as costas para ir embora, mas ela o interrompeu.
- Jungkook.
Ele se virou novamente.
- O que está acontecendo? Por que está agindo assim comigo? - ela estranhou. - Você era tão ruim comigo, me tratava como se fosse nada e de repente começou a fazer coisas por mim...eu agradeço de coração, mas...isso não soa bem quando acontece de repente...
Ele olhou para baixo.
- Eu mudei. - ele olhou o céu. - Eu me arrependi de não ter feito várias coisas. Decidi que não vou mais guardar desejo. Se eu queria te fazer esquecer os problemas, te levar à um lugar que quer ir...eu o fiz. - ele deu de ombros.
Aquilo soava ainda mais estranho, mas ela enxergava sinceridade em seus olhos.
- Durma bem...ok? Qualquer coisa, me liga. - ele disse.
Paty assentiu.
- Você também. - ela sorriu.
Joh estava olhando para aquele perfume. Colocou na ponta do dedo para ver se não causava alguma reação alérgica.
Ela soltou o ar.
- Sim, eu tenho que desconfiar dele. Afinal, ele faz parte da gangue. - ela disse. - Vai que ele queira me matar com esse perfume.
Mas não aconteceu nada. O perfume tinha um cheiro perfeito.
- Ca-ram-ba... - ela disse cheirando inúmeras vezes. - Isso é muito bom...
Ela abriu o papel e estava escrito:
A = ais
E = enter
I = Inis
O = omber
U = ufter
Não entendeu de início, mas conseguiu decifrar.
Recebeu uma mensagem de um numero desconhecido.
"Enterntenterndenterufter?" - entendeu?
Era para trocar as vogais por aquelas palavras. Ela respondeu:
"Sinism" - sim
"Qufterenter bomberm qufterenter gomberstomberufter domber penterrfuftermenter!" - ele respondeu em seguida.
- Que...bom...que...gos...tou...do...perfume! - ela leu devagar. - Aish que código chato! E ele fica ouvindo meus pensamentos! Desgraçado...
"Omberlhais ais bombercais."(olha a boca) - ele mandou.
Joh começou a pensar em todas as coisas que aconteceram, tudo o que ela pensou. Ela foi ficando cada vez mais boquiaberta.
- Que droga...ele deve ter ouvido tudo. - ela fechou os olhos.
"Comberventerrsaismombers aismaisnhais" (conversamos amanha) - ele mandou.
"omberk" (ok) - respondeu.
Ela soltou o ar ao deitar na cama.
- Nem nos meus pensamentos, tenho minha privacidade. - ela ficou irritada.
Se ele podia ouvir ela...talvez...ela pudesse ouvi-lo também...
Ela fechou os olhos e tentou se concentrar. Pensou em Namjoon.
Começou a ouvir seu coração mais alto. Parecia que ela estava dentro de um oceano profundo.
Tentou relaxar mais.
Parecia estar de encontro com o seu eu interior. Parecia estar tão sozinha no mundo de repente. Parecia...algo como a morte...
- Eu não vou pensar em nada que queira ouvir. - ele disse.
Ela soltou um grito.
- Ah meu Deus! Isso é real! Que merda! - ela abriu os olhos.
Levou as mãos na boca.
- Eu...ouvi...ele dizer. - ela estava desacreditando.
Deitou na cama e tapou seus ouvidos com o próprio travesseiro.
Fechou os olhos e continuou respirando fundo. Depois de vários minutos, o sono começou a chegar.
Ao relaxar, parecia ter entrado naquele oceano novamente.
"Eu não vou deixar que nada lhe aconteça. Eu prometo." - ouviu a voz de Namjoon.
Julia estava deitada sem dormir. Continuava chorando sem saber ao certo o que fazer...com uma sensação ruim.
Seu celular tocou.
- Jhope? - ela perguntou.
Por que ele estava ligando?
A curiosidade era imensa, então acabou atendendo.
- Julia, preciso te ver agora. Me encontra na frente do colégio. - ele disse rápido.
Ele desligou.
Ela iria ou não?
(Julia decide)
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